ZEN DICAS & MUSICAIS

CIRCULO ZEN,

Sejam bem vindos ao ZEN DICAS & MUSICAIS.


Apresentamos teorias, informações, previsões, profecias e idéias que devem ser vistas apenas como caráter especulativo. Não queremos doutrinar, afirmar ou convencer ninguém..

Tento colocar um pouquinho de cada coisa que gosto de estudar. São assuntos diversos muitas vezes que nem sei de onde peguei, mas são temas aos quais me identifico. Se o autor de algum texto deparar com ele escrito aqui, não se irrite, ao contrário, lisonjeie-se em saber que alguém admira seu pensamento.

Não há religião superior à verdade, o importante é a nossa convivência de respeito mútuo e amizade, sempre pautados na humildade, no perdão e na soliedaridade.

Autoconhecimento, Filosofia, Espiritualidade, Literatura, Saúde, Culinária, Variedades..

Tudo isso acompanhado de uma Zen Trilha Sonora com muito Alto Astral.



“Citarei a verdade onde a encontrar”.
(Richard Bach)


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Albert Einstein

circulo zen

5.1.09

EGO - O INIMIGO INTERIOR


Ego - O Inimigo Interior

Palestra de Shri Parthasarathi Rajagopalachari, de 11 de Janeiro de 2003, no Seminário de Manapakkam

Irmãos e irmãs,

Em muitas ocasiões me pedem, com insistência, para que eu fale, e minhas palestras são gravadas meticulosamente, reproduzidas, vendidas - mas eu não sei quantos dentre vocês realmente as ouvem. Porque me baseio na minha própria experiência durante as minhas primeiras visitas aos países ocidentais. Eu via que os fotógrafos mais ávidos nunca viam realmente o que estavam fotografando. Eu vi turistas americanos perguntando se uma imagem tirada se situava no Cairo, em Sydney, em Melburne, ou em casa em algum lugar de Montana. Quando você sabe que a palestra está sendo gravada, você nunca ouve atentamente. Estou convencido disso, porque, ao fotografar tudo, você diz: "Eu posso olhar isso mais tarde." Contudo, ao olhar a foto, você não vê o que viu com seus olhos; apenas vê uma pequena parte. Há pessoas que, de Satkhol, tiram fotos do Himalaia, mas nunca verão o que viram com os olhos. De modo que eu gostaria de exortá-los a ouvir. Eu não falarei sobre nada muito profundo, nem direi nada que vocês não saibam. Vocês sabem tudo o que eu sei A única diferença, talvez, é que vocês não fazem o que sabem, e eu tento fazer o que sei - esta é a única diferença.

Eu gostaria que prestassem atenção ao primeiro ponto, que é um assunto de considerável preocupação, uma vez que, até reuniões como esta custam dinheiro, e, de acordo com a queda das taxas de lucro…ou melhor, não é uma queda, é um deslizamento, um deslizamento do país. Se, há apenas três ou quatro anos atrás eu precisava investir 8 rúpias para ter um retorno de 1 rúpia, hoje necessito de 18 rúpias. Vocês compreendem o que eu quero dizer, não é? Há três anos e meio, 100 rúpias rendiam 16 rúpias, 16 1/2. Hoje, mal rendem 6 rúpias. O que é quase um terço. E, é claro que as nossas despesas continuam aumentando. Temos que economizar. Economizar significa reduzir os gastos às necessidades básicas.

Todos os dias eu converso com os meus executivos, que me dizem que é preciso melhorar isto, jogar fora tal equipamento e comprar um novo, os arquivos que não são mantidos corretamente, uma máquina que trabalha 24 horas, ao passo que uma nova o faria em 4 horas, e assim por diante todos presumindo que o dinheiro continuará fluindo através de nossos corredores como o Ganges pelos vales do Himalaia. Aliás, lembrem-se de que até a água do Ganges está diminuindo e já não corre como antes.

