ZEN DICAS & MUSICAIS

CIRCULO ZEN,

Sejam bem vindos ao ZEN DICAS & MUSICAIS.


Apresentamos teorias, informações, previsões, profecias e idéias que devem ser vistas apenas como caráter especulativo. Não queremos doutrinar, afirmar ou convencer ninguém..

Tento colocar um pouquinho de cada coisa que gosto de estudar. São assuntos diversos muitas vezes que nem sei de onde peguei, mas são temas aos quais me identifico. Se o autor de algum texto deparar com ele escrito aqui, não se irrite, ao contrário, lisonjeie-se em saber que alguém admira seu pensamento.

Não há religião superior à verdade, o importante é a nossa convivência de respeito mútuo e amizade, sempre pautados na humildade, no perdão e na soliedaridade.

Autoconhecimento, Filosofia, Espiritualidade, Literatura, Saúde, Culinária, Variedades..

Tudo isso acompanhado de uma Zen Trilha Sonora com muito Alto Astral.



“Citarei a verdade onde a encontrar”.
(Richard Bach)


ZEN DICAS & MUSICAIS.
VIVA O AGORA !
NAMASTÊ.

NUNCA PERCA A CURIOSIDADE SOBRE O SAGRADO!

Albert Einstein

circulo zen

5.11.08

BUDISMO

BUDISMO



CONTEÚDO:

Introdução
A Doutrina Budista
Os Conceitos Teológicos no Budismo Primordial
Escolas
Biografia de Buda (Sidarta Gautama))
DVD/Vídeos Indicados


INTRODUÇÃO



O Budismo é uma religião e filosofia baseada nos ensinamentos deixados por Siddhartha Gautama, ou Sakyamuni (o sábio do clã dos Sakya) o Buda histórico, que viveu aproximadamente entre 563 e 483 a.C. na Índia. De lá se espalhou através da Ásia, Ásia Central, Tibet, Sri Lanka (antigo Ceilão), Sudeste Asiático como também para países do Leste Asiático, incluindo China, Myanmar, Coréia, Vietnã e Japão. Hoje o budismo se encontra em quase todos os países do mundo, amplamente divulgado pelas diferentes escolas budistas, e conta com cerca de 376 milhões de seguidores.



Naquela época, a Índia não era ainda um país unificado, mas constituída de centenas de pequenos reinos formados pela associação de tribos e clãs. Para agravar ainda mais essa disparidade, não havia uma língua comum e sim, uma centena de dialetos. O clima habitual no país era de tensão e atrito. O sânscrito já surgia como um prenúncio de unificação ao ser admitido como língua sagrada, e atribuía-se aos Vedas uma origem sobrenatural. O clima intelectual era de efervescência, em virtude, talvez, da própria natureza especulativa do povo. Discutia-se abertamente a imortalidade da alma, a realidade ou irrealidade do Universo, o destino e o livre arbítrio.



A antiga religiosidade bramânica, centrada no sacrifício de animais, era questionada por vários grupos religiosos, que geralmente orbitavam em torno de um mestre.



Havia os Nigathas (os libertos dos grilhões), os Samanas (ascetas), os Samniasis (aqueles que buscam a paz na renúncia às coisas mudanas), os penitentes ou mortificadores do corpo, os que tentavam a paralisação do ato de pensar, os dialéticos, os Carvakas (materialistas e ateus), os céticos, os adeptos dos prazeres sensoriais, etc. Era uma época de caos especulativo, ambiente propício a uma nova filosofia.



Buda (ou Buddha) quer dizer “o desperto”, “o iluminado”, aquele que atingiu o Bodhi (iluminação suprema). A palavra "Buda" denota não apenas um mestre religioso que viveu em uma época em particular, mas toda uma categoria de seres iluminados que alcançaram tal realização espiritual. Da mesma forma “Cristo” é também um nome genérico, que significa “o ungido”.



Existem vários Budas, e todos são manifestações (encarnações) do único ser absoluto e divino. Eles são chamados de Budas futuros. Seres abnegados que renegaram o prazer nirvânico para ajudar a humanidade na sua ascensão. Destacam-se também os Bodhisattva (o equivalente cristão de “homens santificados” – título outrora atribuído aqueles que receberam o Espírito Santo), um termo budista que designa seres de sabedoria elevada que seguem uma prática espiritual que visa a remover obstáculos e beneficiar todos os demais seres. A expressão significa, em tradução literal do sânscrito, "ser (sattva) de sabedoria (bodhi)".



Apesar de existirem incontáveis Budas, sua essência é única, e é neste sentido que Buda é louvado.



No ocidente, muitos confundem o Buda histórico - um monge que se alimentava apenas uma vez por dia e passava boa parte do seu tempo caminhando, indo a diversos lugares para ensinar e meditar – com a figura corpulenta, popularmente conhecida como o "Buddha da Felicidade" ou "Buddha Sorridente", que é uma caricatura do monge budista chinês Hotei, que viveu muitos séculos depois de Sidarta. Esta estátua está presente na cultura chinesa entre os sete deuses da sorte do Xintoísmo. Seu abdômen avantajado não simboliza a gula, pelo contrário, é símbolo da satisfação; para os japoneses, o "hara" (ventre) representa o coração e personalidade, portanto seu vasto "hara", representa grandiosidade de espírito. Segundo a crença popular, apreciar uma pintura ou ter uma estatueta de Hotei espanta as preocupações.




Hotei - Um dos "Sete Deuses da Sorte"



Há muita polêmica e confusão no ocidente em torno do Budismo, devido principalmente à falta de informação correta. Muitos movimentos esotéricos adotam uma postura sincrética (vide Teosofia), o que muitas vezes amplia a confusão em torno do tema.




A DOUTRINA BUDISTA



Por volta do século I a.C. os ensinamentos do Buda começaram a ser escritos. Um dos primeiros lugares onde se escreveram esses ensinamentos foi no Sri Lanka, onde se constitui o denominado Cânone Pali, que é considerado pela tradição Theravada como contendo os textos que se aproximam mais dos ensinamentos do Buda. Não existem, contudo, no Budismo um livro sagrado como a Bíblia, o Torá ou o Alcorão que seja igual para todos os crentes; para além do Cânone Pali, existem outros cânones budistas, como o chinês e o tibetano.



Seus princípios fundamentais estão contidos no chamado Tripitaka (as três cestas). Ele recebe este nome porque os ensinamentos do Buda foram compilados em três grupos. Os discursos que lhe são atribuídos e aos seus discípulos foram registrados em textos conhecidos como Sutras. As regras monásticas foram registradas em um conjunto de textos intitulado Vinaya. Finalmente, os textos que lidam com questões metafísicas compõem o Abhidharma.





O Budismo não possui uma hierarquia centralizada; cada tradição (ou Escola) possui a sua própria estrutura organizacional. Muitas pessoas pensam que o Dalai Lama, Tenzin Gyatso, é o "líder" do Budismo. Na verdade, Sua Santidade (como é reverentemente chamado) é o líder espiritual do povo do Tibet, ocupando uma importante posição dentro tradição tibetana Gelug.



Outro ponto importante é que não existe uma doutrina fundamental aceita pelas diversas escolas mas, sim, pontos básicos que servem de sistema de referência comum a todas elas.



Na maioria das tradições filosóficas da Índia, incluindo o Hinduísmo, o budismo e o Jainismo, o ciclo de morte e renascimento (Samsara = perambulação. No ocidente denominado de Ciclo de Reencarnações) é encarado como um fato natural. Esses sistemas diferem, entretanto, na terminologia com que descrevem o processo e na forma como o interpretam. A maioria das tradições vê o Samsara de forma negativa, uma condição a ser superada. Por exemplo, no Budismo, assim como na Escola Advaita de Vedanta hindu, o Samsara é visto como a ignorância do verdadeiro Eu, Brahman, e sua alma é levada a crer na realidade do mundo temporal e fenomenal. Já algumas adaptações dessas tradições identificam o Samsara como uma simples metáfora.





O Samsara pode ser descrito como o fluxo incessante de renascimentos através dos mundos, algumas doutrinas hindus acreditam na Metempsicose, ou doutrina da transmigração da alma, que sustenta que a alma humana pode, depois da morte, transmigrar para corpos animais ou vegetais (esta doutrina é um dos grandes princípios do Hinduismo, juntamente com o conceito de Karma).



Os budistas crêem que as criaturas nascem muitas vezes: os “pecados” das vidas passadas de um homem explicam os sofrimentos da vida presente.



Buda ensinou também que todas as coisas mudam e que nada é permanente.



Uma das características principais do Budismo é a importância da experiência individual. Segundo os princípios budistas, o homem só alcança a iluminação pelo seu próprio esforço. Mas ele tem que conhecer as 4 Verdades Sagradas:



1) a verdade sobre a dor: a dor é uma constante na vida;

2) a verdade sobre a origem da dor: a sensualidade, o desejo de viver, o apego às coisas produzem a dor;

3) a verdade sobre a supressão da dor: extinguindo-se esse apego escapa-se da vida e da dor:

4) a verdade sobre o caminho que leva à supressão da dor: para se escapar da dor é preciso evitar tanto os desejos como a severidade.



A virtude está no Caminho do Meio, também chamado Caminho dos Oito Passos: segundo este código de conduta, as pessoas devem se esforçar para atingir a correção nos olhares, resoluções, palavras, ações, meio de vida, concentração e contemplação.



A moral budista é baseada nos princípios de preservação da vida e moderação. O treinamento mental foca na disciplina moral (sila), concentração meditativa (samadhi), e sabedoria (prajña).



Outro conceito budista importante é o das três marcas da existência: a insatisfação (Dukkha), a impermanência (Anicca) e a ausência de um "eu" independente (Anatta).



Os ensinamentos básicos do budismo são: evitar o mal, fazer o bem e cultivar a própria mente. O objetivo é o fim do ciclo de sofrimento, do Samsara, despertando no praticante o entendimento da realidade última - o Nirvana. Segundo o Budismo, um homem quando alcança a iluminação penetra no Nirvana, um estado no qual não há desejos nem sofrimento.




OS CONCEITOS TEOLÓGICOS NO BUDISMO PRIMORDIAL



Freqüentemente questiona-se quanto ao Budismo ser ou não uma religião porque não indaga a respeito da existência de deuses. Apesar do budismo não negar a existência de seres sobrenaturais (de fato, há muitas referências nas escrituras Budistas), ele não confere nenhum poder especial de criação, salvação ou julgamento à esses seres, não compartilhando da noção de Deus comum à maioria das religiões (vamos voltar a esta referência mais abaixo). O Budismo além de agnóstico também é antiascético, porquanto julga estéril a penitencia corporal.



O Budismo originário era empírico e agnóstico, quer dizer, fazia consistir o escopo da vida na consecução da libertação pessoal nirvânica, e essa praxe excluía de propósito toda metafísica. Tal agnosticismo estava profundamente em contraste com o espírito indiano, sedento de especulação, embora com finalidade prática. Por esse motivo, lá pelo século II d.C., do antigo Budismo surge uma forma nova, um Budismo metafísico e universalista, que constituiu até o séc. VII um grande movimento do pensamento indiano. Tal movimento filosófico tomou o nome de “Grande Veículo” (Mahayana) em contraposição ao Budismo antigo denominado “Pequeno Veículo” (Hinayana). Considera-se o “Grande Veículo” não como um cisma, mas como um aprofundamento do “Pequeno Veículo”; este último consistiria na simples observância da lei búdica para a própria salvação e seria adaptado à maioria dos homens, ao passo que o Mahayana seria a vida da sabedoria, própria para os sábios.



O Buda das escrituras Pali trata como “conversa fiada”, como “ridículo, meras palavras, algo vão e vazio” o fato de que brâmanes (a casta sacerdotal hindu) possam ensinar outros a atingir a união com o que eles próprios jamais viram. Segundo Buda, eles de fato não viram Brahma (um dos principais deuses da Índia contemporânea) face a face. Contudo, isto não é uma negação da existência de Brahma, mas meramente uma indicação (do Buda) à tolice de professores religiosos que guiariam outros ao que eles mesmos não conhecem pessoalmente.



Embora o próprio Brahma não seja negado por Buda, ele não é ─ de maneira nenhuma ─ encarado como um Deus Criador soberano, onisciente e onipotente. Brahma (como qualquer outro deva) está sujeito à mudança, declínio e morte, assim como qualquer outro ser senciente no Samsara, posto que para criar ele precisa se manifestar no plano sensório.



O “conceito de Deus” não faz parte da doutrina Pali de Buda sobre a liberação do sofrimento ─ embora alguns vejam no “imortal reino do Nirvana” alguma relação com um Absoluto transcendental e impessoal.



No Budismo Mahayana DEUS não é um ser supremo com vontades, e sim uma LEI. Em que todos os seres fazem parte desta lei maior chamada de Lei Mística. Portanto existe DEUS sim no budismo porém a diferença esta na forma como o budista interpreta e age com este Deus.





ESCOLAS



Conforme se espalhou pela Ásia ao longo dos séculos, a comunidade buddhista — a Sangha — adaptou-se às necessidades locais e fez surgir diversas tradições, ou escolas. Já no começo da Era Cristã, com a influência hindu, o Budismo dividiu-se em duas grandes correntes: Hinayana (Pequeno Veículo), presente sobretudo nos países do sudeste asiático e Sri Lanka, a tradição predominante é a Theravada (a "Doutrina dos Anciãos"), e Mahayana (Grande Veículo), dominante na maior parte do mundo budista: China, Coréia e Japão, cujas vertentes mais conhecidas são a escola Zen e a escola Terra Pura. O veículo é o bote necessário para cruzar o rio de Samsara (ciclo de vidas e mortes). Podemos acrescentar que o Budismo Hinayana é sem ritual e simples, e o Mahayanba é cheio de rituais, orações, rosários e sinos. O termo surgiu numa época de rivalidade entre membros de comunidades budistas quando um dos grupos passou a chamar certas comunidades de hinayana, e a si mesmos de mahayana, literalmente "o grande caminho". Já no Tibet, Nepal, Butão, Mongólia e norte da Índia, o Budismo Tântrico ou Vajrayana (Veículo Adamantino ou Indestrutível) fez surgir quatro escolas — Nyingma, Kagyü, Sakya e Gelug. Suas práticas enfatizam o uso de visualização, recitação e meditação.



Mandala - Um dos instrumentos do Budismo Tibetano



Todas as tradições autênticas possuem um núcleo comum de ensinamentos, como as quatro nobres verdades, o nobre caminho óctuplo etc. Cada Escola enfatiza determinados aspectos e práticas do ensinamento Budista.



A natureza de Buda é um dos conceitos que separa as Escolas da linha Hinayana das de orientação Mahayana. Para as primeiras, o Buda é visto como a encarnação de um ser superior, eterno e imanente, que desejava que a humanidade conseguisse extinguir todo o seu karma. Já, no caso das segundas, Sidarta foi um homem comum que atingiu o Nirvana (iluminação) e, assim, transcendeu o Samsara. A filosofia Mahayana é seguida também pelo Vajrayana, e por esse motivo o Vajrayana pode ser visto como uma especialização do Mahayana.





BIOGRAFIA DE BUDA (SIDARTA GAUTAMA)



Clique na imagem abaixo para ir ao diretório sobre a Biografia de Buda.




Clique na Imagem para ir ao artigo





DVD/VÍDEO INDICADO



O PEQUENO BUDA – obra-prima do cineasta italiano Bernardo Bertolucci, Sinopse: Um arquiteto recebe a visita de dois monges, que acreditam que o filho dele é a reencarnação de um lendário budista. Inicialmente cético, ele aceita levar o filho até o Butão, para descobrir se ele é mesmo a pessoa que procuram. Dirigido por Bernardo Bertolucci (Os Sonhadores) e com Keanu Reeves e Bridget Fonda no elenco.
CONTINUA... (Biografia do Budha)

Nenhum comentário: