ZEN DICAS & MUSICAIS

CIRCULO ZEN,

Sejam bem vindos ao ZEN DICAS & MUSICAIS.


Apresentamos teorias, informações, previsões, profecias e idéias que devem ser vistas apenas como caráter especulativo. Não queremos doutrinar, afirmar ou convencer ninguém..

Tento colocar um pouquinho de cada coisa que gosto de estudar. São assuntos diversos muitas vezes que nem sei de onde peguei, mas são temas aos quais me identifico. Se o autor de algum texto deparar com ele escrito aqui, não se irrite, ao contrário, lisonjeie-se em saber que alguém admira seu pensamento.

Não há religião superior à verdade, o importante é a nossa convivência de respeito mútuo e amizade, sempre pautados na humildade, no perdão e na soliedaridade.

Autoconhecimento, Filosofia, Espiritualidade, Literatura, Saúde, Culinária, Variedades..

Tudo isso acompanhado de uma Zen Trilha Sonora com muito Alto Astral.



“Citarei a verdade onde a encontrar”.
(Richard Bach)


ZEN DICAS & MUSICAIS.
VIVA O AGORA !
NAMASTÊ.

NUNCA PERCA A CURIOSIDADE SOBRE O SAGRADO!

Albert Einstein

circulo zen

4.2.09

2012 REVISTO

2012 REVISTO

Artigo de Ralph Miller

Estamos agora a apenas cinco anos da fatídica data de 21 de dezembro de 2012, data que é provavelmente o dia em que uma mudança radical ocorrerá no planeta, possivelmente uma mudança catastrófica. Eu recomendo a leitura de meu primeiro artigo, intitulado O Problema de 2012, o qual discute a dificuldade em localizar uma data única como um ponto crítico para uma grande transição.

Pelo contrário, acredito que a data de 21 de dezembro de 2012 seja um símbolo que existe com uma ironia extraordinária. Qualquer data em particular é uma marca criada pelo homem mostrando o conceito de um ponto no tempo. Se você considerar que certos eventos podem acontecer antes de uma data ou após uma data em particular, então o nosso conceito de ‘tempo’ também denotaria, por implicação, a passagem do tempo. Acho isso irónico, pois a grande transição ou evolução da qual podemos estar nos aproximando certamente tem a ver com uma completa renovação da nossa consciência do tempo ou até mesmo com a erradicação do tempo em si. É provável que o tempo seja facilmente erradicado, pois ele, em primeiro lugar, nem mesmo existe! O tempo é uma noção ou perspectiva. Ele não é uma coisa tangível em si. O tempo é o resultado da nossa observação habitual de coisas e eventos, e como aprendemos a marcar a sua existência ou ocorrência.

De qualquer modo, 21 de dezembro de 2012 é a data na qual o calendário Maia chega a um fim. Este final de um grande ciclo na profecia Maia coincide com profecias similares de outros povos indígenas, como os Hopi da América do Norte. O grande temor que pessoas ao redor do globo compartilham sobre a condição da humanidade e o planeta sugere que uma rápida transformação e mudança podem ocorrer. Nós somos como os animais que podem prever uma tempestade chagando e procurar abrigo. Isto pode ser inevitável.

Ao falarmos sobre o nosso temor colectivo, estou me referindo a um consenso plural que existe por quase todas as fronteiras nacionais, que é uma preocupação sobre recursos se extinguindo e sobre os problemas políticos e ambientais que parecem ser sem solução. Parece que a humanidade vive de crise em crise. Nós existimos num constante estado de alerta, esperando as notícias de uma nova guerra, ou custos astronómicos de vida, ou a moeda que nós usamos para comprar coisas perdendo o seu valor. O filme de Al Gore, Uma Verdade Inconveniente, foi um sucesso no mundo todo, e iniciou um pensamento colectivo sobre a idéia de uma mudança climática devido às emissões de carbono.

Recentemente ficamos sabendo que a população mundial atingirá 7 bilhões em 2012. A população está crescendo tão rapidamente que houve um aumento de 400% apenas nos últimos 100 anos! Num gráfico, este crescimento é chamado de exponencial ou assintótico e a linha de tendência tem o formato da letra J.