Eu quero a mais estrita economia, e o primeiro passo é que eu não permitirei qualquer celebração exterior aos nossos ashrams, onde poderei realizá-las; a começar pela celebração de 24 de julho em Bangalore, que continua cancelada. Isto é uma ordem, sem apelação. Sinto muito dizer que esta celebração está cancelada. Ela será realizada em outro local, de acordo com a minha intuição. Poderei até abolir tudo, porque não posso admitir qualquer celebração que desgaste os meus recursos. Assim sendo, a celebração do aniversário do meu reverenciado Mestre, no dia 30 de abril terá lugar em Hyderabad, nas novas dependências do ashram de Thumkunta, a 25km do nosso ashram atual, onde o dinheiro será bem gasto, uma vez que ele entrará na criação da infra-estrutura do nosso próprio ashram. Ali dispomos de perto de 50 acres (NT- cerca de 20.000 m2) de terreno. Já foi levantado o salão de meditação, bem como outras infra-estruturas. Existe água em abundância, o que foi confirmado pelos agentes da NRSA, a agência que realiza estudos via satélite, e o que releva da Graça de Babuji, uma vez que, a apenas 2km de distância, não há nenhuma gota de água. Portanto, ao mesmo tempo que peço desculpas e simpatizo com aqueles que esperavam pela celebração em Bangalore, peço que tomem nota de que esta é uma decisão final, e repito, sem apelação.

A mesma medida de economia é válida para os apetrechos de escritório, computadores, câmeras, equipamento audiovisual e outros. Eu acho que se dá demasiada importância ao material de registro e de arquivo, imitando, de certo modo, o Ocidente e pensando que, como na América, podemos enterrar em algum buraco profundo, peças essenciais do conhecimento dos últimos 1000 anos, na esperança de que alguns remanescentes futuros da raça humana - digo remanescentes porque não sabemos quantos sobrarão após a próxima guerra - as encontrarão e se darão conta de que, há tempos, éramos uma raça civilizada - a raça humana. Nós não temos esta capacidade, não temos os meios. Portanto, começando com o Sr. Krishna, Padu, Rajesh Rathod, e outros do mesmo jaez, se me permitem usar a metáfora, temos que apertar o cinto quanto aos nossos gastos.

O mesmo se aplica à água e à eletricidade no ashram. Eu sempre disse que progredimos em direção à divindade, à medida que usamos menos recursos para produzir cada vez mais o efeito desejado, porque Deus é capaz de produzir infinitamente com zero de entrada. Esta é a minha compreensão do trabalho divino. Nenhuma aplicação, resultado infinito. Nós seres humanos jamais podemos esperar imitar isso, mas podemos minimizar as aplicações a fim de maximizar ainda mais os nossos resultados, tendo em vista de que, como organização, como instituição, estamos atravessando tempos de restrições financeiras, as quais temos que aceitar, trabalhar de acordo com elas e, repetindo, apertar os cintos.

O ponto seguinte é a minha compreensão da nossa existência humana. Eu penso que enfatizamos por demais o papel dos samskaras como repressores na nossa evolução espiritual, no progresso espiritual. Porque, para mim, o verdadeiro repressor, o verdadeiro culpado, o verdadeiro obstáculo, é o ego humano e não os samskaras. É claro que os samskaras existem, mas são fáceis de se lidar, já que é preciso fazer o nosso cleaning diário, e, de vez em quando, os preceptores efetuam o cleaning em nós. Naturalmente, o Mestre também trabalha esse ponto. Então, samskara é, para mim, um impedimento comparativamente menor ao progresso espiritual humano. O que me parece mais perigoso, já que eu vejo a sua manifestação dia a dia no meu ambiente imediato, aqui mesmo em Manapakkam, é o ego humano, que é como um urso grizzly indomado, feroz, voraz, e sempre pronto para o ataque. Eu gostaria de insistir para que todos vocês pensassem nisto com muito cuidado, e não apenas descartá-lo, dizendo: "Ora, Ele sempre fala do ego." Porque, mesmo recentemente, anteontem, eu tive problemas com a manifestação do ego numa pessoa normalmente discreta, simples, dedicada.

Esta manhã, eu estava conversando com alguns de nossos irmãos, Santosh Khanjee e outros, quando despontou o ego sutil de uma pessoa aparentemente boa, um brâmane religioso, que pratica suas devoções diariamente, toma banho pela manhã, não ofende ninguém abertamente. No entanto abriga preconceitos de casta, de cor…seu problema é um ego sutil, já que, publicamente ele pensa que é uma grande pessoa: "Eu faço o bem. Ou, pelo menos, não faço mal a ninguém. Nunca ofendi ninguém. Tomo banho às 5 horas, faço o meu puja religiosamente, como se diz, conscientemente, e nunca prejudiquei ninguém." Ainda assim, quando chegam aqui, é como ver, através de um microscópio, uma gota d'água aparentemente boa fervilhando de vida. Os nossos egos são assim, aparentemente limpos, segundo o nosso julgamento, mas receio dizer que são o maior impedimento potencial, o verdadeiro impedimento ao progresso espiritual, de tal modo que, apesar do seu próprio esforço para efetuar o cleaning, o qual vocês fazem sem muito entusiasmo e sem muita atenção, apesar dos esforços dos preceptores durante o cleaning, que eles executam como se varressem o chão aqui e ali, e apesar dos esforços do próprio Mestre, o ego continua a florescer, a crescer. Na verdade, eu o compararia à Naga Loka da mitologia hindu, a qual está profundamente enraizada no nosso subconsciente. E, por mais que digamos que não somos egotistas, somos egotistas.

