ZEN DICAS & MUSICAIS

CIRCULO ZEN,

Sejam bem vindos ao ZEN DICAS & MUSICAIS.


Apresentamos teorias, informações, previsões, profecias e idéias que devem ser vistas apenas como caráter especulativo. Não queremos doutrinar, afirmar ou convencer ninguém..

Tento colocar um pouquinho de cada coisa que gosto de estudar. São assuntos diversos muitas vezes que nem sei de onde peguei, mas são temas aos quais me identifico. Se o autor de algum texto deparar com ele escrito aqui, não se irrite, ao contrário, lisonjeie-se em saber que alguém admira seu pensamento.

Não há religião superior à verdade, o importante é a nossa convivência de respeito mútuo e amizade, sempre pautados na humildade, no perdão e na soliedaridade.

Autoconhecimento, Filosofia, Espiritualidade, Literatura, Saúde, Culinária, Variedades..

Tudo isso acompanhado de uma Zen Trilha Sonora com muito Alto Astral.



“Citarei a verdade onde a encontrar”.
(Richard Bach)


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NAMASTÊ.

NUNCA PERCA A CURIOSIDADE SOBRE O SAGRADO!

Albert Einstein

circulo zen

30.10.08

DOUTRINA SECRETA - CONCLUSÃO

Doutrina Secreta


Conclusão


Vol II, p. 437-446




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mais nos volumes vindouros


CONCLUSÃO.


O espaço não nos permite dizer mais e esta parte da "Doutrina Secreta" deve ser terminada. As quarenta e nove Estâncias e os poucos fragmentos dos Comentários dados são tudo o que pode ser publicado nestes volumes. Estes, com alguns registros ainda mais antigos � aos quais ninguém exceto os mais altos Iniciados têm acesso � e toda uma biblioteca de comentários, glossários e explicações formam a sinopse da gênese do homem.


É dos Comentários que até agora citamos que tentamos explicar o significado oculto de algumas alegorias, mostrando, assim, o verdadeiro ponto de vista da antigüidade esotérica sobre a geologia, antropologia e, mesmo, etnologia. Esforçar-nos-emos, na Parte que segue, estabelecer uma conexão metafísica ainda mais próxima entre as primeiras raças e seus Criadores, entre os homens divinos e outros mundos; acompanhar as afirmações preferidas com as demonstrações mais importantes dessas afirmações da Astronomia esotérica e do Simbolismo.


No Volume III desta obra (este e o IV já estão quase prontos), será dada uma breve historia de todos os grandes adeptos conhecidos dos antigos e modernos, em sua ordem cronológica, bem como uma visão panorâmica dos Mistérios, seu nascimento, crescimento, decadência e morte � na Europa. Não há espaço para isso na presente obra. O volume IV será inteiramente devotado aos ensinamentos ocultos.


A duração dos períodos que separam, no espaço e no tempo, a Quarta da Quinta Raça � no princípio histórico* bem como legendário da Quinta � é muito extraordinária para que possamos oferecer, mesmo a um teosofista, mais detalhes sobre essas raças. Durante o curso das eras pós-diluvianas � marcadas, em certas épocas periódicas, pelos mais terríveis cataclismos � muitas raças e nações nasceram e desapareceram quase sem deixar vestígios para que alguém pudesse oferecer qualquer descrição do mais tênue valor concernente a elas. Se os Mestres de Sabedoria têm uma história consecutiva e completa de nossa raça deste seu estágio incipiente até a época presente; se eles possuem o registro ininterrupto do homem, desde que ele se tornou um ser físico completo e, portanto, o rei dos animais e mestre desta terra � não cabe à escritora dizer. Muito provavelmente, eles têm




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* A palavra "histórico" é usada porque, embora os historiadores tenham diminuído quase absurdamente as datas que separam certos eventos de nossa época moderna, no entanto, uma vez que eles são conhecidos e aceitos, eles pertencem à história. Assim, a Guerra de Tróia é um evento histórico; e, embora lhe seja atribuída a data de menos de 1.000 anos a.C., na verdade sua data é aproximadamente 5.000 anos a.C.

