ZEN DICAS & MUSICAIS

CIRCULO ZEN,

Sejam bem vindos ao ZEN DICAS & MUSICAIS.


Apresentamos teorias, informações, previsões, profecias e idéias que devem ser vistas apenas como caráter especulativo. Não queremos doutrinar, afirmar ou convencer ninguém..

Tento colocar um pouquinho de cada coisa que gosto de estudar. São assuntos diversos muitas vezes que nem sei de onde peguei, mas são temas aos quais me identifico. Se o autor de algum texto deparar com ele escrito aqui, não se irrite, ao contrário, lisonjeie-se em saber que alguém admira seu pensamento.

Não há religião superior à verdade, o importante é a nossa convivência de respeito mútuo e amizade, sempre pautados na humildade, no perdão e na soliedaridade.

Autoconhecimento, Filosofia, Espiritualidade, Literatura, Saúde, Culinária, Variedades..

Tudo isso acompanhado de uma Zen Trilha Sonora com muito Alto Astral.



“Citarei a verdade onde a encontrar”.
(Richard Bach)


ZEN DICAS & MUSICAIS.
VIVA O AGORA !
NAMASTÊ.

NUNCA PERCA A CURIOSIDADE SOBRE O SAGRADO!

Albert Einstein

circulo zen

26.10.08

DOUTRINA SECRETA - RESUMO


Doutrina Secreta

Resumo


Vol 1, páginas 269-284


"A História da Criação deste mundo, desde seu início até a época presente,

é composta de sete capítulos. O sétimo capítulo ainda não foi escrito."

(T. Subba Row, Theosophist, 1881.)



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Resumo


Tentou-se o primeiro desses Sete capítulos e, agora, está terminado. Embora incompleto e débil como exposição, ele é, de qualquer forma, uma aproximação - usando a palavra no sentido matemático - àquela que é a base mais antiga de todas as Cosmogonias subseqüentes. A tentativa de transpor para uma língua européia o grande panorama da Lei periodicamente sempre recorrente - impressa nas mentes plásticas das primeiras raças dotadas de Consciência, por aqueles que refletem a Consciência da Mente Universal - é ousada, porque nenhuma língua humana, exceto o Sânscrito - que é a língua dos Deuses - pode fazê-lo com algum grau de adequação. Mas as falhas deste trabalho devem ser perdoadas, tendo presente a intenção.


Como um todo, nem o anterior como o que se segue podem ser encontrados por inteiro, em nenhum lugar. Não é ensinado em nenhuma das seis escolas hindus de filosofia, porque pertence à sua síntese � a sétima, que é a doutrina oculta. Não é encontrado em nenhuma papiro carcomido do Egito, nem está gravado em tijolos ou muro de granito assírios. Os Livros do Vedanta (a última palavra do conhecimento humano) revelam apenas o aspecto metafísico desta Cosmogonia do mundo e seus inestimáveis tesouros, os Upanishads � sendo a palavra Upa-ni-shad uma palavra composta que significa "a conquista da ignorância através da revelação do conhecimento secreto espiritual" � exigem agora a possessão de uma chave-Mestra para que o estudante consiga entender o seu significado pleno. Atrevo-me a dizer aqui a razão disso como a aprendi de um Mestre.


O nome "Upanishads" é geralmente traduzido como "doutrina esotérica". Esses tratados fazem parte de um Sruti ou "conhecimento revelado", em resumo, a Revelação e são geralmente apensos à porção Brahmana

D S, Vol. 1 - página 269



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A Doutrina Secreta


dos Vedas* como sua terceira divisão. Há mais de 150 Upanishads, enumerados e conhecidos dos orientalistas, que atribuem os mais antigos a aproximadamente 600 anos A.C.; mas destes, nem um quinto são textos genuínos. Os Upanishads são para os Vedas o que a Cabala é para a Bíblia judaica. Eles tratam e expõem o significado místico e secreto dos textos vedicos. Eles falam da origem do Universo, da natureza da Divindade, e do Espírito e da Alma, e também da conexão metafísica da mente com a matéria. Em poucas palavras: Eles contêm o início e o fim de todo conhecimento humano, mas agora, deixaram de revelá-lo desde o dia de Buddha. Se não fosse assim, os Upanishads não poderiam ser chamados de esotéricos, uma vez que eles estão agora abertamente apensos aos livros Brahmanicos sagrados que, na nossa era, tornaram-se acessíveis mesmo aos Mlechchhas (sem castas) e aos orientalistas europeus. Há uma coisa em todos os Upanishads que invariável e constantemente aponta para a sua antigüidade e prova (a) que eles foram escritos, em algumas de suas partes, antes que o sistema de castas se tornasse a instituição brahmanica que hoje é; e (b) que metade de seu conteúdo foi eliminado, enquanto alguns deles foram reescritos e condensados. "Os grandes Instrutores do Conhecimento superior e dos Brahmanas são continuamente representados como indo aos reis Kshatriya (casta militar) para tornarem-se seus discípulos." Como Cowell pertinentemente observa, os Upanishads "exalam um espírito inteiramente diferente" (de outros escritos brahmanicos), "uma liberdade de pensamento desconhecida em qualquer obra anterior, exceto os próprios hinos do Rig Veda." O segundo fato é explicado por uma tradição registrada num dos Manuscritos sobre a vida de Buddha. Ele diz que os Upanishads estavam, originalmente, apensos aos seus Brahmanas depois do início de uma reforma que levou à exclusividade do sistema de castas atual entre os Brahmins, alguns séculos depois da invasão da Índia pelos "nascidos duas vezes". Naquela época eles eram completos e eram usados para a instrução dos


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chelas que estavam se preparando para a sua iniciação.




