OCULTISMO
Todos hão de concordar que em nosso mundo existem forças ocultas, que porventura nos deparamos, mas, às quais, desconhecemos quanto às suas origens, finalidades, forças e até mesmo conseqüências. Estas forças ocultas se originam e se encerram com tudo o que existe, ou seja, resumidamente: a Natureza, o Homem e o Plano Divino.
O Ocultismo estuda a tradição antiga no que concerne à estas 3 origens. No que concerne à forma o Ocultismo se divide em 3 classes bem distintas:
Ciência Oculta (Scientia Occulta)
Ciência do Oculto (Scientia Occultati)
Ciência Reencoberta (Scientia Occultans)
Scientia Occulta
Esta tradição antiga era ensinada tanto nos templos do antigo Egito quanto nos santuários da China e da Índia à poucos indivíduos pertencentes à uma elite selecionada por uma progressiva iniciação. Esta ciência não era, portanto, permitida a todo mundo, era oculta nos templos e santuários. Podemos assim dizer que este primeiro aspecto se define por Ciência Oculta (Scientia Occulta). Uma iniciação não se dá apenas por rituais ou símbolos ou contatos com o Deus uno e absoluto, mas também por árduas noites e dias de pesquisa e leitura de obras científicas e históricas que se relacionem com nosso objeto de estudo, o Ocultismo.
Esta parte é, sobretudo, histórica e científica e serve-se das descobertas dos arqueólogos relativas à Egiptologia, Fitologia, Geologia, Antropologia e a todas as ciências históricas. O Ocultista deve, portanto, respeitar e aprender os importantes trabalhos da ciência contemporânea e elucidar estas ciências à luz dos ensinamentos da tradição antiga sem, contudo, ignorar qualquer princípio desta ciência caso não queira cair em grande e grave erro.
É como aprendemos na escola: Ciência contemporânea e Ciência Oculta são como tese e antítese, e delas só poderá sair uma síntese verdadeira. São estudadas, neste aspecto, a constituição dos mistérios antigos, a história das diversas iniciações e suas ligações com as diversas raças. Estes estudos são dedicados, principalmente ao Egito, que hoje em dia é bem conhecido e que tem sua tradição perfeitamente estabelecida. Os documentos que hoje possuímos sobre os Templos Egípcios, suas práticas mágicas, suas capelas funerárias e túmulos (pirâmides) permitem visualizar esta tradição de forma clara e sólida. Obras raras, mas valiosas de antigos iniciados nos mistérios Jâmblico, Porfírio ou Apuleio, os escritos de Plutarco ou os ensinamentos dos Neoplatônicos, dos Gnósticos e dos Cabalistas são valiosas fontes de pesquisa e fortalecimento iniciático. As narrações de iniciação, veladas sobre a veia poética de Homero, Virgílio ou Dante também são fontes valiosas de pesquisa. Por fim toda a mitologia antiga e suas relações com a cosmosofia exigia também grandes esforços e longos estudos.
Pode-se afirmar com certeza que a ciência oculta guardou seus segredos no interior dos templos até cerca de 500 a.C. Depois desta época houve no mundo uma tentativa de difusão profana de alguns alfabetos, até então misteriosos como o Sânscrito (forma escrita), o Aramaico e o Assírio (Hebreu quadrado).
Scientia Occultati
A ciência ensinada nos mistérios estudava o plano invisível (forças ocultas) sob todos os aspectos: no Homem, na Natureza (em seu duplo aspecto: natureza naturante e natureza naturada) e no plano divino.
Certos autores só consideravam a Ciência Oculta em relação a esta segunda parte e a definem como " o estudo do invisível". Esta definição refere-se apenas a uma parte da Ciência Oculta, a mais importante talvez, mas não a única. Estudava-se não só teoricamente mas também praticamente (na prática) e espiritualmente cada realidade natural bem como suas relações com todas as forças que circulam nessas realidades.
Estabelecido o verbo da ciência, nomeava-se cada um dos elementos que constituem seus princípios, ou seja, sua lei e o estudo físico ou anatômico desses elementos. Por exemplo: para o estudo do céu, a astro-nomia. Em seguida estudava-se para cada ciência o verbo em ação, o logos vivo e operante. Era a fisiologia, a lógica de cada ciência. Usando o mesmo exemplo acima, no caso do estudo do céu, a astro-logia. Depois estudava-se a relação de cada ciência com o plano mental, o plano das concepções humanas, das classificações e de tudo o que contitui a ciência cerebral, tão importante às nossas universidades. Diria mesmo que esta ditas "universidades" só se empenham mesmo no estudo e formação de seres pensantes nesta área do conhecimento humano... uma parte infinitesimal do todo, diga-se de passagem. Isto constituia o plano da sabedoria (Sophia). Ainda usando o mesmo exemplo acima: no caso do estudo do céu, esta parte corresponderia à astro-sofia, cuja chave é toda a mitologia antiga quando transformada em mitosofia.
Por fim, estudava-se a aplicação real destas forças secretas e escondidas no homem, que possibilitava-o sair do plano mental e transportar-se para dentro do plano da visão direta, abandonando suas terríveis ilusões, colocando-se cara-à-cara com as chamadas forças da criação. Finalmente no estudo do céu, esta parte corresponderia à astro-phania, do qual os diversos apocalipses são um resumo.
Resumindo e ilustrando:
--------------------------------------------------------------------------------
Para a Natureza Astral:
Astronomia - Astrosofia
Astrologia - Astrofania
--------------------------------------------------------------------------------
Para a Natureza Humana:
Andronomia - Androsofia (Antroposofia ou Fania)
Andrologia - Androfania (Antroposofia ou Fania)
--------------------------------------------------------------------------------
Para o Universo Vivo:
Cosmogonia - Cosmosofia
Cosmologia - Cosmofania
--------------------------------------------------------------------------------
Para as Forças Divinas:
Teonomia - Teosofia
Teologia - Teofania
--------------------------------------------------------------------------------
Aquele que estuda a ciência oculta de uma maneira metódica e verdadeira jamais confundirá um teósofo (que é uma variedade especial de filósofo) com um teófano (que é um verdadeiro adepto que vive em dois planos).
Um Sufi muçulmano é, as vezes, sob o ponto de vista sófico, um profundo ignorante, porém, sob o ponto de vista fânico, ele é um sábio da ciência viva, digno de todo respeito: não tem nada, mas algo ele é !!!
Scientia Occultans
Enfim, uma vez constituído o ensinamento, um método particular permitia encobrir aos profanos as revelações dos mistérios pelos simbolismos, hieróglifos, lendas religiosas, mitos e todos os procedimentos derivados destas praticas. A verdade era transmitida ao povo sob o véu apropriado. A ciência Oculta era pois, escondida e transmitida de forma encoberta.
Esta parte é a que requer maiores e mais aprofundados estudos. Via-se necessário transmitir ao mundo profano a Verdade, sem mentiras, mas de forma suficientemente velada para evitar indiscriçõese, sobretudo o manejo das forças divinas pelos mal intencionados, que se serviriam dela para praticar o "mal".
Daí nasceu a ciência do simbolismo (o véu de Isis) que permite ora elevar-se de um símbolo até seu princípio celeste, ora descer de um princípio celeste a um símbolo cada vez mais físico, revelando ou revestindo os mistérios.
Os principais elementos desta parte da ciência oculta são:
O estudo do céu, dos astros, das constelações e de todo simbolismo que deles deriva.
O estudo dos alfabetos ou do verbo aplicado ao simbolismo (hieroglifismo e alfabetismo), ciência de teba ou alfa-beta.
O estudo dos símbolos, dos números, das figuras, dos sons, das cores e das formas, relacionados com o verbo celeste. Trata-se da arqueometria ou da medida dos princípios.
Final
Espero com isso ter transmitido ao estudante uma boa linha introdutória, clara e completa do que vem a ser Ciência Oculta. Será fácil, à partir daqui, classificar os autores por seção e por gênero de estudos. E será fácil, também dar a cada tradição seu devido valor e entender que o verdadeiro ocultista tem como primeira qualidade a tolerância, pois jamais procura elevar um princípio acima de outro.
A Harmonia é o fundamento do próprio Universo em todas as suas manifestações.
Amor, Sabedoria e Força!!!
Todos hão de concordar que em nosso mundo existem forças ocultas, que porventura nos deparamos, mas, às quais, desconhecemos quanto às suas origens, finalidades, forças e até mesmo conseqüências. Estas forças ocultas se originam e se encerram com tudo o que existe, ou seja, resumidamente: a Natureza, o Homem e o Plano Divino.
O Ocultismo estuda a tradição antiga no que concerne à estas 3 origens. No que concerne à forma o Ocultismo se divide em 3 classes bem distintas:
Ciência Oculta (Scientia Occulta)
Ciência do Oculto (Scientia Occultati)
Ciência Reencoberta (Scientia Occultans)
Scientia Occulta
Esta tradição antiga era ensinada tanto nos templos do antigo Egito quanto nos santuários da China e da Índia à poucos indivíduos pertencentes à uma elite selecionada por uma progressiva iniciação. Esta ciência não era, portanto, permitida a todo mundo, era oculta nos templos e santuários. Podemos assim dizer que este primeiro aspecto se define por Ciência Oculta (Scientia Occulta). Uma iniciação não se dá apenas por rituais ou símbolos ou contatos com o Deus uno e absoluto, mas também por árduas noites e dias de pesquisa e leitura de obras científicas e históricas que se relacionem com nosso objeto de estudo, o Ocultismo.
Esta parte é, sobretudo, histórica e científica e serve-se das descobertas dos arqueólogos relativas à Egiptologia, Fitologia, Geologia, Antropologia e a todas as ciências históricas. O Ocultista deve, portanto, respeitar e aprender os importantes trabalhos da ciência contemporânea e elucidar estas ciências à luz dos ensinamentos da tradição antiga sem, contudo, ignorar qualquer princípio desta ciência caso não queira cair em grande e grave erro.
É como aprendemos na escola: Ciência contemporânea e Ciência Oculta são como tese e antítese, e delas só poderá sair uma síntese verdadeira. São estudadas, neste aspecto, a constituição dos mistérios antigos, a história das diversas iniciações e suas ligações com as diversas raças. Estes estudos são dedicados, principalmente ao Egito, que hoje em dia é bem conhecido e que tem sua tradição perfeitamente estabelecida. Os documentos que hoje possuímos sobre os Templos Egípcios, suas práticas mágicas, suas capelas funerárias e túmulos (pirâmides) permitem visualizar esta tradição de forma clara e sólida. Obras raras, mas valiosas de antigos iniciados nos mistérios Jâmblico, Porfírio ou Apuleio, os escritos de Plutarco ou os ensinamentos dos Neoplatônicos, dos Gnósticos e dos Cabalistas são valiosas fontes de pesquisa e fortalecimento iniciático. As narrações de iniciação, veladas sobre a veia poética de Homero, Virgílio ou Dante também são fontes valiosas de pesquisa. Por fim toda a mitologia antiga e suas relações com a cosmosofia exigia também grandes esforços e longos estudos.
Pode-se afirmar com certeza que a ciência oculta guardou seus segredos no interior dos templos até cerca de 500 a.C. Depois desta época houve no mundo uma tentativa de difusão profana de alguns alfabetos, até então misteriosos como o Sânscrito (forma escrita), o Aramaico e o Assírio (Hebreu quadrado).
Scientia Occultati
A ciência ensinada nos mistérios estudava o plano invisível (forças ocultas) sob todos os aspectos: no Homem, na Natureza (em seu duplo aspecto: natureza naturante e natureza naturada) e no plano divino.
Certos autores só consideravam a Ciência Oculta em relação a esta segunda parte e a definem como " o estudo do invisível". Esta definição refere-se apenas a uma parte da Ciência Oculta, a mais importante talvez, mas não a única. Estudava-se não só teoricamente mas também praticamente (na prática) e espiritualmente cada realidade natural bem como suas relações com todas as forças que circulam nessas realidades.
Estabelecido o verbo da ciência, nomeava-se cada um dos elementos que constituem seus princípios, ou seja, sua lei e o estudo físico ou anatômico desses elementos. Por exemplo: para o estudo do céu, a astro-nomia. Em seguida estudava-se para cada ciência o verbo em ação, o logos vivo e operante. Era a fisiologia, a lógica de cada ciência. Usando o mesmo exemplo acima, no caso do estudo do céu, a astro-logia. Depois estudava-se a relação de cada ciência com o plano mental, o plano das concepções humanas, das classificações e de tudo o que contitui a ciência cerebral, tão importante às nossas universidades. Diria mesmo que esta ditas "universidades" só se empenham mesmo no estudo e formação de seres pensantes nesta área do conhecimento humano... uma parte infinitesimal do todo, diga-se de passagem. Isto constituia o plano da sabedoria (Sophia). Ainda usando o mesmo exemplo acima: no caso do estudo do céu, esta parte corresponderia à astro-sofia, cuja chave é toda a mitologia antiga quando transformada em mitosofia.
Por fim, estudava-se a aplicação real destas forças secretas e escondidas no homem, que possibilitava-o sair do plano mental e transportar-se para dentro do plano da visão direta, abandonando suas terríveis ilusões, colocando-se cara-à-cara com as chamadas forças da criação. Finalmente no estudo do céu, esta parte corresponderia à astro-phania, do qual os diversos apocalipses são um resumo.
Resumindo e ilustrando:
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Para a Natureza Astral:
Astronomia - Astrosofia
Astrologia - Astrofania
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Para a Natureza Humana:
Andronomia - Androsofia (Antroposofia ou Fania)
Andrologia - Androfania (Antroposofia ou Fania)
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Para o Universo Vivo:
Cosmogonia - Cosmosofia
Cosmologia - Cosmofania
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Para as Forças Divinas:
Teonomia - Teosofia
Teologia - Teofania
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Aquele que estuda a ciência oculta de uma maneira metódica e verdadeira jamais confundirá um teósofo (que é uma variedade especial de filósofo) com um teófano (que é um verdadeiro adepto que vive em dois planos).
Um Sufi muçulmano é, as vezes, sob o ponto de vista sófico, um profundo ignorante, porém, sob o ponto de vista fânico, ele é um sábio da ciência viva, digno de todo respeito: não tem nada, mas algo ele é !!!
Scientia Occultans
Enfim, uma vez constituído o ensinamento, um método particular permitia encobrir aos profanos as revelações dos mistérios pelos simbolismos, hieróglifos, lendas religiosas, mitos e todos os procedimentos derivados destas praticas. A verdade era transmitida ao povo sob o véu apropriado. A ciência Oculta era pois, escondida e transmitida de forma encoberta.
Esta parte é a que requer maiores e mais aprofundados estudos. Via-se necessário transmitir ao mundo profano a Verdade, sem mentiras, mas de forma suficientemente velada para evitar indiscriçõese, sobretudo o manejo das forças divinas pelos mal intencionados, que se serviriam dela para praticar o "mal".
Daí nasceu a ciência do simbolismo (o véu de Isis) que permite ora elevar-se de um símbolo até seu princípio celeste, ora descer de um princípio celeste a um símbolo cada vez mais físico, revelando ou revestindo os mistérios.
Os principais elementos desta parte da ciência oculta são:
O estudo do céu, dos astros, das constelações e de todo simbolismo que deles deriva.
O estudo dos alfabetos ou do verbo aplicado ao simbolismo (hieroglifismo e alfabetismo), ciência de teba ou alfa-beta.
O estudo dos símbolos, dos números, das figuras, dos sons, das cores e das formas, relacionados com o verbo celeste. Trata-se da arqueometria ou da medida dos princípios.
Final
Espero com isso ter transmitido ao estudante uma boa linha introdutória, clara e completa do que vem a ser Ciência Oculta. Será fácil, à partir daqui, classificar os autores por seção e por gênero de estudos. E será fácil, também dar a cada tradição seu devido valor e entender que o verdadeiro ocultista tem como primeira qualidade a tolerância, pois jamais procura elevar um princípio acima de outro.
A Harmonia é o fundamento do próprio Universo em todas as suas manifestações.
Amor, Sabedoria e Força!!!
retirado: http://br.groups.yahoo.com
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