ZEN DICAS & MUSICAIS

CIRCULO ZEN,

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Apresentamos teorias, informações, previsões, profecias e idéias que devem ser vistas apenas como caráter especulativo. Não queremos doutrinar, afirmar ou convencer ninguém..

Tento colocar um pouquinho de cada coisa que gosto de estudar. São assuntos diversos muitas vezes que nem sei de onde peguei, mas são temas aos quais me identifico. Se o autor de algum texto deparar com ele escrito aqui, não se irrite, ao contrário, lisonjeie-se em saber que alguém admira seu pensamento.

Não há religião superior à verdade, o importante é a nossa convivência de respeito mútuo e amizade, sempre pautados na humildade, no perdão e na soliedaridade.

Autoconhecimento, Filosofia, Espiritualidade, Literatura, Saúde, Culinária, Variedades..

Tudo isso acompanhado de uma Zen Trilha Sonora com muito Alto Astral.



“Citarei a verdade onde a encontrar”.
(Richard Bach)


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Albert Einstein

circulo zen

5.8.08

CONSTRUIR-SE COMO IMAGEM DE DEUS. ENSINAMENTOS BIBLICOS

Segundo a visão bíblica, o homem é imagem de Deus enquanto ser em relações.

O Deus da Aliança é alguém que comunica e dialoga. Por isso imprimiu o jeito das relações no homem. Como seres sexuados, as pessoas humanas estão talhadas para as relações.

A imagem de Deus, diz a Bíblia, é varão e mulher em relação (Gn 1, 26-27).

O homem é imagem de Deus na medida em que é uma pessoa aberta ao diálogo e à comunhão: “Quando Deus criou o ser humano, fê-lo à sua imagem e semelhança. Criou-os homem e mulher e abençoou-os. Chamou-lhes ser humano no dia em que os criou (Gn 5, 1-2).

Ao dizer que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, a Bíblia está a afirmar a condição totalmente original do homem no conjunto das criaturas. A humanidade constitui-se como pessoas em relação e, como tal, é proporcional à própria divindade. Por outras palavras, a Divindade é pessoas e a Humanidade também.

Podemos dizer que o ser humano é imagem de Deus por possuir uma dignidade pessoal. A pessoa vai-se realizando como interioridade espiritual livre, consciente, responsável, única, original, irrepetível e capaz de reciprocidade amorosa.

Interiormente é animado pelo Sopro Divino que o vai modelando à imagem e semelhança de Deus. Isto não significa que o Espírito Santo nos substitui na tarefa da nossa humanização.

Significa, pelo contrário, que o ser humano não é capaz de se humanizar sem uma intervenção especial de Deus. Esta intervenção acontece no interior da consciência como apelo, iluminação e interpelação no sentido de agir no concreto das circunstâncias de acordo com as exigências do amor.

Como imagem de Deus o homem é colocado à frente da Criação. Deus dá-lhe soberania sobre as outras criaturas. Dar nome aos animais significa que ter soberania sobre os mesmos (cf. Gn 2, 20). O Homem está acima dos animais e domina sobre eles (Gn 1, 26-30). De facto, o Senhor deu ao homem domínio sobre os animais e criou-o à sua imagem (Sir 17, 2-3).

A imagem de Deus não é uma marca estática, mas uma realidade em construção. É como pessoa que o ser humano é imagem de Deus. O Espírito Santo está com ele, mas nunca o substitui. Interpela-o no sentido de o convidar a fazer opções que o realizem e configurem com o próprio ser de Deus.

À medida em que se vai realizando, as impressões digitais de Deus vão-se tornando mais explícitas: pessoa talhada para as relações e que encontra a sua plenitude na comunhão amorosa. O ser humano deve agir de acordo com os apelos de Deus na sua consciência. Não deve cair na arbitrariedade e no capricho sob pena de caminhar para a morte. É este o fruto proibido do conhecimento do bem e do mal (Gn 2, 17).

Para o Novo Testamento a questão da imagem de Deus é um processo histórico: “E nós com o rosto descoberto, reflectimos a glória do Senhor que nos vai transfigurando através de manifestações de glória na sua própria imagem pelo Espírito do Senhor” (2 Cor 3, 18).

A imagem de Deus é obra do Espírito Santo. Nós somos convidados a colaborar com o mesmo Espírito, pois ele não nos modela sem nós termos parte nisso. A imagem de Deus acontece ao nível do homem interior que é pessoal-espiritual. Apesar de o homem exterior ou individual envelhecer, o interior vai-se renovando progressivamente pela acção do Espírito Santo: “Por isso não desfalecemos. E mesmo se em nós o homem exterior vai caminhando para a ruína, o interior renova-se dia após dia” (2 Cor 4, 16).

O homem exterior ou individual nasce da carne. O interior tem de nascer pelo Espírito (Jo 3, 3-6). A paternidade humana e a divina não são concorrentes, pois não se passam ao mesmo nível. A paternidade humana passa-se ao nível bio-psíquico, cultural e genealógico. É este o nível da carne. A paternidade divina passa-se ao nível espiritual: O que nas da carne é carne, o que nasce do Espírito é espírito” (Jo 3, 6).

Como imagem de Deus, a pessoa humana está chamada a fazer parte da família divina: “De facto todos os que se deixam conduzir pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. Não recebestes um espírito de escravidão para cairdes no temor. Pelo contrário, recebestes um Espírito que faz de vós filhos adoptivos. É este Espírito que vos faz clamar ‘Abba’, papá.
É este Espírito que testemunha no nosso interior que realmente somos filhos de Deus. Ora se somos filhos somos também herdeiros: herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo” (Rm 8, 14-16).

Deus criou o homem tendo como protótipo o próprio Jesus Cristo: “Porque aqueles que de antemão Deus conheceu também os predestinou para serem uma imagem idêntica à do seu Filho, de tal modo que ele é o primogénito de muitos irmãos” (Rm 8, 29). Pela encarnação foi-nos dado o poder de nos tornarmos filhos de Deus (Jo 1, 12-14).

A imagem de Deus adquire a sua perfeição não de modo isolado, mas numa comunhão orgânica cujo coração é Jesus Cristo. Quem está em Cristo é uma nova criação (2 Cor 5, 17).

Jesus tornou-se imagem perfeita de Deus pela sua fidelidade a Deus. Adão, criado à imagem de Deus, reivindicou ser igual a Deus. Jesus, imagem perfeita de Deus, não reivindicou ser igual a Deus. Pelo contrário, assumiu de modo fiel a sua condição de servo sofredor. Por isso foi exaltado, ao contrário de Adão que foi humilhado (Flp 2, 6-1 0).

O homem interior ou espiritual é realmente o homem novo que não cessa de se renovar constantemente à imagem do seu Criador (Col 3, 10).

Nenhum ser humano, isolado, é perfeita imagem de Deus. A imagem de Deus é dinâmica e orgânica. Cristo é a imagem perfeita de Deus e nós também na medida em que estamos unidos a ele. Ele é o primogénito dos mortos, pois todos ressuscitam nele e ninguém sem ele, adquire a plenitude da vida ressuscitada (Col 1, 18).

Ele é o primogénito de muitos irmãos (Rm 8, 29).


Unidos organicamente a Cristo, nós revestimo-nos do Homem Novo (2 Cor 3, 18).

Tornamo-nos a Nova Criação (2 C0r 5, 17). Nesta união orgânica encontramos a nossa plenitude (Col 3, 8-9).


O ser humano atinge a condição perfeita de imagem de Deus ao ser incorporado e assumido na Família Divina como filho em relação a Deus Pai e irmão em relação a Deus Filho. É o Espírito Santo que, com o seu jeito maternal realiza esta incorporação do Homem na Família de Deus (Rm 8, 14-16; Ga 4, 4-7).

A nossa união orgânica à Santíssima Trindade consiste em que o Pai está no Filho e vice-versa. O Filho está em nós e nós nele. O Espírito Santo é o vínculo orgânico desta comunhão perfeita (cf. Jo 17, 21-23).


O ser humano é imagem perfeita de Deus na medida em que é uma pessoa comunitariamente integrada. O fundamento da dignidade humana está no facto de ser pessoa e, portanto, imagem de Deus.

A imagem de Deus tem a ver com a realização do homem como pessoa em comunhão. A dinâmica da humanização é o processo de edificação da imagem de Deus. A lei da humanização é: emergência pessoal mediante relações de amor e convergência para a Comunhão Universal.

No processo da humanização actuam o homem em relação com os outros e o Espírito de Deus no interior da consciência na medida em que esta se vai formando. A presença do Espírito no interior da consciência humana é a intervenção especial de Deus na criação do homem. Esta acção do Espírito não está condicionada aos cristãos, mas a todos os homens na medida em que são conscientes, livres e responsáveis.

retirado http://calmeiro-matias.com/



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