O crescimento da população ocorreu num ritmo constante por 10.000 anos (A, no gráfico abaixo) até que a Peste Negra varreu o continente europeu e resultou num declínio de um quarto da população mundial. Então, durante um período relativamente curto de apenas 62 anos, a Bíblia Guttenberg foi impressa, em 1455, Colombo viajou às Antilhas, em 1492, e Martin Lutero apresentou as suas 95 Teses, em 1517. Sendo assim, você teve a palavra impressa, o nascimento da descoberta e a reforma Cristã acontecendo quase que simultaneamente.

Se você considerar que a crença comumente mantida do tempo era de uma terra relativamente pequena e quadrada, a viagem de Colombo mudou a humanidade profundamente. Esse também foi um tempo aproximando-se do final de um período de 1.000 anos da Escuridão da Idade Média, em que toda a autoridade do planeta estava nas mãos da igreja, então, o acto desafiador de Martin Lutero revolucionou toda a autoridade humana quase que da noite pro dia. A Escuridão da Idade Média foi um tempo em que quase ninguém sabia ler ou escrever; não havia a necessidade disso. O aparecimento da palavra impressa trouxe uma mudança radical na experiência humana, permitindo que as pessoas, pela primeira vez, obtivessem informação de um modo totalmente novo. Essas grandes transformações, que ocorreram quase que da noite pro dia, trouxeram o fim da Escuridão da Idade Média, marcando o início da transformação da consciência colectiva e individual com tanta rapidez que a noção das pessoas em termos de ‘humanidade’ e até mesmo de seus ideais de cultura foram mudados profundamente e para sempre. O mundo nunca mais foi o mesmo.


Essa mudança incrível do pensamento e da consciência humana transformou a cultura humana no planeta e literalmente aumentou a ‘capacidade biótica máxima’ das civilizações humanas. A nossa confiança como espécie expandiu-se. Sabíamos que havíamos descoberto um novo dia! Então, as eficiências culturais extras adquiridas durante o período da Revolução Industrial, no final do século XVIII, permitiram que a população mundial crescesse ainda mais rapidamente, resultando no crescimento exponencial dos últimos 250 anos (B, no gráfico acima).(1)

Há alguns anos atrás, li um artigo que sugeria que aproximadamente metade dos seres humanos que já nasceram estão vivos hoje. Essa idéia espalhou-se e foi considerada como um facto, quando, simplesmente, não é verdade. De forma lamentável, acho que fiz menção dessa informação errónea em palestras que proferi. O que é verdade é que existe informação suficiente para calcular que aproximadamente já existiram 106,4 bilhões de pessoas desde o início da humanidade, digamos, há 55.000 anos. Isto significa que 5,8% de todas as pessoas que já nasceram estão vivas hoje.

De qualquer modo, a percentagem de 5.8% ainda me assusta. A consciência colectiva humana que é incorporada em seres humanos vivos e respirando, apresenta a possibilidade na qual eu acredito de uma responsabilidade ou carma colectivo que está nos levando a uma transformação e conclusão. Quando a Peste Negra desapareceu do continente europeu no século XIV, o resto da população mundial, na época, também teve um carma colectivo que jogou a humanidade numa completa transformação apenas 100 anos mais tarde. As pessoas da época não tinham idéia da enorme mudança que estava dobrando a esquina.

Acredito que, como nos aproximamos do ano 2012, estamos experimentando um tipo de compressão cármica. Essa compressão é um aumento na velocidade da taxa em que as consequências dos nossos actos se manifestam nas nossas vidas. Quando falo de consequências, quero dizer as ‘boas’ e as ‘más’. Elas são apenas o resultado de nossos actos ou da energia que gastamos. As nossas intenções de serviço aos outros estão rapidamente se transformando em iniciativas cooperativas e projectos que são rapidamente aceites. Quando isso acontece, estamos vendo as nossas intenções tornarem-se claras. De um modo parecido, o nosso carma nos joga para trás quando nos tornamos egoístas e arrogantes.

O carma instantâneo vai te pegar
vai te atingir bem na cabeça
É melhor você se prevenir
Logo estará morto
No que você está pensando?
Rindo da cara do amor
O que você está tentando fazer?
Só depende de você, sim, de você!
John Lennon, 1974

Este princípio de compressão cármica é importante ao nos aproximarmos de uma época de grandes mudanças, pois nos ensinará que estamos conectados a todos e a tudo. A grande ilusão e a grande mentira em que fomos levados a acreditar é que somos separados uns dos outros. Quando você age de um modo maldoso em relação a alguém, e você rapidamente recebe um eco de seu acto maldoso para si mesmo, você então começa a perceber que você é o mesmo que a pessoa que recebeu a sua maldade. Existe uma sinapse na nossa experiência com nós mesmos e na nossa experiência com os outros que está se fechando.

