ZEN DICAS & MUSICAIS

CIRCULO ZEN,

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Apresentamos teorias, informações, previsões, profecias e idéias que devem ser vistas apenas como caráter especulativo. Não queremos doutrinar, afirmar ou convencer ninguém..

Tento colocar um pouquinho de cada coisa que gosto de estudar. São assuntos diversos muitas vezes que nem sei de onde peguei, mas são temas aos quais me identifico. Se o autor de algum texto deparar com ele escrito aqui, não se irrite, ao contrário, lisonjeie-se em saber que alguém admira seu pensamento.

Não há religião superior à verdade, o importante é a nossa convivência de respeito mútuo e amizade, sempre pautados na humildade, no perdão e na soliedaridade.

Autoconhecimento, Filosofia, Espiritualidade, Literatura, Saúde, Culinária, Variedades..

Tudo isso acompanhado de uma Zen Trilha Sonora com muito Alto Astral.



“Citarei a verdade onde a encontrar”.
(Richard Bach)


ZEN DICAS & MUSICAIS.
VIVA O AGORA !
NAMASTÊ.

NUNCA PERCA A CURIOSIDADE SOBRE O SAGRADO!

Albert Einstein

circulo zen

30.8.08

SABEDORIA ZEN

Zen significa meditação


Concentração, disciplina, disciplina da yoga, outros métodos de entoar mantras – todos eles reforçam sua mente e a tornam mais forte, capaz de usar os poderes que estão no seu subconciente, no seu inconsciente, no seu inconsciente coletivo.

Se você não estiver cônscio – e você não está cônscio – isso é como dar uma espada, uma espada desembainhada para uma criança brincar com ela. Ou ela irá ferir-se ou matar alguém, mas alguma coisa de errado vai acontecer. Você não pode conceber que alguma coisa boa venha a acontecer a partir disso.

Lembre-se, concentração não é meditação, porque concentração é uma disciplina da mente e meditação é pôr a mente de lado.

Na verdade, a palavra Inglesa meditation não é a palavra correta, porque no Ocidente nada parecido com meditação jamais ocorreu. A palavra Sânscrita é dhyana. O problema foi o mesmo quando os monges budistas chegaram na China; eles não puderam encontrar a palavra correta para traduzir para o Chinês, então eles escreveram dhyana, a qual para os Chineses soava como zana. Daí o Japonês Zen; é uma transfiguração da palavra dhyana.

Meditation dá novamente a idéia errada, como se você estivesse meditando sobre alguma coisa – como se isso fosse uma atividade, não muito diferente da concentração. Você está concentrado sobre algo, você está contemplando alguma coisa, você está meditando sobre alguma coisa, mas você está sempre relacionado com alguma coisa. O que dhyana é, é deixar todos os objetos, deixar qualquer coisa na qual você possa concentrar-se, contemplar, meditar; abandonar tudo. Nada sobra – somente aquele que estava concentrando-se, só aquele que estava contemplando.

Essa consciência pura é dhyana.

Em Inglês não existe nenhuma palavra adequada, assim você precisa entender que estamos usando “meditation” para dhyana.

Dhyana significa um estado de ser onde não há qualquer pensamento, nenhum objeto, nenhum sonho, nenhum desejo, nada – apenas vacuidade. Nessa vacuidade você chega a conhecer a si mesmo. Você descobre a verdade. Você descobre sua subjetividade. Isso é silêncio perfeito.


Existem métodos para pôr a mente de lado, assim como existem métodos para disciplinar a mente. Mas no Ocidente, e principalmente na América... porque se o Ocidente é ruim, América é a pior parte dele. Eu tenho visto nos livros americanos – não recentemente; faz quatro anos que não toco num livro – e todos os livros que são os mais vendidos (best sellers) na América estão de algum modo empenhados em como aumentar seu desejo por poder, de como influenciar pessoas e fazer amigos, de como enriquecer, cuidar da materia... mas todos eles estão falando sobre a disciplina da mente.

Se você disciplina a mente, certamente você é um competidor melhor; você pode realizar sua ambição mais facilmente. Você pode manipular as pessoas mais facilmente. Você pode explorá-las mais facilmente; você pode usar os outros como meios para seu fim. Friedrich Nietzsche escreveu um livro, Will to Power (Força de vontade). Que é a própria essência de todo esforço Ocidental: força de vontade. Necessita que você primeiro tenha desejo por poder, e desejo por poder é outro nome para sua disciplina mental, cristalizada.

Não, estes métodos não servirão. Você tem que aprender métodos para pôr a mente de lado. Ela já é demasiado poderosa; não a faça ainda mais poderosa, porque você estará alimentando seu próprio inimigo. Ela já está cristalizada. Sua escola, seu colégio, sua universidade, todos eles estão fazendo isso.

Treinar a mente para a concentração é muito difícil porque ela prossegue revoltando-se, ela continua caindo de volta para seus velhos hábitos. Você a puxa de volta novamente, e ela escapa. Você a traz de novo para o assunto que você estava se concentrando e subitamente você descobre que está pensando em outra coisa; você esqueceu sobre o que você estava se concentrando. Isso não é uma tarefa fácil. Deixá-la de lado, porém, é uma coisa bem simples... não é difícil de maneira nenhuma. Tudo que você precisa fazer é observar.

Seja o que for que esteja acontecendo em sua mente, não interfira, não tente pará-la. Não faça coisa alguma, porque tudo que você fizer se tornará uma disciplina. Assim não faça nada de maneira nenhuma. Apenas observe. Observar não é um fazer. Assim como você observa o pôr do sol ou as nuvens no céu ou as pessoas passando na rua, observe o tráfego de pensamentos e sonhos, pesadelos – relevante, irrelevante, consistente, inconsistente, qualquer coisa que esteja ocorrendo. E isso é sempre uma correria. Você simplesmente observa, você fica ao lado despreocupado.

Seja observador. Isso não é da sua conta: se ambição estiver passando, deixe-a passar; se raiva estiver passando, deixe-a passar. Quem é você para interferir? Porque você está tão identificado com sua mente? Porque você começa pensando que, “Eu sou ambicioso...Eu estou zangado”? Há só um pensamento de raiva passando. Deixe-o passar; você apenas observa.

Essa simples metodologia de observar a mente, de que você não tem nada a ver com isso... A maioria desses pensamentos não são seus, porém de seus pais, de seus professores, seus amigos, os livros, os filmes, a televisão, os jornais. Basta contar quantos pensamentos são mesmo seus, e você ficará surpreso de que nem um só pensamento é seu próprio. Todos procedem de outras fontes, todos são emprestados – ou despejados sobre você pelos outros, ou tolamente despejados por você sobre si mesmo, mas nada é seu.

A mente está aí, funcionando como um computador; ela é literalmente um bio-computador. Você não irá ficar identificado com um computador. Se o computador esquentar, você não ficará aquecido. Se o computador ficar com raiva e começar a dar sinais com palavras de quatro letras, você não ficará preocupado. Você verá o que está errado, onde alguma coisa está errado. Mas você permanece separado.

Apenas um jeitinho…Nem mesmo posso chamar isso de um método porque isso o torna pesado; chamo isso de jeito. Apenas fazendo isso, um dia, subitamente você será capaz de fazê-lo. Muitas vezes você irá fracassar; nada com o que se preocupar... nenhuma perda, isso é natural. Mas apenas por fazer isso, um dia isso acontece. Um vez acontecido, uma vez que você tenha mesmo por um único momento se tornado o observador, você agora sabe como se tornar o observador – o observador nos montes, distante. A mente inteira está lá no fundo do vale escuro, e você não deve fazer coisa alguma a respeito disso.

A coisa mais estranha sobre a mente é: se você tornar-se um observador ela começa a desaparecer. Assim como a luz dispersa a escuridão, a observação dispersa a mente, seus pensamentos, toda sua parafernália.

Meditação, portanto, é simplesmente observação, consciência. E isso revela - nada a ver com inventar. Ela não inventa nada; simplesmente descobre aquilo que está aí. E o que está> aí? Você penetra e encontra vacuidade infinita, tão tremendamente bela, tão silenciosa, tão repleta de luz, tão fragrante. Você penetrou no reino de Deus. Nas minhas palavras, você entrou na divindade.

Uma vez nesse espaço, você sai uma pessoa totalmente renovada, um homem novo. Agora você tem sua face original. Todas as máscaras desapareceram. Você irá viver no mesmo mundo, mas não do mesmo modo. Você estará entre as mesmas pessoas, mas não com a mesma atitude, não com a mesma abordagem. Você irá viver como um lótus na água: dentro d’água, porém absulutamente intocado pela água.


Osho. From Unconsciousness to Consciousness

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