* . . . . "os Vedas têm um significado dual distinto � um expresso pelo sentido literal das palavras, o outro indicado pela métrica e o swara � entonação � que são como a vida dos Vedas. . . . Os pundits e filólogos eruditos negam que o swara tenha alguma coisa a ver com a filosofia ou com as doutrinas esotéricas antigas; mas a conexão misteriosa entre o swara e a luz é um de seus segredos mais profundos." (T. Subba Row, Five Years of Theosophy, p. 154.)

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Ocultismo nos Upanishads


Isto durou enquanto os Vedas e os Brahmanas permaneceram sob a custódia única e exclusiva dos Brahmins do templo � enquanto ninguém mais, fora da casta sagrada, tinha o direito de estudá-los ou mesmo lê-los. Então, veio Gautama, o príncipe de Kapilavastu. Depois de aprender toda a sabedoria brahmânica do Rahasya ou dos Upanishads e descobrindo que os ensinamentos diferiam muito pouco, se é que diferiam, daqueles ensinamentos dos "Instrutores da Vida" que habitam as cordilheiras nevadas do Himalaia*, o discípulo dos Brahmins, sentindo-se indignado porque a sabedoria sagrada era escondida de todos exceto dos Brahmins, decidiu salvar todo o mundo, popularizando-a. Então os Brahmins, vendo que seu conhecimento sagrado e sabedoria oculta estavam caindo nas mãos dos "Mlechchhas", condensaram os textos dos Upanishads, que originalmente continham três vezes o que contêm os Vedas e os Brahmanas juntos, sem alterar, entretanto, uma única palavra dos textos. Eles simplesmente retiraram dos Manuscritos as partes mais importantes que continham a última palavra do Mistério do Ser. Daí por diante, a chave para o código secreto brahmanico permaneceu com os iniciados somente, e os Brahmins estavam, assim, numa posição de poder negar publicamente a exatidão dos ensinamentos de Buddha, mencionando os seus Upanishads, silenciado para sempre quanto a certas questões. Esta é a tradição esotérica além dos Himalaias.


Sri Sankaracharya, o grande Iniciado que viveu nas eras históricas, escreveu muitos Bhâshyas sobre os Upanishads. Mas seus tratados originais, há razões para se supor, ainda não caíram nas mãos dos Filisteus, porque eles são muito cautelosamente preservados em seus maths (monastérios, mathams). E há ainda razões mais fortes para se acreditar que os inestimáveis Bhâshyas (Comentários) sobre a doutrina esotérica dos Brahmins, escritos por seu maior divulgador, permanecerão, por eras, uma letra morta para a maioria dos hindus, exceto os Brahmins Smârtava. Esta seita, fundada por Sankaracharya (que ainda é muito poderosa no sul da Índia) é agora a única a produzir estudantes que preservam conhecimento suficiente para compreender a



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*
Também chamado "Os filhos da Sabedoria" e da "Névoa Ígnea" e os "Irmãos do Sol" nos registros chineses. Si-dzang (Tibet) é mencionado nos Manuscritos da biblioteca sagrada da província de Fo-Kien como o grande assento do conhecimento oculto de tempos imemoriais, eras antes de Buddha. Diz-se que o Imperador Yu, o "grande" (2.207 anos A.C.), um místico piedoso e grande adepto, obteve seu conhecimento dos "grandes instrutores da Cordilheira Nevada" em Si-dzang.

D S Vol 1, p. 271




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A Doutrina Secreta


letra morta dos Bhashyas. A razão disto é que somente eles, me foi informado, têm ocasionalmente Iniciados reais como cabeças de seus mathams, como por exemplo, no "Sringa-giri", nos Ghauts ocidentais do Mysore. Por outro lado, não há seita nesta desesperada casta exclusiva dos Brahmins, mais exclusiva do que é o Smârtava; a reticência de seus seguidores em dizer o que eles sabem das ciências ocultas e da doutrina secreta é somente igualada por seu orgulho e saber.


Portanto, a escritora de tal declaração deve estar preparada, de antemão, para encontrar grande oposição e mesmo negação das declarações feitas nesta obra. Além disso, não se expressa a pretensão de infalibilidade ou de que tudo que foi aqui revelado está perfeitamente correto em cada detalhe. Os fatos estão aí e dificilmente podem ser negados. Mas devido às dificuldades intrínsecas dos assuntos tratados, e das limitações quase insuperáveis da língua inglesa (como de outra línguas européias) para expressar certas idéias, é mais do que provável que a escritora tenha falhado em apresentar as explicações de forma melhor e mais clara; além disso, tudo que poderia ser feito foi feito sob as circunstâncias mais adversas e isto é o máximo que se pode esperar de qualquer escritor.


Vamos recapitular e mostrar, com a vastidão dos assuntos expostos, como é difícil, se não impossível, fazer-lhes justiça.


(1.) A Doutrina Secreta é a Sabedoria acumulada das Idades e sua cosmogonia, sozinha, é o sistema mais estupendo e elaborado; por exemplo, mesmo no exoterismo dos Purânas. Mas tal é o poder misterioso do simbolismo oculto, que os fatos que realmente ocuparam incontáveis gerações de videntes e profetas iniciados a fim de coordená-los, estabelecê-los e explicá-los na série impressionante do progresso evolutivo, estão todos registrados em algumas poucas páginas de signos e glifos geométricos. A visão fulgurante desses videntes penetrou no próprio cerne da matéria e registrou a alma das coisas que existe lá, onde um profano, embora erudito, perceberia apenas o trabalho externo da forma. Mas a ciência moderna não acredita na "alma das coisas" e, por isso, rejeitará todo o sistema de cosmogonia antiga. É inútil dizer que o sistema em questão não é uma fantasia de um ou alguns indivíduos isolados. Que é o registro ininterrupto cobrindo milhares de gerações de Videntes, cujas respectivas experiências testaram e verificaram as

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A Essência e o Cerne do Ocultismo


tradições passadas oralmente por uma raça à próxima, dos ensinamentos dos seres superiores e exaltados, que cuidaram da infância da Humanidade. Que por longas eras, os "Homens Sábios" da Quinta Raça, do rebanho salvo e resgatado do último cataclismo e mudança de continentes, passaram suas vidas aprendendo, não ensinando. Como eles o fizeram? Responde-se: checando, testando e verificando em cada departamento da natureza, as tradições do passado, pelas visões independentes dos grandes adeptos; isto é, homens que desenvolveram e aperfeiçoaram suas organizações física, mental, psíquica e espiritual ao máximo grau possível. Nenhuma visão de nenhum adepto foi aceita até que foi checada e confirmada pelas visões � obtidas de forma a se tornarem prova independente � de outros adeptos e durante séculos de experiência.


(2.) A Lei fundamental neste sistema, o ponto central do qual tudo emerge, em torno do qual e em direção ao qual tudo gravita, e sobre o qual se baseia a filosofia do resto, é o Princípio-Substância Uno, homogêneo, divino, a causa radical una.


. . . "Alguns poucos, cujas lâmpadas são mais brilhantes, foram levados

De causa em causa à cabeça secreta da natureza,

E descobriram que um Princípio primeiro deve existir . . ."


É chamado "Princípio-Substância" porque ele se torna "substância" no plano do Universo manifestado, um ilusão, enquanto permanece um "princípio" no Espaço visível e invisível, abstrato, sem início e sem fim. É a Realidade onipresente: impessoal, porque contém tudo e cada coisa. Sua impersonalidade é a concepção fundamental do Sistema. Está latente em cada átomo do Universo e é o próprio Universo. (Ver nos capítulos sobre Simbolismo, "Substância Primordial e Pensamento Divino".)


(3.) O Universo é a manifestação periódica desta Essência Absoluta desconhecida. Chamá-la de "essência", entretanto, é pecar contra o verdadeiro espírito da filosofia. Porque, embora o nome possa ser derivado, neste caso, do verbo esse, "ser", ainda assim, Ela não pode ser identificada com um ser de nenhuma espécie que possa ser concebido pelo intelecto humano. É melhor descrita como não sendo nem Espírito, nem matéria, mas ambos. "Parabrahm e Mulaprakriti" são Um, na realidade, embora dois na concepção Universal do manifestado, mesmo na concepção do Logos Uno, sua primeira manifestação, à qual, como mostra o hábil palestrante do "Comentários sobre o Bhagavadgita", Ela aparece, do ponto de vista objetivo do

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A Doutrina Secreta


Logos Uno como Mulaprakriti, não como Parabrahman; como seu véu e não como a Realidade una escondida atrás, que é incondicionada e absoluta.


(4.) O Universo é chamado, com tudo que há nele, de Maya, porque tudo nele é temporário, desde a vida efêmera de um vaga-lume até a vida do Sol. Comparado com a eterna imutabilidade do Uno e a imutabilidade desse Princípio, o Universo, com suas formas evanescentes e sempre mutantes, deve ser, necessariamente, na mente de um filósofo, nada mais que uma quimera. No entanto, o Universo é bastante real para os seres conscientes que o habitam, que também são tão irreais como ele.


(5.) Tudo no Universo, através todos os seus reinos, é consciente; isto é, dotado com uma consciência de sua própria espécie e em seu próprio plano de percepção. Nós, homens, devemos nos lembrar de que, porque nós não percebemos nenhum sinal de consciência � que possamos reconhecer, digamos, nas pedras, não temos o direito de dizer que não existe nenhuma consciência ali. Não há tal coisa como matéria "morta" ou "cega", assim como não há Lei "Cega" ou "Inconsciente". Isto não existe entre as concepções da filosofia oculta. Esta última nunca pára nas aparências superficiais e, para essa filosofia, as essências numênicas têm mais realidade que suas contrapartes objetivas; quanto a isto, ela se parece com os Nominalistas medievais, para quem os Universais eram as realidades e os particulares existiam apenas em nome e na fantasia humana.


(6.) O Universo trabalha e é guiado de dentro para fora. Assim em cima, como embaixo, assim no céu, como na terra; e o homem � o microcosmo e cópia miniatura do macrocosmo � é a testemunha viva desta Lei Universal e da maneira como ela age. Vemos que cada movimento, ato, gesto externos são produzidos e precedidos por sentimento e emoção, vontade ou volição, pensamento ou mente internos. Como nenhum movimento ou mudança, quando normais, podem acontecer no corpo externo do homem a menos que provocados por um impulso interno, dado através de uma das três funções mencionadas, também o mesmo acontece com o Universo manifestado. O Kosmos inteiro é guiado, controlado e animado por uma série quase interminável de Hierarquias de Seres conscientes, cada um tendo uma missão a cumprir e que � não importa o nome que lhes demos, seja Dhyan-Chohans ou Anjos � são "mensageiros" no único sentido de que eles são os agentes das Leis cármicas e cósmicas. Eles variam infinitamente em seus

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A Natureza dos Homens Celestiais


respectivos graus de consciência e inteligência; e chamá-los a todos de Espíritos puros sem o elemento humano "que o tempo depredará" é somente abandonar-se à fantasia poética. Porque cada um desses Seres foi ou se prepara para ser um homem, se não no presente, pelo menos num ciclo (Manvantara) passado ou futuro. São homens aperfeiçoados quando não são incipientes; e diferem moralmente dos homens terrestres em suas esferas elevadas (menos materiais), somente quanto a eles não serem dotados do sentimento de personalidade e da natureza humana emocional � duas características puramente terrenas. Os primeiros, ou o "aperfeiçoados", tornaram-se livres desses sentimentos, porque (a) eles não têm mais corpos de carne � um peso paralisante sobre a Alma; e (b) estando o puro elemento espiritual mais livre e desembaraçado, eles são menos influenciados pelo maya que o homem jamais poderá ser, a menos que ele seja um adepto que mantém suas duas personalidades � a espiritual e a física � inteiramente separadas uma da outra. As mônadas incipientes, não tendo ainda corpos terrestres, não podem ter senso de personalidade ou egoísmo. O que se quis significar com "personalidade" sendo uma limitação e uma relação ou, como definiu Coleridge, "individualidade existindo em si mesma, mas com uma natureza por base", o termo não pode, claro, ser aplicado às entidades não-humanas; mas como um fato defendido por gerações de Videntes, nenhum desses Seres, superiores ou inferiores, tem individualidade nem personalidade como Entidade separada, isto é, eles não têm individualidade no sentido em que um homem diz: "Eu sou eu e não outro"; em outras palavras, eles não são conscientes de uma separatividade distinta como homens e coisas são conscientes, na terra. A individualidade é a característica de suas respectivas hierarquias, não de suas entidades; e essas características variam somente com o grau do plano ao qual essas hierarquias pertencem: quanto mais perto da região da Homogeneidade e do Divino Uno, mais pura e menos acentuada essa individualidade na Hierarquia. Eles são finitos, em todos os aspectos, com exceção de seus princípios superiores � as fagulhas imortais refletindo a chama divina universal � individualizada e separada somente nas esferas da Ilusão por uma diferenciação tão ilusória quanto o resto. Eles são os "Viventes", porque eles são os fluxos projetados na tela Kósmica da ilusão a partir da vida absoluta; seres nos quais a vida não pode ser extinta antes que o fogo da ignorância seja extinto naqueles que sentem essas "Vidas". Tendo brotado para a existência sob a vivificante influência do raio incriado, que é o reflexo do grande Sol Central que

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A Doutrina Secreta


irradia nas praia do rio da Vida, é o princípio interno neles que pertence às águas da imortalidade, enquanto sua vestimenta diferenciada é tão perecível quanto o corpo do homem. Portanto, Young estava certo ao afirmar que


"Anjos são homens de uma espécie superior"


e nada mais. Eles não são anjos "ministros", nem "protetores"; nem são "Mensageiros dos Mais Elevados", muito menos "Mensageiros da ira" de nenhum Deus que a fantasia do homem criou. Apelar à proteção deles é tão tolo como acreditar que a simpatia deles pode ser assegurada com qualquer tipo de propiciação; porque eles são, tanto quanto o homem, escravos e criaturas da lei Kósmica e cármica. A razão disso é evidente. Não tendo elementos de personalidade em sua essência, eles não podem ter qualidades pessoais, tais como as atribuídas pelo homem, em suas religiões exotéricas, ao seu Deus antropomórfico � um Deus invejoso e exclusivo que se alegra e sente raiva, se compraz com o sacrifício e é mais despótico em sua vaidade que qualquer homem finito e tolo. O homem, como é mostrado no Livro II, sendo um composto das essências daqueles das Hierarquias celestiais, pode tornar-se como eles, superior, num sentido, a qualquer hierarquia ou classe ou, mesmo, uma combinação de ambas. "O homem não pode ser agraciado pelos Devas, nem comandá-los, diz-se. Mas, ao paralisar sua personalidade inferior e ao chegar ao pleno conhecimento da não-separatividade entre seu Eu superior e o Eu Uno absoluto, o homem pode, mesmo durante sua vida terrena, tornar-se "Um de Nós". Assim, comendo o fruto do conhecimento que elimina a ignorância, o homem torna-se como um dos Elohim ou Dyanis; e, estando no plano deles, o Espírito da Solidariedade e da perfeita Harmonia, que reina em cada Hierarquia, se estenderá sobre ele e o protegerá em cada particular.


A principal dificuldade que impede que o homem de ciência acredite no divino, bem como nos Espíritos da natureza é seu materialismo. O principal impedimento diante dos espiritualistas que os impede de acreditar no mesmo, enquanto apresentam uma fé cega nos "Espíritos" dos Mortos, é a ignorância geral de todos, exceto alguns ocultistas e Cabalistas, com relação à verdadeira essência e natureza da matéria. É na aceitação ou rejeição da teoria da Unidade de tudo na Natureza, em sua última Essência que se apoia a crença ou descrença na existência, à nossa volta, de outros seres conscientes, além dos espíritos dos Mortos.

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Muitos Corpos mas uma Alma


O estudante depende da correta compreensão da Evolução primeva do Espírito-Matéria e sua essência real para uma maior elucidação, em sua mente, da Cosmogonia oculta e para obter a única pista segura que pode guiá-lo em seus estudos subseqüentes.


Verdadeiramente, como já foi mostrado, cada "Espírito" é ou homem desencarnado ou um homem futuro. Desde o mais alto Arcanjo (Dhyan Chohan) até o último "Construtor" consciente (a classe inferior de Entidades espirituais), todos são homens, tendo vivido eras atrás, em outros Manvantaras nesta ou em outras Esferas; o mesmo acontece com os Elementais inferiores, semi-inteligentes e não-inteligentes � todos são homens futuros. O fato de que um Espírito é dotado de inteligência é uma prova, para o ocultista, de que aquele Ser deve ter sido um homem e adquirido seu conhecimento e inteligência através do ciclo humano. Há apenas uma Onisciência absoluta e indivisível no Universo, e esta vibra em cada átomo e ponto infinitesimal de todo o Kosmos finito que não tem limites e que o povo chama de Espaço, considerado independentemente de qualquer coisa contida nele. Mas a primeira diferenciação de seu reflexo no Mundo manifestado é puramente Espiritual e os Seres nele gerados não são dotados de consciência que tenha alguma relação como a consciência que concebemos. Eles não podem ter consciência ou Inteligência humanas antes que eles as tenham adquirido, pessoal e individualmente. Isto pode ser um mistério, mas é um fato na filosofia esotérica e um fato bastante aparente também.


Toda a ordem da natureza revela uma marcha progressiva em direção a uma vida superior. Há um desígnio na ação das forças aparentemente cegas. Todo o processo de evolução, com suas intermináveis adaptações é uma prova disso. As leis imutáveis que eliminam e enfraquecem as espécies, para dar lugar aos mais fortes, e que asseguram a "sobrevivência do mais apto", embora tão cruel em sua ação imediata � estão todas trabalhando para o grande objetivo. O próprio fato de que as adaptações ocorrem, que o mais apto sobrevive na luta pela existência, mostra que o que é chamado de "Natureza inconsciente"* é, na realidade, um agregado de forças mani-




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*A natureza, tomada em seu sentido abstrato não pode ser "inconsciente", uma vez que ela é a emanação e, portanto, um aspecto (no plano manifestado), da consciência absoluta. Onde está o homem que ousaria negar à vegetação e mesmo aos minerais uma consciência própria? Tudo que ele pode dizer é que essa consciência está além de sua compreensão.

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A Doutrina Secreta


puladas por seres semi-inteligentes (Elementais) guiados por Espíritos Planetários Superiores (Dhyan Chohans), cujo agregado coletivo forma o verbum manifestado do logos imanifestado e constitui, ao mesmo tempo, a mente do Universo e sua lei imutável.


Três representações distintas do Universo em seus três aspectos distintos são impressas no nosso pensamento pela filosofia esotérica: o pré-existente (evoluído de) o sempre-existente; e o fenomênico � o mundo de ilusão, o reflexo e sua sombra. Durante o grande mistério e drama da vida conhecidos como Manvantara, o Kosmos real é como um objeto colocado atrás de uma tela branca, sobre a qual são projetadas sombras chinesas, trazidas pela lanterna mágica. As figuras e coisas reais ficam invisíveis, enquanto os fios da evolução são manipulados por mãos invisíveis; e homens e coisas são, assim, apenas reflexos sobre o campo branco das realidades por trás das armadilhas de Mahamaya, ou a grande Ilusão. Isso foi ensinado em cada filosofia, em cada religião, ante bem como pós-diluviana, na Índia e na Caldéia, pelos Sábios chineses e gregos. Na Índia e na Caldéia esses três Universos foram alegorizados, nos ensinamentos exotéricos, pelas três trindades que emanam do germe eterno central, e que formam, juntas com o germe central, a Unidade Suprema; a Tríade inicial, a manifestada e a Criativa, ou os três em Um. Este último é apenas o símbolo, em sua expressão concreta, dos dois primeiros ideais. Por isso, a filosofia esotérica passa pelo necessariansimo desta concepção puramente metafísica e chama o primeiro um somente, de Sempre Existente. Esta é a visão de cada uma das grandes seis escolas da filosofia indiana � os seis princípios daquele corpo-unidade de Sabedoria da qual a "gnosis", o conhecimento oculto, é a sétima.


A escritora espera que, embora os comentários sobre as Sete Estâncias tenham sido tratados superficialmente, tenha sido dado o suficiente nesta parte cosmogônica do trabalho, para mostrar qos ensinamentos arcaicos mais cientificamente (no sentido moderno da palavra) na sua verdadeira face do que quaisquer outras Escrituras antigas deixadas para serem consideradas e julgadas em seu aspecto exotérico. Entretanto, desde que, como confessado antes, este trabalho oculta muito mais do que revela, o estudante é convidado a usar sua própria intuição. Nossa preocupação principal é elucidar aquilo que já foi revelado e que, para nossa tristeza, à vezes muito incorretamente; suplementar o conhecimento mostrado � quando e onde possível � por matéria

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Hermes ou Aristóteles?


adicional; e proteger nossas doutrinas contra os fortes ataques do Sectarianismo moderno e, mais especialmente, contra aqueles de nosso Materialismo recente, muito freqüentemente chamado erroneamente de Ciência, enquanto, na realidade, às palavras "cientistas" e Sciolistas" somente, deve ser imputada a responsabilidade pelas muitas teorias ilógicas oferecidas ao mundo. Em sua grande ignorância, o público, enquanto aceita cegamente tudo que emana de "autoridades" e que sente que é seu dever considerar cada dictum vindo de um homem da Ciência como um fato provado � o público, dizemos, é ensinado a zombar de qualquer coisa trazida à luz por fontes "pagãs". Portanto, como os cientistas materialistas podem ser combatidos somente com suas próprias armas � as da controvérsia e argumento � um Adendo será acrescentado a cada Livro contrastando nossos respectivos pontos de vista, mostrando como mesmo as grandes autoridades podem errar. Acreditamos que isto pode ser feito efetivamente, mostrando os pontos fracos de nossos oponentes e provando que seus freqüentes sofismas � que passam por dicta científicos � são incorretos. Nos mantemos com Hermes e sua "sabedoria" � em seu caráter universal; eles � com Aristóteles, contra a intuição e a experiência das idades, fantasiando que a Verdade é propriedade exclusiva do mundo ocidental. Daí a discordância. Como diz Hermes, "o Conhecimento difere muito do sentido; por que o sentido é apenas das coisas que o superam, mas o Conhecimento (gyi) é o fim do sentido" � isto é, da ilusão de nosso cérebro físico e seu intelecto; enfatizando, assim, o contraste entre o conhecimento adquirido laboriosamente pelos sentidos e pela mente (manas) e a onisciência intuitiva da Alma divina espiritual � Buddhi.


Qualquer que seja o destino dos escritos reais num futuro remoto, esperamos ter provado, até agora, os seguintes fatos:


(1.) A Doutrina secreta não ensina nenhum Ateísmo, exceto no sentido hindu da palavra nastika, ou a rejeição de ídolos, inclusive cada deus antropomórfico. Neste sentido, cada ocultista é um Nastika.


(2.) Ela admite um Logos ou um "Criador" coletivo do Universo; um Demi-urgos � no sentido implicado quando se fala de um "Arquiteto" como o "Criador" de um edifício, enquanto este Arquiteto não tenha tocado uma pedra do edifício, mas fornece o plano e deixa tudo para o trabalho manual dos carpinteiros; em nosso caso, o plano foi fornecido pela Ideação do Universo, e o trabalho construtivo foi deixado para as hostes de Poderes e Forças inteligentes. Mas esse Demiurgos não é

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A Doutrina Secreta


um deus pessoal � isto é, um deus extracósmico imperfeito � mas somente o agregado dos Dhyan-Chohans e das outras forças.


Quanto aos Dhyan-Chohans:


(3.) Eles são duais em seu caráter, sendo compostos de (a) energia bruta irracional, inerente à matéria, e (b) alma inteligente ou consciência cósmica que guia essa energia e que é o pensamento Dhyan-Chohanico refletindo a Ideação da mente universal. Isto resulta numa série perpétua de manifestações físicas e efeitos morais na Terra, durante os períodos manvantáricos, sendo, o todo, subserviente ao Carma. Porém este processo nem sempre é perfeito; e, desde que, apesar das muitas provas, ele exibe uma inteligência guia atrás do véu, ele ainda mostra falhas e mesmo resulta muito freqüentemente em falhas evidentes � portanto, nem a Hoste coletiva (Demiurgos) nem os poderes operantes individualmente são propriamente sujeitos a honras divinas e adoração. Entretanto, todos são merecedores da reverência agradecida da Humanidade e o homem deve estar sempre lutando para ajudar a evolução divina das Idéias, tornando-se, no melhor de sua habilidade, um co-trabalhador com a natureza na tarefa cíclica. Apenas o sempre incognoscível Karana, a Causa sem causa de todas as causas deve ter seu santuário e altar no chão nunca pisado e santo do nosso coração � invisível, intangível, não-mencionado, exceto através da "pequena voz silenciosa" de nossa consciência espiritual. Aqueles que adoram diante dela, deve fazê-lo no silêncio e na solidão santificada de suas Almas*, fazendo de seu espírito o único mediador entre eles e o Espírito Universal, suas boas ações, os únicos ministros e suas intenções sem pecado, as únicas vítimas sacrificiais objetivas e visíveis à Presença. (Ver Parte II, "Sobre a Divindade Oculta").


(4.) A Matéria é Eterna. Ela é o Upadhi (a base física) para que a Mente Universal infinita una construa suas ideações. Portanto, os esotéricos afirmam que não há matéria inorgânica ou morta na natureza; a distinção feita entre elas pela Ciência é tão infundada quanto arbitrária e destituída de razão.




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* "Quanto tu oras, deves não ser como os hipócritas ... mas entra em tua câmara interna e, tendo fechado tua porta, ora ao teu Pai que está em segredo." (Mat. vi) Nosso Pai está dentro de nós "em Segredo", nosso 7� princípio, na "câmara interna" de nossa percepção da Alma. "O Reino do Céu" e de Deus "está dentro de nós" diz Jesus, não fora. Porque os Cristãos são tão absolutamente cegos para o significado autoevidente das palavras de sabedoria que eles se deliciam em repetir mecanicamente?

D S Vol. 1, página 208




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A Matéria é a Sombra do Espírito


Entretanto, o que quer que a Ciência possa pensar � e a Ciência exata é uma dama inconstante, como todos sabemos por experiência � o Ocultismo sabe e ensina diferentemente, deste tempos imemoriais � de Manu e Hermes até Paracelsus e seus sucessores.


Assim, Hermes, o três vezes grande Trimegistus, diz: "Oh, meu filho, a matéria torna-se; anteriormente, ela era; porque a matéria é o veículo do tornar-se*. Tornar-se é o modo de atividade da divindade não-criada. Ao ser dotada com os germes do tornar-se, a matéria (objetiva) é trazida ao nascimento, porque a força criativa a molda de acordo com as formas ideais. A matéria ainda não engendrada não tem forma; ela torna-se quando é colocada em operação." (The Definitions of Asclepios, p. 134, "Virgin of the World.")


"Tudo é o produto de um esforço criativo universal. . . . Não há nada morto na Natureza. Tudo é orgânico e vivo e, portanto, todo o mundo parece ser um organismo vivo." (Paracelsus, "Philosophia ad Athenienses," tradução de F. Hartmann, p. 44)


(5.) O Universo evoluiu de seu plano ideal, mantido através da Eternidade na inconsciência daquilo que os vedantinos chamam Parabrahm. Isto é praticamente idêntico às conclusões da mais alta Filosofia ocidental � "as Idéias inatas, eternas e autoexistentes" de Platão, agora refletida por Von Hartmann. O "incognoscível" de Herbert Spencer tem apenas uma fraca semelhança com aquela Realidade transcendental em que o Ocultismo acredita, parecendo, freqüentemente, meramente uma personificação de uma "força por trás dos fenômenos" � uma Energia infinita e eterna



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* A isto a falecida Sra (Dra.) Kingsford, a hábil tradutora e compiladora dos Fragmentos Herméticos (ver "The Virgin of the World) afirma numa nota de pé de página: "Dr. Menard observa que, em grego, a mesma palavra significa ter nascido e tornar-se. A idéia aqui é que o material do mundo é, em sua essência, eterno, mas que antes da criação ou �tornar-se�, ele está numa condição passiva ou imóvel. Assim, ele �era� antes de ser colocado em operação; agora ele �torna-se�, isto é, é móvel e progressivo." E a Dra. acrescenta a doutrina puramente vedantina da filosofia hermética de que "a Criação é, assim, o período de atividade (Manvantara) de Deus que, de acordo com o pensamento hermético (ou o qual, de acordo com os vedantinos) tem dois modos � Atividade ou Existência, Deus evoluído (Deus explicitus); e Passividade do Ser (Pralaya), Deus involuído (Deus implicitus). Ambos os modos são perfeitos e completos, como são os estados de sono e vigília do homem. Fichte, o filósofo alemão, distinguia Ser (Seyn) como Uno, o qual conhecemos somente através da existência (Daseyn) como Múltiplo. Este ponto de vista é totalmente hermético. As �Formas Ideais� são as idéias arquetípicas ou formativas dos Neoplatônicos; os conceitos eterno e subjetivo das coisas subsistem na mente divina antes do �tornar-se�". (p. 134).

D S Vol 1, p. 281



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A Doutrina Secreta


da qual todas as coisas procedem, enquanto o autor de "Philosophy of the Unconscious" chegou, apenas neste respeito, tão perto de uma solução do grande Mistério quanto o homem mortal. Poucos foram aqueles, seja na filosofia antiga ou na medieval, que ousaram se aproximar do assunto ou mesmo dar uma pista sobre ele. Paracelsus o menciona inferencialmente. Suas idéias são admiravelmente sintetizadas pelo Dr. F. Hartmann, amigo da Sociedade Teosófica, em seu livro "Life of Paracelsus".


Todos os Cabalistas cristãos entenderam bem a idéia raiz oriental: O Poder ativo, o "movimento perpétuo do grande Sopro" somente desperta o Kosmos na aurora de cada novo Período, colocando-o em ação por meio de duas Forças* contrárias e, assim, fazendo-o tornar-se objetivo no plano da Ilusão. Em outras palavras, que o movimento dual transfere o Kosmos do plano da Ideação eterna para o da manifestação finita ou do plano Numênico para o fenomênico. Tudo que é, foi e será, é eternamente, até as formas incontáveis que são finitas e perecíveis somente em sua forma objetiva, não em sua Forma ideal. Elas existiam como Idéias na Eternidade� e, quando elas morrerem, vão existir como reflexos. Nem a forma do homem, nem a do animal, planta ou pedra foi jamais criada e é somente neste nosso plano que elas começaram a "tornar-se", isto é, a objetivar-se em sua atual materialidade, ou expandir de dentro para fora, de essência supersensível e mais sublimada em aparência grosseira. Portanto, nossas formas humanas existiam na Eternidade como protótipos etéreos ou astrais; de acordo com tais modelos, os Seres espirituais (ou Deuses), cujo dever era transformar essas formas em seres objetivos e Vida terrena, evoluíram as formas protoplasmáticas dos Egos futuros a partir de sua própria essência. Depois disso, quanto este Upadhi humano ou molde básico estava pronto, as Forças terrestres naturais começaram a trabalhar naqueles moldes supersensíveis que continham em si, além de seus próprios, os elementos de todas as formas vegetais passadas e formas animais futuras deste globo. Portanto, a casca exterior do homem passou através de cada corpo vegetal e animal antes de assumir a forma humana. Como isto



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*As forças centrípeta e centrífuga, que são masculina e feminina, positiva e negativa, física e espiritual, sendo as duas a Força Primordial una.

� O Ocultismo ensina que nenhuma forma pode ser dada a nada, seja pela natureza, seja pelo homem, cujo tipo ideal já não exista no plano subjetivo. Mais que isto, que nenhuma forma pode entrar na consciência do homem ou evoluir em sua imaginação, que já não exista em protótipo, pelo menos como uma aproximação.

D S Vol 1, p. 282



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Paracelsus antecipou Tyndall


será inteiramente descrito no Livro II, com os respectivos Comentários, não há necessidade de dizer mais nada aqui.


De acordo com a filosofia hermético-cabalista de Paracelsus, é o Yliaster � o ancestral do recente Protilo, introduzido pelo Sr. Crookes na química � ou protomatéria primordial que evoluiu, de si mesmo, o Kosmos.


"Quando a Evolução aconteceu, o Yliaster se dividiu. . . . derreteu-se e dissolveu-se, desenvolvendo de si mesmo o Ideos ou Caos, chamados respectivamente, Mysterium magnun, Iliados, Limbus Major, ou Matéria Primordial. Esta essência primordial é de natureza monista e se manifesta não somente como uma atividade vital, um força espiritual, um poder invisível, incompreensível e indescritível, mas também como matéria vital, da qual a substância dos seres vivos consiste." Neste Ideos da matéria primordial, ou proto-ilos � que é a matriz de todas as coisas criadas � está contida a substância da qual tudo é formado. É o Caos . . . do qual o Macrocosmo e, mais tarde, por evolução e divisão em Mysteria Specialia*, cada ser separado veio à existência. "Todas as coisas e todas as substâncias elementais estavam contidas nele in potentii, mas não em actu" � que faz o tradutor, Dr. F. Hartmann, corretamente observar que "parece que Paracelsus antecipou a descoberta moderna da �potência da matéria� trezentos anos atrás" (p. 42).


Este Limbus Magnus, então, ou Yliaster de Paracelsus é simplesmente nosso velho amigo "Pai-Mãe" interior, antes de aparecer no Espaço da segunda e outras Estâncias. É a matriz universal do Kosmos, personificada no caráter dual do Macro- e Microcosmo (ou o Universo e nosso Globo)� por Aditi-Prakriti, a natureza espiritual e física. Porque encontramos explicado em Paracelsus que "o Limbus Magnus é o berçário de onde todas as criaturas surgiram, no mesmo sentido em que uma árvore nasce de uma pequena semente; com a diferença, entretanto, de que o Limbos Major tem sua origem na Palavra, enquanto o Limbus minor (a semente ou esperma terrestre) origina-se da terra.




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* Esta palavra é explicada pelo Dr. Hartmann pelos textos originais de Parcelsus diante dele, como se segue: De acordo com este grande Rosacruz: "Mysterium é tudo aquilo do qual algo pode ser desenvolvido; esse algo está apenas germinalmente contido no tudo". Uma semente é um �Mysterium� de um planta, um ovo é um �Mysterium� de um pássaro vivo, etc."

� São somente os Cabalistas medievais que, seguindo os judeus ou um ou dois neoplatônicos, aplicaram o termo Microcosmo ao homem. A filosofia antiga chamava a Terra de Microcosmo do Macrocosmo e, o homem, o resultado dos dois.

D S Vol 1, p. 282



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A Doutrina Secreta


O grande Limbus é a semente da qual todos os serem se originaram e o pequeno Limbus é cada ser último que reproduz sua forma e que foi ele próprio produzido pelo �grande�. Este último possui todas as qualificações do grande, no mesmo sentido em que um filho tem uma organização similar à de seu pai." (Ver Comentário, Livro II, parágrafo iii) . . . Como Yliaster se dissolveu, Ares, o poder divisor, diferenciador e individualizador (Fohat, outro velho amigo) . . . começou a agir. Toda produção aconteceu como conseqüência da separação. Foram produzidos, do Ideos, os elementos do Fogo, Água, Ar e Terra, cujo nascimento, entretanto, não aconteceu em seu modo material ou por simples separação", mas por combinações espiritais e dinâmicas, nem mesmo complexas � por exemplo, mistura mecânica em oposição a combinação química �, exatamente como o fogo pode ser produzido de uma pedra, ou a árvore, de uma semente, embora não haja originalmente fogo na pedra, nem árvore na semente. O Espírito é vivo, e Vida é Espírito, e Vida e Espírito (Prakriti Purusha) (?) produzem todas as coisas, mas eles são essencialmente um e não dois. . . . O elementos, também, têm cada um seu próprio Yliaster, porque toda atividade da matéria em cada forma é somente um eflúvio da mesma fonte. Mas assim como da semente crescem as raízes com suas fibras e, depois, a haste com seu galhos e folhas e, finalmente, as flores e sementes, da mesma forma, todos os seres nasceram dos elementos e consistem de substâncias elementais, das quais outras formas podem vir a existir tendo as características de seus pais." ("Esta doutrina, pregada 300 anos atrás," informa o tradutor, "é idêntica àquela que revolucionou o pensamento moderno, depois de ter sido colocada numa nova forma e ter sido elaborada por Darwin. Foi ainda mais elaborada por Kapila na filosofia Sankya"). . . . Os elementos, como mães de todas as criaturas são de natureza invisível, espiritual e têm almas*. Todos eles nascem do "Mysterium Magnum." (Philosophia ad Athenienses.)



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*O ocultista oriental diz: "são guiados e animados pelos Seres Espirituais" � os Trabalhadores nos mundos invisíveis e por trás do véu da natureza oculta, ou natureza in Abscondito.






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