Eu sugeri, no meu primeiro artigo sobre 2012, intitulado O Problema de 2012, que a nossa noção de tempo ia passar por uma mudança drástica. A percepção do tempo como estamos acostumados existe em observar cada momento como se ele fosse separado de qualquer outro momento. Em outras palavras, acostumamo-nos a conhecer o tempo do mesmo modo que conhecemos outras pessoas ou coisas. Cada parte do tempo é separada de qualquer outra parte do tempo.

Exactamente como as pessoas do século XIV, temos agora pouco entendimento sobre o que está ‘virando a esquina’! Algo realmente incrível está prestes a acontecer!

Se, num período de tempo relativamente curto, uma nova ‘meta qualidade’ for adicionada à experiência consciente dos indivíduos, então cairá por terra a importância dos eventos passados e futuros, assim como a importância do relógio. A consciência à qual estamos nos adaptando está além de qualquer marco previamente estabelecido. A consciência humana existirá dentro de uma nova compreensão holográfica. Ela existirá na tranquilidade do momento presente. Esta é uma mudança na consciência que mudará para sempre quem somos como seres humanos.

O período do Renascimento, dos séculos XIV a XVII, será exactamente igual a esta outra grande revolução da consciência na qual estamos embarcando. Estamos às portas de um novo Renascimento; uma confiança novinha em folha.

Os índios Kogi do norte da Colômbia têm um conceito de consciência chamado de Aluna. Eles acreditam num ponto de referência que está dentro de nós ou numa dimensão interior onde, daquele ponto do tempo em si, deixa de existir como nós conhecemos. Na dimensão Aluna, tudo o que está no passado e no futuro existe agora no presente. A dimensão Aluna é um lugar real; é um ponto de referência que existe em todos nós. Talvez esteja adormecida em muitas pessoas agora, mas como um órgão sem uso ou atrofiado, ela é uma percepção que, uma vez acordada, torna-se viva e importante.

Quando Colombo fez sua viagem, mesmo os cépticos tiveram que notá-la; a verdade normalmente aceite mudou ... para todos. Esta dimensão de eternidade é real. Inevitavelmente nós seremos todos acordados.

Enquanto a maior parte da humanidade existe em culturas consumistas pós-modernas, existem pequenos números de culturas nativas indígenas, como os Kogi, por todo o planeta. Essas culturas sobreviveram por milénios e a maior parte de seus valores culturais permanece inalterada até hoje. Há uma profunda conexão entre os povos indígenas com a terra como fonte de vida. Eles vêem a terra como a provedora de vida e sustento. Eles vivem em harmonia com a natureza. Eles não colocarão uma enxada na terra para plantar sementes sem antes fazer uma oferenda ou uma prece de agradecimento à terra. Eles sabem que o que eles são veio da terra. Eles vêem todas as criaturas como semelhantes.

Essa conexão com a terra é o reconhecimento de que tudo está conectado. Muitos perderam essa conexão com essa unidade ou fonte; as suas mentes alertas estão habituadas à noção de separação. Assim que a consciência humana for mudada, a percepção da união entre todas as coisas, a interconectividade de todas as coisas surge naturalmente.

Na verdade, cada célula de nossos corpos vem da terra. Até mesmo as matérias ‘feitos pelo homem’ são apenas compostos que foram retirados da terra e remodelados em algo ‘feito pelo homem’.

Quando enxergamos o mundo como nosso domínio e indiscriminadamente o saqueamos e pilhamos, esquecemo-nos que viemos da terra. Adormecemos numa ilusão onde somos separados.

A terra fornece-nos um sistema de suporte à vida perfeito. O nosso planeta dá-nos o ar que respiramos; a água que bebemos; os animais e as plantas para comermos. Quem sabe quão perfeita é a dieta humana. Tentamos empregar o uso de plantas superalimentos como o Açaí nos nossos workshops. Certos alimentos como o Açaí podem literalmente supercarregar os nossos corpos. Certamente, a provisão que vem de uma fruta madura, pronta para comer, pendurada na árvore para apanharmos, é a definição da natureza de comida rápida! Suspeito que muito da dieta humana evoluiu em torno de prioridades como conservação e oferta de alimento e não necessariamente comer o alimento mais nutritivo ou que mais cura. As plantas dão-nos o alimento pronto para comer e nutrir os nossos corpos.

Mas as plantas existem numa relação mais completa (embora às vezes esquecida) com os humanos. Há uma variedade completa de outras plantas que, sendo medicinais na natureza, nos dão a cura para infecções, doenças e enfermidades do corpo. Muitas das drogas sintéticas actuais, fabricadas por empresas farmaceuticas, são criadas como cópias sintéticas de uma fonte medicinal de plantas.

Além disso, há plantas que curam a alma das pessoas. Essas plantas são as professoras xamânicas e vêm sendo usadas há milênios por pessoas como os Kogi para habilitar a sua percepção da dimensão Aluna. É extremamente adequado para nós, do mundo civilizado, apelarmos para tradições indígenas tentando compreender e enfrentar outra grande transformação de nossa própria humanidade.

Sinto uma grande esperança para o futuro daqueles que abrirem os seus corações e mentes para a grande mudança que está por vir!

O PROBLEMA DE 2012



Artigo de Ralph Miller

Na edição de setembro de 2006 da revista Rolling Stone há um artigo muito interessante sobre Daniel Pinchbeck, autor do livro Breaking Open the Head: A Psychedelic Journey into the Heart of Contemporary Shamanism (Abrindo a Cabeça: uma Viagem Psicodélica ao Coração do Xamanismo Contemporâneo), e seu uso da medicina Ayahuasca. Gostaria de informá-los sobre este artigo muito interessante e mencionar algumas das citações.

A humanidade existe no relacionamento com o reino das plantas. Algumas plantas fornecem nutrição para os nossos corpos. Algumas plantas têm propriedades medicinais e podem ajudar a curar doenças e ferimentos aos nossos corpos. E ainda outras plantas podem oferecer nutrição às nossas almas. As culturas indígenas que usam estas plantas consideram-nas 'plantas professoras' porque transmitem uma sabedoria que está fora da consciência humana diária.

Ayahuasca é uma planta professora que tem sido usada pelas culturas do Amazonas durante milhares de anos. Foi somente nas últimas décadas que a consciência dela emergeu para povos das culturas ocidentais modernas. Muitos, tais como Pinchbeck, sentem que é uma ponte para a humanidade de um esquecimento coletivo de volta a uma harmonia humana com a natureza. Se nós podemos recordar realmente quem nós somos e nossa conexão à natureza, criará uma evolução quântica na nossa consciência.

"O pensamento veio a mim de que a consciência humana é como uma flor que desabrocha da terra", escreve Pinchbeck. " O caule e as raízes são cordões invisíveis, os filamentos etéricos que conduzem de volta a um ser maior, extradimensional. A nossa separação daquele ente maior era apenas uma ilusão provisória. O universo era, nós saberíamos se pudéssemos perceber seus trabalhos, dotado de propósito e bom."

Referência do artigo por Vanessa Grigoriadis, Revista Rolling Stone intitulado: Daniel Pinchbeck e a Nova Elite Psicodélica (citando Pinchbeck)

O que nós esquecemos e porque estamos desconectados? A nossa realidade coletiva… a nossa visão de mundo… evoluiu no decurso de centenas de gerações de uma conexão íntima à natureza, a uma desconexão moderna de qualquer coisa fora de nós. Nós exercemos colectivamente um inacreditável controle sobre a nossa realidade. Nós consideramo-nos os mestres do planeta. Estamos conectados a uma matriz auto-gerada de controle que nos tem correndo à toda velocidade pelas nossas vidas atarefadas, sem se importar com as pegadas destrutivas que deixamos para trás.

Sentimos a crise colectivamente. Sabemos que a humanidade está no meio de conflitos religiosos e políticos irreconciliáveis. Sabemos que estamos esgotando os recursos naturais do planeta. Nem mesmo o anúncio de outro conflito ou guerra regional faz com que levantemos nossas sobrancelhas novamente.

Procuramos respostas. Esperamos algum tipo do salvação. Sabemos que a grande mudança é inevitável… mas não sabemos como vai acontecer. Eu penso que em algum nível muitos de nós acreditamos que algo muito grande está vindo… mas não parece como outra re-estruturação da plataforma. Será diferente. Será uma mudança quântica em quem somos… em como pensamos.