Isto provou ser o obstáculo mais relevante para o progresso no trabalho espiritual, tanto para nós mesmos, quanto para os outros, fazendo com que algumas boas pessoas deixassem a Missão, em virtude de sua arrogância por acharem que não são arrogantes, de se sentirem magoados quando magoaram outros, e da tendência geral da qual falei, especialmente em relação às mulheres ocidentais, de que, quando elas se olham no espelho e, irritando-se com o que vêem, quebram o espelho. De modo que, cada vez que uma pessoa arrogante tenta quebrar o espelho pelo que ela vê exteriormente, é a outra pessoa na qual ela se projeta, com suas fraquezas, suas tendências egoístas, e até, por vezes, suas tendências grandiosas. Não posso deixar de repetir, que este é o maior inimigo do progresso espiritual.

Infelizmente, conforme ressaltou Babuji Maharaj, não podemos viver sem o ego. Porque ele nos diz que estamos vivos, o que podemos fazer, o que devemos fazer, e o que iremos fazer. Porém, ele tem que ser sublimado ao ponto de seu quase desaparecimento, permanecendo apenas como sinal de vida. De modo que eu exorto a todos vocês que se trabalhem. Não saiam imediatamente, irritados, dizendo: "Este maldito Presidente, ele não tem assunto. Na sua idade avançada, na sua senilidade, perdeu toda a sua criatividade de pensamento, de sua verve. Ele costumava dar boas palestras há 20 anos, mas, sabe, a idade." Você se tornaria o seu maior inimigo se chegasse a uma conclusão tão estúpida, tola, satisfatória para o ego. Quanto mais você satisfaz o seu ego, tanto mais comprometerá o seu progresso espiritual.

Na literatura mundial, religiosa, escritural, espiritual, nada é tão extraordinariamente enfatizado, tão repetida e insistentemente enfatizado, como a humildade. "Pois os humildes herdarão a Terra", dizia o Cristo. E disse ainda: "Até um camelo pode passar pelo buraco de uma agulha". O Buda o disse, o Cristo o disse, a nossa literatura hindu religiosa, escritural, védica, ióguica, está entremeada com a noção de que sem humildade nada pode sobreviver, nada poderá chegar Lá.

Quanto ao ego sutil - esta manhã eu lhes contei a história de Garuda. Todos sabem que Garuda era o presumível veículo do Senhor Vishnu. Vocês conhecem a história do Ramayana, na qual Rama e Lakshmana foram vítimas de Naga-Astra, e ambos ficaram inconscientes, quase mortos, amarrados por serpentes das quais não podiam se livrar. Narada chama Garuda, o único pássaro que ataca cobras, a fim de libertá-los, o que Garuda executa. Contudo, surge o dilema: "Se eu tenho que libertar o Senhor Rama, como é que ele pode ser uma Personalidade Divina?" Esse pensamento continua crescendo, e ele diz: "Não, este sujeito é um mero ser humano". E ele sofre, porque sabe que está na direção errada, mas é incapaz de se ajustar. E um dia, quando se dá conta de que está se torturando com este pensamento, que está decaindo, se degradando, acaba voando até o sábio Narada e diz: "Narada, eu estou sofrendo." Narada, admirado, diz: "Você é o próprio vahana, o veículo do Senhor, como pode ter este pensamento? Você é Seu íntimo, está o tempo todo com Ele." Lembrem-se de uma das advertências da literatura espiritual: "a contigüidade com o guru é uma ameaça potencial, um perigo."

Eu vi muitas pessoas que se consideravam muito próximos, porque estavam fisicamente próximos Dele, mas que nem estão mais na Missão. São muitos, não citarei nomes, vocês os conhecem. Porque, quando viam Babuji doente, gemendo na cama, acordando à noite com pesadelos, diziam: "Por Deus, este homem, uma Personalidade Especial?" Cancelado.

Então Garuda teve este problema: - estava próximo demais do Senhor. Seria como um médico que tratasse o Primeiro Ministro da Índia dizendo: "Como é que este homem pode ser grande se eu tenho que lhe aplicar uma injeção?" Então, Garuda vai até Narada, o qual lhe diz: "Meu caro amigo, não posso fazer nada por você. Procure o Senhor Shiva, que é o Senhor de maya. Ele pode remover isto de você." Com muito esforço o pássaro voa até Shiva Loka, o qual sabe que ele está vindo. Garuda repete a triste história de seu ego inchado. Shiva repete as mesmas palavras de Narada: "Garuda, você?", assim como Júlio César: "Você também, Brutus?" E Garuda diz: "Meu Senhor, o que posso fazer? Sou um escravo disto. Eu sei que estou errado, mas não posso me livrar desta idéia de que Ele não pode ser o Senhor do Universo." Shiva sorri e diz: "Garuda, nada posso fazer por você. Volte a Bhu-Loka, o mundo. Ali, no Himalaia, vive um sábio chamado Kakabujanda." Dizem que ao redor de seu ashram, num raio de 30km ou 30 milhas ou algo assim, 30 kosha segundo a literatura, não pode existir maya. "Vá até lá e caia a seus pés." Garuda vai, e esta é outra história. Parvathi pergunta a Shiva: "Senhor, por que fez isso? Sendo o mestre de maya, podia ter removido isto apenas com um rápido olhar." Shiva diz: "Minha querida, ele padece de um ego sutil. Eu não quero fazê-lo. Ele mesmo terá que se livrar disso." Então ela diz: "Por que o mandou para Kakabujanda?" "Ele é Garuda. É chamado o Pakshiraj, o ápice da raça dos pássaros, da raça alada. O corvo é o lixeiro dos pássaros, o mais baixo. Enquanto ele não cair aos pés do mais baixo de seu clã, o seu ego não o deixará."

Portanto lembrem-se, quanto mais egoísta vocês forem, mais baixo terão que cair, não só na espiritualidade, mas até em termos humanos, como aconteceu com um antigo Primeiro Ministro do Punjab. Como punição, o Akal Takht determinou que se sentasse à porta do Templo Dourado de Amritsar e polisse os sapatos de cada devoto que ali entrasse. Creio que o Primeiro Ministro do Punjab era Prakash Singh Kairon, não estou seguro. Ou S.S.Barnala? O atual Governador de Andhra Pradesh? Esta foi a sua punição. Então, quando ouvimos essas histórias purânicas, sabemos do perigo que representa o ego. Narada, que foi capaz de ajudar Garuda, também foi vítima em outra história. Não preciso contá-la, mas devo salientar que o ego é o inimigo mais perigoso e poderoso do progresso espiritual, e ele está bem dentro de você. Este inimigo não está lá fora, ele está dentro. E cabe a você, a cada um de vocês, reconhecê-lo, retirá-lo e destruí-lo. Então, por favor, lembrem-se disto e desta história, lembrem-se do meu apelo de que, se vocês estão interessados no progresso espiritual, o ego não deve existir. Onde há amor, não pode existir o ódio. Onde há amor, o medo não pode existir. Onde há o amor do Ser no verdadeiro sentido, não pode existir o amor egoísta, narcisista.

Eu penso que não tenho mais nada a dizer, porque este é o assunto mais importante que eu tinha que colocar para vocês. Quando Sudama, ou Kuchela conforme o chamamos no Sul, vai visitar Lord Krishna, e este lava os pés de seu antigo condiscípulo, secando-os com o seu próprio angavastra, é digno de nota. Um simples Kuchela se apresenta ao Senhor do Universo, e este lava os seus pés, enxugando-os com o seu pitambarah, de seda. Até o Senhor tem que manter esta humildade, caso contrário, cessará de ser o Senhor. Eu penso que, ao remover a mente, esta foi a maior salvaguarda que Deus adotou para si mesmo, pois a mente é o único instrumento que nos destrói e incha o nosso ego. Ele disse: "Não a necessito. Eu sou o que sou, não porque a minha mente diz eu sou, mas porque eu sou." Então, segundo o Sahaj Marg, Deus não tem mente. Ele não pode pensar que é grande, não pode pensar que é pequeno. Contudo, lembrem-se de que o ego também pode empregar truques, dizendo: "Não senhor. Eu sou uma pessoa muito humilde." (rindo) Isto é ainda mais perigoso.

A extensão dos truques do ego é maior do que o espectro. Dê-lhe um nome e o encontrará. Você está sentado à mesa, comendo e pensando que a comida é inútil - Ego. Você vê uma pessoa pobre na rua e se acha uma grande pessoa - Ego. Você está dirigindo uma dessas novas Hyundai Sonatas, alguém passa numa Maruti 800, e você diz: "Meu veículo é melhor." - Ego. Provavelmente, um quilômetro adiante você sofrerá uma batida, se não um acidente, para lembrá-lo de que a diferença entre uma Hyundai e uma Maruti 800 não significa que se dirija melhor ou pior. Os nossos egos se manifestam mais comumente nas estradas. Ultrapassagens desnecessárias, velocidades excessivas, relaxar e não ter que fazer mais nada a não ser pisar no acelerador. Ninguém dá a mínima importância ao fato de chegar em cinco minutos ou em alguns minutos a mais, mas você tem que se mostrar, tem que ultrapassar, porque você é o maior. Isto se manifesta em tudo o que você faz..

Por conseguinte, eu gostaria de ver uma nova, digamos, era na nossa vida espiritual, na qual as pessoas se descartem de seus egos, os minimizem, os sublimem, e se tornem orientados para o serviço, humanos, servindo sem ter a consciência de que estão servindo, porque, servir com o pensamento de que se está servindo, é mais uma manifestação do ego, que faz com que você se dê tapinhas nas costas e diga: "Eu sou o maior. Hoje eu ajudei 3 pessoas." Há um dito que eu gosto e que diz: "Aquele que puder contar suas boas ações nos dedos de uma mão, não sabe quantos crimes cometeu." Ele perdeu a conta. "Qual foi a sua boa ação?" "Hoje dei dinheiro a um mendigo." Todo o resto foi ruim, não é?.

De modo que necessitamos de uma introspecção, precisamos nos trabalhar, fazer o cleaning meticulosamente, não pensando: 'Eu sou egoísta, isto deve desaparecer", porque, então, ele aumentará. Mas sim, fazendo o cleaning com humildade, dizendo: "Senhor, torne-me apto. Faça-me igual a Si. E que eu não tenha mente." Porque, como dizemos em hindi, a mente é dhokebaaz, o impostor. E, eu quero exortar Secretários de Zona, Secretários Adjuntos, e outros, como dizemos, da mesma estirpe, e, mais ainda, os preceptores, para que se trabalhem, se tornem brandos, humildes, afetuosos.

Aqueles que são dados à ciência ficção, viram a Guerra nas Estrelas. E, para mim, um dos personagens mais marcantes é o humilde Mestre jedy, o Mestre dos Mestres, Yoda. Ele é como o nosso Babuji Maharaj, fisicamente pequeno, nunca se evidenciando, nunca aventurando uma opinião, mas agindo. Àqueles que tiverem a curiosidade de saber como Ele era, podem ver um pequeno boneco que tenho no meu escritório. Exceção feita às longas orelhas que Babuji não tinha; mas vocês podem ver Babuji Maharaj refletido ali. Quanto mais você se eleva, mais pacífico, mais humilde deve se tornar. Babuji me dizia, há muito tempo: "Quanto mais você se eleva, tanto mais deverá olhar para baixo, a visão tem que descer." Uma pessoa assim se tornará espiritual, crescerá na espiritualidade e poderá alcançar o seu objetivo durante a sua vida. Se o ego sobreviver a todos os nossos esforços, ele nos trará sempre de volta para cá, porque o ego desconhece o sofrimento. Para o ego, até o sofrimento serve para se vangloriar. Eu vi diabéticos argumentando: "O meu açúcar está alto - 160." Seu amigo diz: "Só isso? O meu está a 220!" Até nisso o seu ego tem que se manifestar - na doença, no mal-estar, na pressão sangüínea. "Hoje a minha pressão está um pouco alta. Normalmente devia ser 120/80. E a sua?" "O médico diz 130/84." "Só isso? Isso é normal. A minha é de 160/105." Ego. Orgulho na doença, na estupidez. Por conseguinte, não imagine que você tem que ser grande e maravilhoso, excelente e inteligente para ser um egoísta. Aqueles que não têm nada, podem ser os mais egoístas, porque pensam que não ter nada é a maior das virtudes. Não o estado de nada do Sahaj Marg, mas o do mundo material. E eles dizem: "O dono de 25 crores é um tolo. Ele pode perdê-los. Olhem para mim. Eu nada tenho a perder. Eu sou o maior."

Eu terminarei esta palestra dizendo que tenham cautela quanto a isto, estejam alertas, trabalhem-se candidamente, honestamente. Encarem-se com honestidade e digam: "Eu sou isto. Não quero ser isto. Tenho que me tornar aquilo
."

retirado http://www.srcm.org/language/portuguese/pn_EgoInterior.html

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