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A Doutrina Secreta


e esta é nossa convicção pessoal. Se for assim, este conhecimento se destina apenas aos Iniciados mais elevados, que não fazem confidências a seus estudantes. A escritora pode, portanto, dar apenas o que lhe foi ensinado e nada mais.


Mas mesmo isto parecerá, ao leitor profano, mais um sonho estranho, fantástico, do que uma realidade possível.


Isto é somente natural e é como deveria ser, uma vez que por anos, tal era a impressão da própria humilde escritora dessas páginas. Nascida e criada em países europeus, materialistas e presumivelmente civilizados, ela assimilou o que foi ensinado com grande dificuldade. Mas há certos tipos de provas que se tornaram irrefutáveis e são inegáveis a longo termo para as mentes sinceras e sem preconceito. Durante uma série de anos, essas provas lhe foram oferecidas e, agora, ela tem plena certeza de que nosso globo atual e suas raças humanas nasceram, cresceram e se desenvolveram desta maneira, e não de outra.


Mas este é o ponto de vista pessoal da escritora; e não se espera que sua ortodoxia tenha mais peso que qualquer outra "doxia" aos olhos daqueles para quem cada nova teoria é heterodoxa até que diferentemente provada. Portanto, estamos nós, ocultistas, plenamente preparados para tais questões como: "Como uma pessoa sabe que a escritora não inventou todo o esquema? E, supondo que ela não o fez, como pode alguém saber que tudo o que foi dado nas Estâncias não é produto da imaginação dos antigos? Como poderiam ter preservado os registros de uma antigüidade tão imensa e tão incrível?"


A resposta de que a história deste mundo, desde sua formação até o seu fim "está escrita nas estrelas", isto é, registrada no Zodíaco e no Simbolismo Universal, cujas chaves estão em poder dos Iniciados, dificilmente satisfará os que duvidam. A antigüidade do Zodíaco no Egito suscita mais dúvidas e quanto à Índia, é muito mais diretamente negada. "Suas conclusões são freqüentemente excelentes, mas suas premissas são sempre duvidosas", um amigo profano disse à escritora uma vez. A isto, a resposta é que foi um ponto, pelo menos, ganho nos silogismos científicos. Porque, com exceção de alguns poucos problemas no domínio da ciência puramente física, ambas as premissas e conclusões dos homens de Ciência são tão hipotéticas quanto são, quase invariavelmente, errôneas. E se elas não parecem assim para o profano, a razão é simplesmente esta: o profano está muito pouco consciente, tomando, como ele faz, os dados científicos na fé de que ambas premissas e conclusões são geralmente o produto dos mesmos cérebros que, embora eruditos, não são infalíveis; um truísmo demonstrado diariamente pelas mudanças e revoluções das teorias e especulações científicas.


De qualquer forma, os registros dos templos, registros zodiacais e tradicionais, bem como os registros ideográficos do Oriente, como interpretados pelos

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Ciência Moderna sob Suspeita


adeptos da Ciência e Vidya sagradas, não são uma parcela mais duvidosa do que a chamada história antiga das nações européias, agora editada, corrigida e ampliada por meio século de descobertas arqueológicas e leituras problemáticas das tábuas assírias, fragmentos cuneiformes e hieróglifos egípcios. Assim são nossos dados baseados em tais leituras, em adição ao um número quase inexaurível de trabalhos secretos dos quais a Europa não tem conhecimento � mais o perfeito conhecimento, dos Iniciados, do simbolismo de cada palavra registrada. Alguns desses registros pertencem a uma imensa antigüidade. Todo arqueólogo e paleontólogo está familiarizado com as produções ideográficas de certas tribos semi-selvagens que, desde tempos imemoriais procuraram traduzir seus pensamentos simbolicamente. Este é o mais antigo modo de registrar eventos e idéias. E a idade deste conhecimento na raça humana deve ser inferida de alguns sinais, evidentemente ideográficos, encontrados em machadinhas do período paleolítico. As tribos de Índios Vermelhos da América, apenas a alguns anos atrás, comparativamente falando, pediram ao Presidente dos Estados Unidos a possessão de quatro pequenos lagos, cuja petição foi escrita na fina superfície de uma peça de tecido que está coberta com uma mera dúzia de representações de animais e pássaros. (Ver Lubbock). Os selvagens americanos têm um número de diferentes tipos de escrita, mas nenhum de nossos cientistas é familiarizado ou mesmo conhece a primitiva cifra hieroglífica ainda preservada em algumas Fraternidades e denominada, no Ocultismo, Senzar. Além disso, todos aqueles que decidiram considerar esses modos de escrita � por exemplo, a ideografia dos Índios Vermelhos e mesmo os caracteres chineses � como "tentativas das primeiras raças da humanidade de expressar seus pensamentos", decididamente objetarão à nossa informação de que a escrita foi inventada pelos Atlantes e não pelos fenícios. Na verdade, uma afirmação como a de que a escrita era conhecida da humanidade muitas centenas de milênios atrás, à face dos filólogos que decretaram que a escrita era conhecida de Pânini, na Índia, como também aos gregos no tempo de Homero, terá a desaprovação geral, se não silencioso desprezo. Apesar de toda negação e ridicularização, os ocultistas manterão sua afirmação, por esta simples razão: desde Bacon até nossa moderna Sociedade Real, temos um período muito longo, cheio de erros ridículos feitos pela Ciência, para conceder nossa crença às afirmações cientificas modernas em vez de às negações de nossos Instrutores. A Escrita, dizem nossos cientistas, era desconhecida de Pânini; e este sábio, no entanto, compôs uma gramática que contém 3.996 regras é a mais perfeita de todas as gramáticas que foram inventadas! Os mais liberais dizem que Pânini viveu apenas alguns séculos d.C.; e as pedras do Irã e da Ásia Central (de onde os filólogos e historiadores

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A Doutrina Secreta


nos mostram os ancestrais desse mesmo Pânini, os Brahmins, vindo para a Índia), estão cobertas com escrita de dois ou três mil anos de idade (12.000, de acordo com alguns paleontólogos indômitos).


Escrever era uma ars incógnita nos dias de Hesíodo e Homero, segundo Grote e desconhecida dos gregos até 770 a.C.; e os fenícios, que a inventaram, conheciam a escrita desde 1500 a.C. ou mais cedo*, vivam com os gregos e estavam em contato com eles todo o tempo! Entretanto, todas essas conclusões cientificas e contraditórias desapareceram no ar quando Schliemann descobriu (a) o local da antiga Tróia, cuja existência real foi, por muito tempo, considerada uma fábula; e (b) escavou, naquele lugar, vasos de cerâmica com inscrições em caracteres desconhecidos aos paleontólogos e sanscritistas que tudo negaram. Quem agora negará Tróia ou essas inscrições arcaicas? Como testemunha o Prof. Virchow: "Eu próprio fui testemunha ocular de duas dessas descobertas e ajudei a reunir as peças. Os caluniadores que não tiveram a vergonha de acusar de impostura, o descobridor, já foram silenciados" �. Também as mulheres verdadeiras não foram mais poupadas do que os homens verdadeiros. Du Chaillu, Gordon-Cumming, Madame Merian,� Bruce e uma legião de outros foram acusados de mentir.


Madame Merian � diz o autor de "Mythical Monsters", na Introdução de seu livro � foi acusada de falsidade deliberada com referencia à sua descrição de uma aranha comedora de pássaros mais ou menos duzentos anos atrás. Mas hoje, observadores confiáveis confirmaram a existência dessa aranha na América do Sul, Índia e outros lugares. Botânicos acusaram Audubon de ter inventando o nenúfar amarelo, que ele desenhou em seu livro Birds of the South, sob o nome de Nymphæa lútea e, depois de ficar durante anos sob esta acusação, foi confirmado pela descoberta dessa flor na Florida, em 1876 (Pop. Sci. Monthly, n. 60, abril de 1877). E assim como Audibon foi chamado de mentiroso por isso e pelo seu Holiætus Washingtonii, � também Victor Hugo foi ridicularizado por sua maravilhosa descrição do peixe-demônio, e de um homem que se tornou vítima desse peixe. "O caso foi considerado uma impossibilidade; no entanto, alguns anos depois, foram descobertos, nas praias de Newfoundland, chopos cujos tentáculos tinham trinta metros de comprimento e eram capazes de




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* É um fato histórico que Sanchoniathon compilou e escreveu em caracteres fenícios � dos anais e documentos de estado nos arquivos das antigas cidades fenícias- o registro completo da religião deles em 1250 a.C.


� Prof. Virchow, in Appendix 1 do Ílios de Schliemann. Murray, 1880.

� Gosse escreve sobre ela: "Ela é considerada uma herética completa, não deve ser acreditada, uma fabricante de historia natural insana, uma inventora de fatos falsos na ciência." ("Romance of Natural History", p. 227.).


� Dr. Cover escreve: "Este pássaro famoso de Washington é um mito; ou Audubon estava enganado ou, como alguns não hesitam em afirmar, ele mentiu. "

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Negação por Atacado


arrastar um barco de bom tamanho para abaixo da superfície; e os atos desses chopos têm sido retratados, durante séculos, por artistas japoneses." ("Mythical Monsters" p. 11 Introdução).


E se Tróia foi negada e considerada um mito; a existência de Herculano e Pompéia declarada uma ficção; riu-se das viagens de Marcos Polo e se chamou-as de fábulas como os contos do Barão Munchausen, por que a escritora de "Isis sem Véu" e da "Doutrina Secreta" deveria ser tratada melhor? O Sr. Charles Gould, autor da obra acima citada, cita em seu excelente trabalho algumas linhas de Macmillan (1860), que são tão verdadeiras como a vida e tão significantes que não podemos deixar de reproduzir: "Quando um naturalista, seja ao visitar tais locais desconhecidos da terra, seja por sua boa sorte, encontra uma planta ou animal estranho, ele é logo acusado de inventar seu jogo. . . . . . Logo que se vê que a pessoa pecou contra o preconceito, o grande Espírito guia (ou desencaminhador?), cujo nome é a priori, que fornece aos filósofos sua onisciência pro re natâ, sussurra que tal coisa não pode ser, e logo há a acusação de fraude. Os próprios céus foram acusados de fraude. Quando Leverrier e Adams previram um planeta através de cálculos, foi severamente afirmado em alguns lugares que o planeta que foi calculado não era o planeta, mas outro que clandestina e impropriamente entrou nas vizinhanças do verdadeiro corpo celeste. A disposição de se suspeitar de fraude é mais forte que a disposição de fraudar. Quem foi que primeiro anunciou que as obras clássicas da Grécia e Roma eram uma grande farsa perpetrada pelos monges, no que o anunciador seria pouco ou menos inclinado que o Dr. Maitland a chamá-las de idade das trevas? (p. 13).


Que assim seja. Nenhum descrente que tome a "Doutrina Secreta" por "fraude" é forçado, nem mesmo solicitado a acreditar em nossas afirmações. Isto já foi proclamado como fraude por certos jornalistas americanos espertos mesmo antes que a obra fosse para o prelo*.


Nem, afinal de contas, é necessário que alguém acredite nas Ciências Ocultas e nos antigos ensinamentos, antes que se saiba algo ou mesmo



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* Em julho de 1888, quando o manuscrito deste trabalho ainda não tinha deixado minha mesa de trabalho, e a Doutrina Secreta era desconhecida ao mundo, já tinha sido denunciada como um produto do meu cérebro e nada mais. Estes foram os termos elogiosos com os quais o Evening Telegraph (da América) se referiu a este trabalho ainda não publicado em sua edição de 30 de junho de 1888: "Entre os fascinantes livros para se ler em julho, está o novo livro de Madame Blavatsky sobre Teosofia . . . . (1) a Doutrina Secreta . . . mas o fato de ela pairar sobre a ignorância Brahmin . . . (!?) . . . não é prova de tudo o que ela diz é verdade." E uma vez que o veredicto preconceituoso, feito sobre a noção errada de que meu livro estava lançado, e que o revisor o tinha lido, coisa que não aconteceu, agora que meu livro está lançado, a crítica terá que apoiar sua primeira declaração, correta ou não, e ela o fará, provavelmente, com críticas mais contundentes do que antes.

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A Doutrina Secreta


acredite em sua própria alma. Nenhuma grande verdade foi aceita a priori e, geralmente, um século ou dois se passaram antes que ela começasse a brilhar na consciência humana como uma possível verdade, exceto nos casos em que uma descoberta positiva a afirmasse como fato. As verdades de hoje foram falsidades e erros de ontem e vice versa. Será somente no século XX que partes, se não o todo da presente obra será confirmado.


Não é um fato contra nossas afirmações, portanto, se Sir John Evans afirma que a escrita era desconhecida na idade da pedra. Porque ela pode ter sido desconhecida durante aquele período da Quinta Raça Ariana e ter sido perfeitamente conhecida dos Atlantes da Quarta, nos prósperos dias de sua mais elevada civilização. Os ciclos de ascensão e queda das nações e raças estão aí para comprovar isso.


Se nos dissessem que houve casos, no passado, de pseudografia forjada que enganou os crédulos e que nosso trabalho pode ser classificado como a "Bíblia na Índia" de Jacolliot (na qual, por sinal, há mais verdades entre seus erros que nos trabalhos dos reconhecidos orientalistas ortodoxos) � a acusação e comparação nos atingirá muito pouco. Nossa hora chegará. Mesmo o famoso "Ezour Veda" do século passado, considerado por Voltaire "o mais precioso presente do Oriente para o Ocidente" e, por Max Miller, "o livro mais tolo que pode ser lido", não está totalmente isento de fatos e verdades. Os casos em que as negações a priori dos especialistas foram justificadas pelas subseqüentes corroborações representam uma porcentagem insignificante daqueles que foram totalmente justificados por subseqüentes descobertas e confirmados, para desencanto dos eruditos objetores. O "Ezour Veda" foi apenas um pequeno pomo da discórdia comparado com o triunfo de Sir William Jones, Anquetil de Perron e outros quanto ao assunto Sânscrito e sua literatura. Tais fatos foram registrados pelo próprio Professor Max Muller que, falando da derrota de Dugald Stewart e Cia. a esse respeito, afirma que "se os fatos sobre o sânscrito fossem verdadeiros, Dugald Stewart era sábio o suficiente para não ver que as conclusões tiradas eram inevitáveis. Ele, entretanto, negou totalmente a realidade de uma língua como o Sânscrito e escreveu seu famoso ensaio para provar que o Sânscrito foi copiado do grego e do latim por aqueles arqui-forjadores e mentirosos, os Brahmans, e que toda a literatura sânscrita era uma impostura" (Science of Language, p. 168). A autora deseja e se sente orgulhosa em fazer companhia a esses Brahmans e outros "mentirosos" históricos, na opinião de nossos modernos Dugald Stewarts. Ela já viveu muito e a experiência dela foi muito variada e pessoal, para que ela não saiba pelo menos, um pouco da natureza humana. "Quando você duvida, se abstenha", diz o sábio Zoroastro,

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Paradoxos da Ciência


cujo aforismo prudente é corroborado, em cada caso, pela vida e experiência diárias. Ainda, como São João, o Batista, este sábio das eras passadas é encontrado pregando no deserto, na companhia de um filósofo mais moderno, chamado Bacon, que oferece os mesmos bocados inestimáveis da Sabedoria prática. "Em contemplação", diz ele (em qualquer questão de Conhecimento, adicionamos), "se o homem começa com certezas, ele terminará em dúvidas; mas se ele se contentar em começar com dúvidas, terminará com certezas".


Com este conselho do pai da Filosofia inglesa aos representantes do ceticismo britânico, fechamos o debate, mas nossos leitores teósofos merecem uma peça final de informação oculta.


Foi dito o suficiente para mostrar que a evolução em geral, eventos, humanidade e tudo o mais na Natureza procedem em ciclos. Falamos das sete Raças, cinco das quais já quase completaram sua carreira terrestre e informamos que cada Raça-Raiz, com suas sub-raças e inumeráveis divisões em famílias e tribos, era inteiramente distinta de sua raça precedente e subseqüente. A isto se objetará sob a autoridade da experiência uniforme da Antropologia e Etnologia. O homem foi � salvo quanto à cor e tipo e, talvez, uma diferença nas peculiaridades faciais e capacidade craniana � o mesmo sob cada clima e em cada parte do mundo, dizem os naturalistas; até mesmo em estatura. Isto, enquanto mantendo que o homem descende do mesmo ancestral desconhecido como o gorila, uma afirmação que é logicamente impossível sem uma variação infinita de estatura e forma, desde a sua primeira evolução em bípede. As pessoas muito lógicas que mantêm ambas as proposições são bem-vindas com seus pontos de vista paradoxais. Mais uma vez, nos dirigimos somente àqueles que, duvidando que os mitos derivam em geral da "contemplação dos trabalhos visíveis da natureza externa" . . . . acha "menos difícil acreditar que essas histórias maravilhosas de deuses e semi-deuses, gigantes e anões, dragões e monstros de todas as descrições são transformações, do que acreditar que eles são invenções." São somente essas "transformações" na natureza física como na memória e concepções de nossa humanidade atual, que a Doutrina Secreta ensina. Ela confronta a hipótese puramente especulativa da Ciência moderna baseada na experiência e observações exatas de apenas poucos séculos, com uma tradição e registros contínuos de seus Santuários; e eliminando as teias das teorias, mergulhou nas trevas que cobrem um período de alguns milênios, e que os europeus chamam de sua "História", a Velha Ciência nos diz: Ouça, agora, minha versão das memórias da Humanidade.


As Raças humanas nascem uma da outra, crescem, desenvolvem-se, envelhecem

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A Doutrina Secreta


e morrem. Suas sub-raças e nações seguem a mesma regra. Se a sua ciência moderna que nega tudo e sua chamada filosofia não contestam que a família humana é composta de uma variedade de tipos e raças bem definidos, é somente porque o fato é inegável; ninguém pode dizer que não há diferenças externas entre um inglês, um negro africano e um japonês ou chinês. Por outro lado, é formalmente negado pela maioria dos naturalistas que as raças humanas misturadas, isto é, as sementes das raças inteiramente novas, não são mais formadas nos nossos dias. Mas isto é confirmado em boa base por de Quatrefages e outros.


No entanto, nossa proposição geral não será aceita. Dir-se-á que sejam quais forem as formas pelas quais o homem tenha passado durante o longo passado pré-histórico, não há mais transformações para ele no futuro (exceto certas variações, como atualmente). Por conseguinte, as nossas Sexta e Sétima Raças-Raízes são ficções.


A isto respondemos: Como vocês sabem? Sua experiência se limita a alguns milhares de anos; menos que um dia em toda a idade da Humanidade, e aos tipos atuais dos continentes e ilhas de nossa Quinta Raça. Como vocês podem saber o que será e o que não será? Entretanto, tal é a profecia de nossos Livros Secretos e tais são as suas declarações nada incertas.


Desde o começo da Raça Atlante, muitos milhões de anos se passaram e, não obstante, vemos ainda os últimos Atlantes mesclados com o elemento ariano desde há 11.000 anos. Isto mostra a enorme superposição de uma Raça na que lhe sucede, embora a raça mais velha perca suas características e assuma as características da mais jovem. Isto se verifica em todas as formações de raças humanas mescladas. A Filosofia oculta ensina que, até mesmo atualmente, sob as nossas próprias vistas, a nova Raça e as novas raças estão se formando e que é na América que a transformação acontecerá, onde já se iniciou silenciosamente.


De anglo-saxões puros que eram apenas há trezentos anos, os Americanos dos Estados Unidos se converteram em uma nação à parte e, devido ao forte cruzamento das várias nacionalidades, formaram quase uma raça sui generis, não só mentalmente, como também fisicamente. "Toda raça mesclada, quando é uniforme e fixa, pode representar o papel de uma raça primária em seus cruzamentos novos", diz de Quatrefages. "A humanidade, em seu estado atual, foi com certeza formada, em sua maior parte, pelos sucessivos cruzamentos de um número de raças até agora indeterminado". (The Human Species, p. 274)


Assim, os americanos se tornaram, em apenas três séculos, uma "raça primária" antes de se converterem numa raça à parte, fortemente separada de todas as demais raças que atualmente existem. Eles são, numa palavra, os germes da sexta sub-raça e, daqui a algumas centenas de anos, tornar-se-ão

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A Nova Raça Vindoura


os pioneiros daquela raça que há de suceder, com todas as suas novas características, à raça européia de hoje, a quinta sub-raça. Depois disso, dentro de uns 25.000 anos, começarão a preparar a sétima sub-raça; até que, em conseqüência de cataclismos � cuja primeira série deverá um dia destruir a Europa e, mais tarde, toda a raça ariana (alcançando as duas Américas), bem como a maior parte das terras diretamente ligadas aos limites de nossos continentes e ilhas � a Sexta Raça raiz aparecerá no palco da nossa Ronda. Quando isso acontecerá? Quem o sabe, exceto, talvez, os grandes Mestres de Sabedoria e, estes, permanecem tão silenciosos sobre o assunto quanto os picos nevados que se erguem acima deles. Tudo o que sabemos é que ela se iniciará silenciosamente; tão silenciosamente, na verdade, que durante milênios, seus pioneiros, as crianças peculiares que se desenvolverão em homens e mulheres peculiares serão considerados anômalos lusus natura, como raridades anormais, física e mentalmente. Então, à medida que aumentam e se tornam cada vez maior em número com o passar dos tempos, chegará o dia em que eles se constituirão em maioria. Então os homens atuais começarão a ser considerados como mestiços excepcionais, até finalmente desaparecerem dos países civilizados, sobrevivendo tão-somente em pequenos grupos em ilhas � os picos das montanhas de hoje � onde passarão a vegetar e a degenerar para depois se extinguirem, provavelmente dentro de milhões de anos, como se extinguiram, no passado, os Astecas e hoje estão morrendo os Nyam-Nyam e a raça anã dos Mula-Kurumbas dos Montes Nilguiri. Todos estes são os remanescentes de raças que foram outrora poderosas e cuja existência se apagou completamente da memória das gerações modernas, assim como a nossa será um dia esquecida para a Humanidade da Sexta Raça. A Quinta Raça se interporá na Sexta durante muitas centenas de milhares de anos, transformando-se mais lentamente que a sua sucessora, mas alterando-se quanto à estatura, ao psíquico em geral e à mentalidade, do mesmo modo que a Quarta Raça se interpôs na Raça Ariana e a Terceira na dos Atlantes.


Este processo de preparação para a Sexta grande Raça deve durar todo o curso da sexta e da sétima sub-raça (ver mais atrás o diagrama da Árvore Genealógica da Quinta Raça). Mas os últimos remanescentes do Quinto Continente só desaparecerão algum tempo depois do nascimento da nova Raça: quando uma nova morada, o Sexto Continente, terá surgido sobre as novas águas da superfície do globo, para receber o novo hóspede. Todos os que tiverem a boa sorte de escapar ao desastre geral emigrarão para esse continente e aí se estabelecerão. Quando isto acontecerá � como já foi dito � a autora não sabe. Sabe apenas que como a Natureza não procede por saltos, nem o ser humano muda repentinamente do estado de menino para o de homem maduro, o cataclismo final será precedido de muitas submersões e destruições menores, tanto pela água como pelo fogo vulcânico. A vida exuberante então palpitará

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A Doutrina Secreta


fortemente no coração da raça que agora se acha na zona americana, mas já não haverá americanos quando se iniciar a Sexta Raça: não mais, de fato, do que europeus; porque então eles ter-se-ão tornado uma nova Raça e muitas novas nações. Contudo, a quinta Raça não morrerá, mas sobreviverá por algum tempo: permeando a nova Raça por muitas centenas de milênios, ela se transformará com a Sexta � mais devagar que a sua antecessora � ficando totalmente alterada em mentalidade, psíquico em geral e estatura. A Humanidade não voltará a desenvolver corpos de gigantes, como no caso do Lemurianos e dos Atlantes; porque, enquanto a evolução da Quarta Raça conduziu os Atlantes ao último grau de materialidade no seu desenvolvimento físico, a Raça atual está em seu arco ascendente; e a Sexta virá rapidamente a libertar-se dos laços da matéria e, mesmo, dos da carne.


Assim é a Humanidade do Novo Mundo � que é muito mais velho que o Antigo, um fato de que os homens tinham se esquecido � de Pâtâla (os Antípodas, ou o Mundo inferior como a América é chamada na Índia), que tem por missão e por Carma plantar as sementes de uma Raça futura, maior e muito mais gloriosa que todas as que temos conhecido até agora. Os Ciclos de Matéria serão seguidos por Ciclos de Espiritualidade e de completo desenvolvimento mental. Segundo a lei de analogia da história e das raças, a maioria da futura Humanidade compor-se-á de Adeptos gloriosos. A Humanidade é filha do Destino Cíclico e nem uma de suas Unidades pode fugir à sua missão inconsciente, nem livrar-se da carga de seu trabalho cooperativo com a natureza. Assim, a Humanidade, raça após raça, realizará sua Peregrinação Cíclica. Os climas mudarão e já começaram a mudar: cada Ano Tropical deixa de lado uma sub-raça, mas somente para gerar uma raça superior no ciclo ascendente; enquanto uma série de outros grupos menos favorecidos � os malogros da Natureza � desaparecem da família humana, bem como certos indivíduos, sem deixar traço de sua existência.


Assim é o curso da Natureza sob o império da lei Cármica: da Natureza sempre presente e sempre em formação. Porque, segundo as palavras de um Sábio, conhecidas tão somente de alguns ocultistas: "O Presente é Filho do Passado; o Futuro, a Progênie do Presente. E, no entanto, ó Momento Presente! Não sabes tu que não tens Pai, nem podes ter um Filho; que somente estás sempre engendrando a Ti mesmo? Antes de teres começado a dizer: �Eu sou a Progênie do Momento que passou, o Filho do Passado�, Tu Te hás convertido nesse mesmo Passado. Antes de teres pronunciado a Última Sílaba, Repara! Já não és mais o Presente, mas em verdade, o Futuro. Assim, o Passado, o Presente e o Futuro, a Trindade em Um Eternamente Viva, - É o MahâMâyâ do Absoluto.


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