Muitos buscadores espirituais estão muito interessados no calendário Maia. Supostamente, o calendário Maia continuou pelo milénio e termina em 21 de dezembro de 2012. Porque não há nenhum dia além de 21 de dezembro no calendário Maia, muitos pensam que nesse dia o tempo terminará. Outro pensam que é uma predição de algum tipo de evento catastrófico na própria Terra.

No artigo da revista Rolling Stone, Pinchbeck está ferverosamente advertindo a humanidade da data final iminente fixada pelo calendário Maia.

Eu ainda não terminei minha ‘lista de tarefas’ para 21 de dezembro de 2012… mas se você pensar nela, logo chegará o dia quando nós todos estaremos fazendo exactamente aquilo. Em 31 de dezembro de 1999 todos nós ficamos preocupados porque a Microsoft não programou os computadores para mais de 1999 anos e aquele planeta terra era como um carro correndo estrada abaixo com as suas rodas prontas para cair. Pessoas em todos os lugares armazenavam alimentos e água e faziam planos para a iminente catástrofe.

2012 será similar a 1999 porque nós estaremos novamente tentando decidir pelo plano A, B ou C. Plano A: Continuar com sua consulta programada ao podiatriste às 2 da tarde. Plano B: Cancelar a programação do dia e encontrar o templo budista mais próximo de modo que você possa esperançosamente 'Om' você mesmo na dimensão planetária seguinte. E o meu plano pessoal favorito, plano C: Visite o estabelecimento de um proprietário de bar que não tenha seguido o plano B.

O conceito de 'o fim do calendário Maia - 2012' tem uma idéia fixa que está conectada às nossas consciências ao redor de qualquer evento futuro. É o mesmo que recordar o aniversário do seu marido. Daqui a seis anos… você pode pôr no calendário.E se a coisa inteira de 2012… a coisa completa do 'final do tempo'… for na verdade sobre exactamente aquilo. Talvez seja sobre o final do tempo! O que eu quero dizer é que nossa consciência do tempo irá mudar dramaticamente. Nós temos um conceito razoavelmente rígido do que o passado é; do que o futuro é. Consideramos que os eventos actuais tem um efeito causal nos eventos futuros. O passado se foi… e o futuro está vindo. Esta é a maneira que sente… então este é o modo que nós sempre pensamos sobre isso. Esta é a nossa consciência colectiva do tempo.

Talvez 2012 não seja o que 'irá acontecer' no fim de tempo… mas é SOBRE o fim de tempo.

A nossa consciência do tempo é parte de uma estrutura ilusória que deu forma a nossa realidade consensual… a realidade que todos nós consentimos.

O conceito do tempo tem determinadas estruturas arraigadas que permeiam as nossas vidas desde o nascimento até à morte. O calendário divide o ano em 12 meses. Aniversários, feriados, segundas-feiras, sextas-feiras, agenda da família na terça-feira, a reunião que você tem às 2 da tarde na quarta-feira dia 5, e pelo o amor de Deus não esqueça o seu aniversário no dia 10! É importante saber que dia é… o calendário nos mantem na programação. Você não aparecerecia para trabalhar às 8 da manhã num domingo se a empresa em que você trabalha está fechada aos domingos.

Chegar para o trabalhar na hora certa exige mais do que um calendário. Se o seu chefe lhe pergunta a que horas você começará a trabalhar, ele não ficará satisfeito se você responder: "Estarei lá na terça -feira". Então, a fim controlar e gerir as nossas vidas, nós temos os relógios que nos dizem que horas são. Dependendo da maneira como você olha, o relógio marca 24 horas ou 1.440 minutos ou 86.400 segundos para cada dia das nossas vidas.

O relógio nos dá muitas informações úteis. Por exemplo, quando você termina uma chamada simples no seu telemóvel, um monte de informações sobre a chamada que você apenas completou é armazenada no seu telemóvel. Se você se importa com os detalhes, você saberá que a chamada começou às 14 horas e 14 minutos e durou 73 segundos, trazendo a seu uso total mensal para 728 minutos e 47 segundos. E então, você nos deve $213,11… o seu pagamento vence no dia 5. "Se precisar de mais informações por favor tecle #49."

Nós vivemos de acordo com as estruturas do tempo, mas na verdade temos pouca compreensão do que é realmente. Está apenas lá? Você pode mudá-lo? Se eu me livrar do meu relógio de pulso, a minha vida mudará? A maioria de nós diria: "Por que fazer perguntas sobre isto? Você não pode mudar. Apenas É."

A evolução de nosso conceito actual do tempo foi um desenvolvimento muito recente no curso da história da humanidade. As nossas culturas são baseadas num calendário que na verdade tem apenas centenas de anos. O calendário Gregoriano decretado pelo papa Gregório XIII em 1582 foi adoptado pela maioria dos países europeus em 1700 e em alguns países tão tarde quanto 1900. Era uma modificação do calendário Juliano que foi usado em Roma desde antes da época de Cristo, com a maioria dos meses nomeados pelos imperadores ou deuses romanos.

Antes de Júlio César introduzir o calendário Juliano em 45 A.C., o calendário Romano foi um desastre onde os padres se aproveitavam por razões políticas introduzindo dias para manter políticos favorecidos no escritório. O ano ficou conhecido como o "O Ano da Confusão", pois Júlio tinha adicionado 80 dias que totalizam 445 dias no ano. Em honra ao seu árduo trabalho, o mês de julho levou o seu nome. Algumas décadas mais tarde, o imperador Augusto teve Agosto como seu homônimo, por corrigir um pequeno problema onde por cerca de quatorze anos eles tinham um ano bissexto a cada três ao invés de a cada quatro anos.

Por falar nisso, o Papa Gregório tirou 10 dias na transição ao calendário Gregoriano, então tecnicamente os dias 5 a 14 de Outubro de 1582 nunca existiram.

A chegada do calendário Gregoriano no século dezesseis foi um momento de grande mudança na consciência humana.

O século dezesseis encerrou um período de tempo de 1.000 anos referido como a Idade das Trevas. É quase impossível para nós no século XXI imaginar A Idade das Trevas. Em seu livro intitulado Fogo sobre a Terra – A Mentalidade Medieval e o Renascimento (A World Lit Only By Fire), William Manchester induz o leitor ao estranho mundo da mente medieval.

É muito difícil imaginar uma época em que poucas pessoas tinham nomes correctos ou viajavam qualquer distância do lugar onde eles nasceram. Foi uma época em que a vasta maioria das pessoas não teve nenhuma exposição à palavra escrita. Era um mundo onde a autoridade religiosa dominava a autoridade temporal e a toda a humanidade. Foi um período de 1.000 anos onde não houve quase nenhuma invenção nova ou inovação. Quase completamente ausente de qualquer ego individual, por exemplo, gerações de pedreiros trabalhariam na conclusão de uma catedral que foi comissionada por um papa que morreu centenas de anos antes de sua conclusão.

"Cada uma das enormes catedrais medievais, nosso legado mais precioso dessa época, requereu três ou quatro séculos para terminar. Canterbury levou vinte e três gerações na construção; Chartres, um antigo centro Druida, dezoito gerações. Os Nobres tinham sobrenomes, mas menos de um por cento [das pessoas] eram bem nascidos. Porque a maioria de camponeses viveram e morreram sem sair de seu lugar de nascimento, havia raramente uma necessidade para alguns [nome além do primeiro nome]."

Referência: Fogo sobre a terra – A Mentalidade Medieval e o Renascimento (A World Lit Only By Fire) de William Manchester

Como sabemos, não havia quase nenhum conceito do tempo.

"Na mente medieval também não havia nenhuma consciência do tempo, que é ainda mais difícil de compreender. Os habitantes do século XX estão instintivamente cientes do passado, presente, e futuro."

"Os homens medievais estavam raramente cientes de que século estavam vivendo. Então a vida revolvia em torno da passagem das estações e de eventos cíclicos como feriados religiosos, tempo de colheita, e festas locais. Em toda a Cristandade não havia nenhuma coisa tal como um relógio de pulso, um relógio, ou aparte de uma cópia das tabelas da Páscoa na igreja ou do monastério mais próximo, qualquer coisa que se assemelhasse a um calendário. As gerações sucederam uma a outra numa escuridão insignificante, intemporal."

Referência: Fogo sobre a terra – A Mentalidade Medieval e o Renascimento (A World Lit Only By Fire), por William Manchester

Por um longo período de tempo antes de Gregório, Júlio e Augusto imporam o seu controle sobre os nossos conceitos do tempo, os seres humanos foram intimamente conectados aos ritmos e aos ciclos naturais do planeta e do mundo natural. Mesmo hoje, as culturas xamânicas e indígenas ainda estão conectadas aos ciclos de vida da terra. Elas derivam o seu 'calendário' da terra’ da lua e da natureza. O seu conceito do tempo originou-se das suas conexões espirituais, psíquicas à natureza. Eles determinam naturalmente épocas ideais às colheitas de plantações, comemoram o solstício e outros eventos sazonais e gravam a sua história em torno de um calendário lunar e do 'ciclo da terra'. As suas memórias e padrões de pensamento estão ligados este ciclo natural da terra.

Existe uma paisagem interna esquecida na qual podemos perceber a nossa conexão a tudo. Nós estamos permanentemente conectados ao mundo natural. Ayahuasca representa uma oportunidade completamente única para os seres humanos. É um eterno professor sagrado que pode nos reconectar à nossa humanidade e a toda a natureza.

"Se a vanguarda da exploração psicodélica nos anos noventa foi caracterizada pelos ravers que tomam produtos químicos sintéticos de pesquisa, esta década tem sido sobre a propagação da religião de Ayahuasca. Ao mesmo tempo, porque é uma antiga bebida da selva, Ayahuasca nos amarra ao que nós perdemos -- dá à pessoa uma sensação de ser parte de algo que está enraizado na natureza, que é como uma fonte de desejo e ansiedade imediatas".

Referência do artigo por Vanessa Grigoriadis, revista Rolling Stone intitulado, Daniel Pinchbeck e a Nova Elite Psicodélica (que cita Erik Davis, autor de O Estado Visionário: Uma Viagem Através da Paisagem Espiritual da Califórnia)

Não estou sugerindo que sabendo a hora do dia ou que dia é, não é relevante para quem nós somos como seres humanos vivendo no século XXI, mas estou sugerindo que nós devemos objectivar, materializar… que nós devemos olhar para o que é, de modo que seu poder sobre nós se torna menor. Objectivando … você cria uma separação entre a sua consciência e o conceito que você está observando. Você percebe que o conceito não é você… que é separado de você. Existe um espaço entre você e a idéia. Está lá e é CORRETTO que esteja lá, mas você não sente o seu poder porque você vê o que é. Há uma distância entre você e ele.

Quando 21 de dezembro de 2012 chegará? Nós teríamos que fazer algum trabalho para determinar claramente, baseado no nosso uso superficial do 'calendário' durante os séculos. Talvez um série contínua esteja acontecendo agora. Talvez tenha acontecido e acontecerá ao mesmo tempo. O século XVI foi um renascimento na consciência-temporal humana que tirou o planeta dos 1.000 anos de escuridão. Existe um outro renascimento da consciência que está acontecendo agora. É o fim de tempo como nós o conhecemos.

Eu nunca gostei da idéia das montanhas caindo na minha cabeça ou da crosta da terra competindo na minha porta da frente.

A evolução real da consciência humana… o verdadeiro 'fim do tempo' … não é esperar uma data daqui a seis anos. É uma re-conexão com você mesmo e com este o planeta vivo e abençoado em que nós habitamos. Aquela reconexão trará um final ao tempo que nós conhecemos, e prenunciará uma evolução extraordinária da consciência. Mudará para sempre quem nós somos como seres humanos.

"Nós seremos então liberados do poder oculto do calendário Gregoriano, que está nos mantendo fora de sincronicidade com nossos poderes psíquicos. Nós receberemos os poderes da telepatia e falaremos com os nossos vizinhos extraterrestres, não necessariamente a bordo de naves espaciais mas através da evolução psíquica."

Referência do artigo por Vanessa Grigoriadis, revista Rolling Stone intitulado: Daniel Pinchbeck e a Nova Elite Psicodélica.

Quando você primeiro observa a chegada dos tordos de peito vermelho na primavera, você se lembra que eles chegam na primavera de cada ano. Observando o pássaro, você a vê puxando uma suculenta minhoca do seu gramado dianteiro. Você maravilha-se da natureza… você se perde numa eternidade contida em um mero momento. Você está livre.


retirado http://www.heartoftheinitiate.com/taxonomy/term/289





Nenhum comentário: