ZEN DICAS & MUSICAIS

CIRCULO ZEN,

Sejam bem vindos ao ZEN DICAS & MUSICAIS.


Apresentamos teorias, informações, previsões, profecias e idéias que devem ser vistas apenas como caráter especulativo. Não queremos doutrinar, afirmar ou convencer ninguém..

Tento colocar um pouquinho de cada coisa que gosto de estudar. São assuntos diversos muitas vezes que nem sei de onde peguei, mas são temas aos quais me identifico. Se o autor de algum texto deparar com ele escrito aqui, não se irrite, ao contrário, lisonjeie-se em saber que alguém admira seu pensamento.

Não há religião superior à verdade, o importante é a nossa convivência de respeito mútuo e amizade, sempre pautados na humildade, no perdão e na soliedaridade.

Autoconhecimento, Filosofia, Espiritualidade, Literatura, Saúde, Culinária, Variedades..

Tudo isso acompanhado de uma Zen Trilha Sonora com muito Alto Astral.



“Citarei a verdade onde a encontrar”.
(Richard Bach)


ZEN DICAS & MUSICAIS.
VIVA O AGORA !
NAMASTÊ.

NUNCA PERCA A CURIOSIDADE SOBRE O SAGRADO!

Albert Einstein

circulo zen

31.7.09

A CIENCIA E O SER HUMANO


Eu sou uma educadora e trabalho com uma ONG voltada para o desenvolvimento de projetos nas áreas da consciência, da ética e da competência, ou seja, da habilidade na utilização dos talentos humanos em relação à sustentabilidade, no que diz respeito ao ambiente e à manutenção do equilíbrio e da harmonia da vida. Já venho trabalhando como educadora há mais de 15 anos, não só dentro de instituições educacionais, mas também dentro de organizações, na área de consultoria organizacional.

E também sou uma aprendiz, porque nós educadores, antes de mais nada, somos aprendizes, sempre em busca do processo de integrar o conhecimento existente, descobrindo de que modo esse conhecimento pode servir à vida e à restauração da harmonia que existe na vida em si, nas diversas áreas da atividade humana.

Muitas pessoas sabem, por exemplo, quem é Einstein, mas um número menor de pessoas sabe a respeito da Teoria da Relatividade e de suas aplicações em termos do progresso da humanidade e do desenvolvimento tecnológico. E um grupo muito menor ainda entende a relação entre esse conhecimento científico e a qualidade de vida das pessoas.

A ciência é, em si, um instrumento de busca da verdade. Nós acreditamos na ciência como sendo um instrumento de progresso, porque ela busca a verdade. Nós acreditamos que ela possa nos levar a um patamar acima da nossa compreensão da vida. Quando, por exemplo, foi descoberto que a terra não era o “centro do universo”, levou mais ou menos 100 anos para a humanidade aceitar, e durante esses 100 anos muitas pessoas foram mortas porque acreditaram naquela descoberta. Nós não podemos mais esperar 100 anos para começar a utilizar o conhecimento que a ciência nos traz hoje. Nós estamos aí, com vários desafios, e esses desafios focam cada vez mais a habilidade do ser humano de lidar com as situações, com o inusitado, com a necessidade de buscar soluções mais harmônicas para a própria continuidade da vida.

No caso de Einstein, o que aconteceu? A Teoria da Relatividade veio dentro de um processo de busca e de descoberta da ciência. Fomos dividindo, dividindo, separando, separando, até chegarmos ao átomo, como se ele não pudesse ser dividido; a própria palavra átomo significa isso. Mas até o próprio átomo foi dividido. Já se conhecem as partículas subatômicas, e tudo isso é uma maravilha, uma nova percepção da realidade. E aí? E nós no meio disso tudo? Como isso afeta a nossa vida?

De acordo com a Teoria da Relatividade, nós sabemos que o comportamento da luz não respeita as leis do tempo/espaço: a luz é o referencial, é absoluta, e tudo que se observa é relativo. De certa forma, nós somos energia encapsulada, condensada no que é chamado de matéria, ou seja, nós temos o comportamento da luz na nossa própria existência física material. E como isso se reflete no nosso relacionamento? Se o universo tem essa flexibilidade, essa possibilidade de ter leis absolutas que regem o comportamento macro e micro – que é o mesmo –, sendo que também existem processos relativos dentro dessas leis absolutas, que dependem da capacidade do observador e do ponto de onde ele observa a realidade, o que nós fazemos, do ponto de vista bem prático do nosso cotidiano?

Às vezes nós estamos numa determinada situação, acontece um fato, e nós passamos, então, a interagir com essa situação, mas do nosso referencial, que é relativo; ele não é absoluto. Então nós formamos uma opinião e, às vezes, nos engessamos dentro dela, impedindo que um processo maior aconteça, se expanda, cresça; das pessoas poderem, também, trocar e partilhar essas novas percepções ou outros pontos de vista e integrar isso num processo maior de crescimento e compreensão.

Às vezes você chega em casa esperando o retorno de um olá, de um elogio. Às vezes espera uma pessoa chegar ou vai encontrar com um amigo no shopping ou no cinema, na expectativa dele lhe tratar de uma determinada forma. É um amigo que sempre lhe trata bem, é sempre alegre, é sempre expansivo. Aí você encontra o amigo e ele está mais distante, mais frio, sem o mesmo entusiasmo de sempre. Você fica meio fechado. O que está acontecendo? A pessoa não gosta de mim? Naquele momento, aquele amigo está passando por um problema em casa que você não sabe, que proporcionou todo um estado emocional diferente. A relação com ele, o nível de amizade, não mudou por causa da mudança do comportamento, mas existem outras condições que estão influenciando.

Nós não observamos essas diferenças, essas possibilidades. Nós estamos sempre procurando, do nosso ponto de vista, o que o outro quer, como as coisas deveriam ser, e, às vezes, nós vivenciamos situações chamados de “relacionamentos fantasmas”. Nós não nos relacionamos com as pessoas como elas são no momento presente. Nós nos relacionamos com a imagem que fazemos delas, como nós gostaríamos que elas fossem, e com a foram que nós gostaríamos que nos tratassem.

Nesse ponto, devemos estar alertas ao fluxo do universo, a como ele se comporta. Tudo é relativo e varia de acordo com o estado de espírito, com a postura, a observação, a premissa com que você está olhando para a situação. Tudo isso é como se fosse uma dança que vai configurando o ambiente em que você vive.

Se você não está satisfeito com o ambiente ou com a forma como as pessoas estão lhe tratando, como a vida está lhe tratando, a primeira questão a ser feita é: “como eu estou me relacionando com a vida? Se eu estou sempre enxergando essas características na vida e nas pessoas, onde essas características estão em mim, porque estou espelhando isso o tempo todo. Onde eu preciso estar modificando para que esse ambiente mude?” Isso é uma das coisas que nós podemos observar, que tudo é relativo, dependendo do referencial e dos valores com que estamos lidando.

A realidade não é exatamente aquilo que nós vemos. Nós poderíamos dizer que a realidade tem um mundo, que nós chamamos de “realidade visível”, mas a maior parte da realidade está no campo que a ciência chama de “realidade invisível”. Ela tem influência, 24 horas por dia, no nosso processo de crescimento e de relacionamento.

Um grupo de pessoas tendo uma conversa cria uma atmosfera, um campo de entendimento. Quando nós estamos em grupo, por exemplo, e um determinado assunto vai ser discutido, o que acontece? Aparentemente, fisicamente, nós estamos separados, cada um no seu lugar, sentado, conversando. Emocionalmente, nós formamos um campo vibracional, porque o universo é todo vibracional. Nós criamos um campo comum. Do ponto de vista psíquico e mental, se estamos todos focados no mesmo assunto, nós formamos uma egrégora, e todos os pensamentos ali, naquele grupo, todos os sentimentos que acontecem, todas as premissas que cada um traz do seu mundo, todos os valores que cada um traz na sua bagagem de experiência de vida, estão presentes naquele campo. Se nós estamos buscando um consenso, ou resolver uma situação, ou uma equação, todas as circunstâncias que estão numa dimensão física, energética, vibracional, emocional, mental, até mesmo espiritual, estão influenciando aquele ambiente, e isso é sentido por todos. Muitas vezes nem é falado, mas essa é a percepção quântica da realidade. A realidade não existe linearmente, só num determinado nível, numa determinada percepção: ela existe em vários níveis. Nós temos que levar isto em consideração para gerarmos condições ambientais em todas essas dimensões, de modo a conseguirmos o nosso objetivo.

Às vezes, no grupo, cada um tem o seu objetivo pessoal. Mas, para que possamos alcançar um resultado, um consenso, é importante que todos foquem no propósito do grupo, no objetivo que transcenda o próprio grupo e que esteja além de qualquer objetivo pessoal. Numa conversa, o mais importante não é a sua ou a minha opinião, mas é aonde nós queremos chegar. Não importa se você tem razão ou se eu tenho razão, e sim o que nós trazemos na nossa bagagem que pode facilitar chegar num outro ponto lá na frente e fazer com que haja o crescimento do grupo. Se a sua visão nesse momento for melhor ou mais adequada para esse propósito, não significa que a minha seja menor ou não, pior ou melhor. Nós não precisamos trabalhar com esse tipo de julgamento limitado da vida, nós podemos trabalhar numa percepção mais quântica. Para uma determinada situação, a experiência dessa pessoa, o conhecimento que ela traz nesse momento é mais adequado, é mais útil. É o momento em que ela assume uma liderança que é transferível, de acordo com a necessidade do encontro, do propósito do grupo. Muitas vezes a ciência nos traz todo um suporte explicando isso, leis da física, leis da física quântica, leis da relatividade, e nós ficamos parados sem perceber como que isso nos afeta, como isso poderia estar ajudando no nosso crescimento pessoal.

Uma lei importante e interessante também do conhecimento físico é f=1/t, a freqüência é o inverso do tempo. Uma experiência foi feita em Harvard, com a retirada de um grupo de pacientes terminais de câncer de um hospital. Essas pessoas foram levadas a um centro de pesquisas, monitoradas com termo-vídeo-câmera, com toda metodologia, toda tecnologia existente, para medir a reação bioquímica das células, de acordo com os impulsos e estímulos vibracionais. Essas pessoas foram submetidas a imagens de beleza, conversas sobre assuntos que elas tinham interesse, arte, imposição de mãos, orações, relações amorosas, tudo no sentido de se sentirem cuidadas, se sentirem amadas, sendo observado o comportamento dos tumores e das células doentes. Em menos de 60 dias, de 100 pacientes terminais, 69 se curaram 100%.

A partir desta experiência, os cientistas começaram a estudar e catalogar os estados emocionais, o comportamento e a relação bioquímica entre o processo de enfraquecimento, doença e envelhecimento da célula e o processo de cura e recuperação do estado de perfeição daquelas células. O que eles verificaram foi o seguinte: na nossa vida, desde o útero materno, da formação do feto, do desenvolvimento de todo esse complexo que é o nosso corpo, as células trazem uma memória de um padrão de freqüência, de vibração atômica-celular, de perfeição.

Como é que nós permitimos que isso mude no decorrer do nosso crescimento e do nosso amadurecimento e formação emocional, psíquica, mental, psicológica, etc.? O que acontece é o seguinte: os estados emocionais que mantêm a freqüência, a aceleração, a vibração atômica-celular mais alta, mais elevada, ou seja, num padrão de perfeição, são estados que permitem um maior fluxo de energia vital percorrendo dentro das células. Para termos uma imagem mais fácil de entender, é o seguinte: se olharmos uma célula dentro de um microscópio eletrônico, nós vamos ver que entre as moléculas que formam aquelas células, existem espaços vazios. Dentro dessas moléculas, entre os átomos que compõem as moléculas, também existem espaços vazios. É como o céu estrelado, por exemplo, onde as estrelas seriam os átomos e o que existe em espaço vazio é o corpo da célula. Nesse espaço, aparentemente vazio, é onde tem o fluxo da energia vital, que mantém a célula viva e mantém a freqüência, a pulsação dos átomos que compõem essa célula.

O que nós fazemos? De acordo com o nosso estado emocional e com a limitação do nosso pensamento, como nós organizamos a nossa forma de pensar, é como se nós tivéssemos acesso a uma torneirinha que permite um maior fluxo da energia vital na célula ou que diminui esse fluxo.

Na Alemanha, está sendo feito outro estudo sobre o comportamento humano, as emoções, os estados emocionais e o impacto que esses estados emocionais têm sobre a questão bioquímica, a reação bioquímica das células. Nesta pesquisa, constatou-se que os estados emocionais que permitem um maior fluxo de energia vital nas células, ou seja, que permitem o padrão de perfeição da célula, de saúde, é amor e alegria, ou seja, os estados em que estamos em plena harmonia com tudo.

Quando alguém está feliz, por exemplo, as pessoas costumam dizer que o que é bom dura pouco, mas não é, dura muito, dura o mesmo tempo, só que nós não sentimos a ação do tempo. Voltando lá na fórmula física f=1/t, freqüência é o inverso do tempo, quanto mais alta a freqüência, menos sentimos a ação do tempo. Literalmente, para nossa saúde, quanto mais em estado de plenitude, de felicidade, de harmonia nós nos encontramos, mais estamos mantendo uma qualidade, uma freqüência que faz com que a nossa saúde permaneça, que a gente envelheça mais tarde e que nossa vida se torne mais longa e isso esteja dentro de uma harmonia de saúde em todos os níveis: saúde física, saúde emocional e mental.

Quando nós estamos no estado oposto, ou seja, ciúme, raiva, mágoa, inveja, esses estados funcionam como se fechassem essa torneirinha. Então a energia começa a fluir menos nos espaços celulares. Literalmente, o que acontece é que, com o passar dos anos, o padrão da célula começa a envelhecer, ou seja, adoecer. Isso é o que medicina chama de processo psicossomático: “psico” é o campo dos pensamentos e sentimentos, e “soma”, o corpo. Noventa e cinco por cento das doenças são de origem psicossomática, ou seja, são geradas por esse processo. A ciência está nos dando fórmulas fantásticas, que nós aprendemos apenas intelectualmente, mas que nos permitiriam estar vivendo de uma forma muito mais intensa e completa. Nós é que esquecemos de fazer essa ponte (ou ainda não sabemos).

Qual é o papel principal da ciência? É revelar um nível de verdade que melhore a condição da vida, que nos permita o progresso e crescimento em todos os níveis. Muitas vezes nós sabemos o nome dos cientistas, sabemos mais ou menos o que eles descobriram, ou trouxeram à luz do conhecimento para todos, mas não sabemos a utilização desse conhecimento para a vida. Então, quando nós estamos na convivência, seja da família, seja entre amigos, seja na escola, no trabalho, nós estamos literalmente lidando com campos de freqüência.

Se nós geramos um ambiente de harmonia, podemos perceber, às vezes, os defeitos e as fraquezas do outro, mas também sabemos que ele tem condições de sair daquele estado e caminhar numa direção positiva. Ao invés de ficarmos reforçando ou exaltando as qualidades negativas, nós podemos trabalhar a freqüência, para que todo mundo esteja num estado de harmonia e de convivência mais saudável, literalmente.

Essa ponte entre a ciência e a vida cotidiana é muito importante. Poucas pessoas sabem, por exemplo, que lá na Alemanha esse estudo está sendo feito. Esta pesquisa se desenvolveu a partir do estudo da atenção do observador, e aí vem à tona a questão da teoria da relatividade: estudando o comportamento da energia dos elétrons, do fóton, dos monopóis, que são elementos dentro do átomo, olhando dentro de um microscópio eletrônico,os pesquisadores descobriram que a nossa atenção é como se fosse um raio laser, que nós podemos dirigir. Quando focamos a atenção num determinado ponto, agrupam-se em torno daquele ponto, um número maior de fótons de energia.

Então, o que acontece? Quando você foca um problema na vida, você dá energia para ele, você dá um poder para aquele problema. E aí acontece que, com o decorrer do tempo, ao invés de você ter um problema para resolver, o problema toma conta de você, porque você lhe deu tanta energia, que ao invés de você ter um problema, cuidar dele, tentar resolvê-lo, ele passa a ser o dono da sua vida e você vive em função do problema, porque você fica pensando nele o tempo todo, dando energia, dando importância para ele mais do que ele merece.

Então, nós precisamos desenvolver essa habilidade de perceber o que a ciência descobre e trazer para a nossa vida de modo a facilitar o nosso relacionamento com as experiências, com as pessoas, com as nossas próprias metas. Vamos supor: se você quer atingir uma meta, se você tem um ideal de vida, saber como você vai colocar sua energia nisso, que tipo de freqüência, que tipo de trabalho você deve fazer, quanto tempo você deve dedicar-se, é uma arte, é uma habilidade. Mas muitas vezes nós não prestamos atenção a como isso funciona: às vezes, nós temos um projeto maravilhoso e ele não chega ao final porque nós não soubemos trabalhar essas energias, essas condições, essa questão quântica em torno do projeto. O que ele precisa em termos de conhecimento, em termos de tempo, de dedicação; que sentimentos devem cercar esse projeto, que tipo de pessoa, que tipo de estímulo, de valores devem estar ali para que ele possa se manter vivo se concretizar.

Em um grupo, por exemplo, a riqueza está nas suas diferenças: elas são como os órgãos de um corpo. Se nós pararmos para observar, cada órgão tem células diferentes, com freqüências diferentes, com funções diferentes fazendo todo o organismo funcionar. Se a glândula supra-renal pensasse que é mais importante do que a renal, imagine a confusão que aconteceria dentro do corpo. Em um grupo é assim: cada um tem a consciência da sua importância, mas trabalha dentro de uma harmonia alquímica, porque cada órgão está transformando o tempo todo.

Nós temos um órgão no corpo, o pâncreas, que a cada 24 horas é novo, ou seja, toda a memória celular, tudo o que você está pensando, sentindo, as novas células que estão surgindo vão adquirindo aquela memória e, com o passar dos anos, elas vão somatizando isso na sua vida.

Se você é uma pessoa que mantém o seu pensamento aberto aos processos de aprendizagem, de troca, de fluidez, de menos julgamento, menos fechamento, de sentir menos mágoa, se sentir menos vítima, fazer menos acusações, você está permitindo que a memória celular do seu corpo adquira um padrão que vai fortalecendo a sua saúde, a sua percepção, a sua inteligência, a sua capacidade de atuar na vida. Existe uma relação imediata. Tanto é que, dentro da ciência hoje no mundo, os anos 90 foram batizados como a era da consciência do cérebro. Isso tudo é ver o comportamento. Nós estamos num momento de transcendência, não só da questão biológica, mas de como a consciência e a inteligência humanas atuam na questão biológica. Como é que o nosso comportamento e o conhecimento estão interagindo nesses diferentes campos. Então, é mais ou menos dentro dessa linha que, às vezes, nós paramos para perguntar: Qual é a importância de uma descoberta da ciência? Porque ela é útil para o mundo? Porque ela é útil para a minha vida? Porque ela é útil para o meu projeto atual, para o meu propósito? Eu tenho, por exemplo, o propósito de caminhar com esse grupo em tal direção, então, como posso utilizar esse conhecimento e favorecer esse ideal? Ou se esse propósito está afinado com o propósito maior, que são os próprios desafios que o mundo hoje... Como é que eu posso interagir no mundo, provocando e harmonizando o ambiente do mundo para que o ambiente seja saudável, não só para mim, mas para tudo e para todos que vivem nesse mundo? Eu acho que é muito importante hoje, em qualquer área da atividade humana – seja a área mais exata, mais científica possível, a área econômica, todas as áreas de atividade humana – se fazer a seguinte pergunta: como nós podemos utilizar o conhecimento com sabedoria? Como esse conhecimento pode estar a serviço de alguma coisa maior que beneficie a todos? Nós podemos não ter condição de salvar o mundo, mas, e esse mundo que é o nosso corpo, com sete octilhões de átomos, orquestrados perfeitamente num processo de convivência, de cooperação e de funções que se complementam? Se nós conseguirmos orquestrar isso e tivermos uma certa maestria sobre a maneira como pensamos a vida, como sentimos, como interagimos com os outros, o que falamos e deixamos de falar, se nós conseguirmos harmonizar esse ambiente, conseqüentemente as pessoas que estão interagindo com esse ambiente vão se beneficiar. Daí, o processo se desenvolve em cascata, como um “efeito dominó”.

Nós vivemos num mundo de imagens e elas exercem uma forte influência sobre nós. Quando eu conto que estava caminhando numa montanha, buscando uma cachoeira, e vinha passando uma pessoa do local, um senhor, com um cachorrinho do lado, carregando umas espigas de milho nas mãos; e de repente, na hora em que eu fui conversar com ele, fazer uma pergunta, uma borboleta passou e pousou nas espigas de milho. Quando descrevo essa passagem, automaticamente você visualiza a cena, e poderia fazer perguntas sobre dados que eu nem sequer citei. Por exemplo: era dia ou noite? de que cor era a camisa que ele estava usando? ele tinha barba ou não? de que cor era a borboleta? a espiga de milho estava aberta ou fechada? qual era a raça do cachorrinho? ele estava descalço ou não?

Agora, se eu contasse, por exemplo, que estava na Av. Paulista e um menino veio com uma garrafa quebrada tentando me assaltar, como é que eu reagi, toda aquela situação, toda aquela tensão, você já iria imaginar como estava aquele menino, se a garrafa era clara ou escura, etc.

Uma série de imagens automaticamente acontecem. Nós temos esta capacidade inerente de estar visualizando, enxergando o mundo através de uma lente. Mas, o mais importante entre as duas imagens é perceber como é que nós nos sentimos. Na primeira imagem, o corpo se sente relaxado, você sente bem estar, você está vendo o ambiente, a cachoeira e tal. A outra, já é uma situação opressiva, deprimida, negativa e que lhe faz contrair. Como é que nós podemos lidar com estas situações e ficarmos imunes às situações negativas?

Nós temos um poder maravilhoso! Quando cria, o homem exterioriza seus conteúdos, e a informática veio também para nos ajudar a perceber como nós somos por dentro. Assim como nos computadores, em nós existem duas teclas: uma tecla “print”, pronta para imprimir alguma memória, e uma teclazinha fantástica que é o “delete”. Assim como nós temos a condição inerente de criar imagens que geram em nós formas-pensamento – às vezes, quando você vê um fato, ele lhe desperta todo um processo de pensamento, de conclusões, ou desencadeia todo um sentimento e uma postura diante da vida –, nós também temos a habilidade de “deletar” essas imagens e, consequentemente, o efeito que elas nos causam.

Às vezes, nós falamos assim: “eu sou uma pessoa muito nervosa” (aqui eu estou brincando, é apenas um comentário, porque eu tenho que avisar minhas células para elas não registrarem isto). Quais são as conseqüências disso? Qual o efeito que isso tem em nós? Foi feita uma pesquisa que constatou que quando você fala a palavra “eu”, em qualquer língua, ela imediatamente reporta sua imagem, da sua pessoa, do seu ser. Quando você fala a palavra “sou”, é bom colocar uma vírgula, porque as nossas células já ficam com tecla “print” acionada e vai imprimir alguma memória de qualquer coisa que vier depois e, a partir daí, aquela condição começa a se manifestar.

Nós temos o poder de estar trabalhando com essas duas teclas em nós mesmos. Então, ao invés de dizermos “eu sou uma pessoa nervosa”, devemos dizer “eu sou uma pessoa que desejo desenvolver mais a minha habilidade de calma, de tranqüilidade”. Quando você tem uma forma diferente de lidar com as circunstâncias, você começa a “deletar” as imagens que provocam determinados sentimentos e atitudes, e você pode começar a imprimir novas.

Quer ver uma coisa interessante? Quando você quer consolar um amigo, uma pessoa de quem você gosta muito, que está num momento difícil, está deprimido, num estado negativo, o que acontece? A pessoa está ali como se estivesse assistindo televisão, um filme, um vídeo, cujo conjunto de imagens provoca aquele estado deprimido, e ela fica repetindo aquilo ali. E ela vai caminhando, criando aquele campo, cada vez as imagens vão ficando mais nítidas, ela vai acreditando mais naquelas imagens e aquilo vai refletindo na experiência dela. Mas quando você tem vontade de ajudar alguém que está nesse estado, o que você faz? Você chega e começa a conversar com a pessoa sobre um outro grupo de imagens, você traz outras idéias. É como se você estivesse trocando de canal junto com a pessoa. Às vezes, no princípio, é difícil, é como uma superposição das imagens, quando uma imagem vai saindo de foco e a outra vem entrando, ficando mais nítida. Quando isto ocorre, a pessoa no final da conversa está mais animada, está mais feliz.

Quando estamos magoados, chateados, irritados com alguma circunstância, com alguma coisa ao nosso lado, nós reagimos. Todas as imagens que provocam essa reação passam pelas nossas células. Tanto é que, quando você está irritado, está com raiva, você se transfigura fisicamente, acelera a pulsação cardíaca, o ritmo da respiração muda, a adrenalina aumenta no sangue. Você, literalmente, está envenenando o seu sangue.

Então, antes daquela carta ser enviada para o endereço que você vai mandar, ela já passou por todas as suas células e já fez o efeito que ela tinha que fazer antes de sair e vai chegar ao endereço e, provavelmente, a pessoa não vai gostar de recebê-la e vai devolver. Aquelas imagens começam a ficar constantes e você vai mantendo aquele ambiente. Quando você troca de canal, começa a substituir aquilo por outras coisas, porque tudo tem uma polaridade oposta. Se uma pessoa é nervosa, é porque ela está numa polaridade onde aquela circunstância está mais evidente. Mas a polaridade oposta à do estado nervoso, é a tranqüilidade. Aquela pessoa tem toda a condição de caminhar na direção da sua polaridade oposta para neutralizar essa. Por isso a gente costuma dizer: não existem defeitos, existem qualidades a serem desenvolvidas. Elas estão nesse processo.

É muito bom “brincarmos”, quando falamos alguma coisa pesada; nós ajudamos os outros. Também podemos dizer o seguinte: “reformula”. As palavras são símbolos, elas são imagens. Quando você diz uma coisa, joga imagens imediatamente na mente do outro, no mundo do outro. Se ele não estiver forte psiquicamente ou emocionalmente, ele aceita aquilo como uma verdade. E se ficar magoado, chateado, acreditando naquilo como sendo uma condição, isto significa que você está reforçando aquela condição negativa na pessoa.

Nós temos a condição de “deletar”, ou seja, reformular, falar de uma outra forma. Se você diz “eu sou nervoso”, pode dizer, “não, é brincadeira”, ou então você pode falar “reformula”, ou “anulado”. Se alguém chegar para mim e disser você é uma pessoa muito egoísta, ou alguma coisa assim, eu não vou aceitar isso. Eu vou falar assim: “anulado”. Eu vou anular isso não só para mim, mas para aquela pessoa e para o universo inteiro. Eu não vou deixar que aquela freqüência, aquela imagem seja reforçada na minha condição de vida. Mas se aquela mesma pessoa chegar e disser: “olha você precisa ser mais altruísta, deixar que o seu altruísmo, que a sua capacidade de generosidade se mostre mais”, aquela pessoa está me libertando a inconsciência, ela não está me aprisionando numa condição de limitação. Ela está dizendo que, de uma certa forma, sutilmente, o meu egoísmo está evidente, mas ela não diz esta palavra, ela não reforça essa imagem. Ela acredita que eu tenha capacidade, e acredita que eu possa desenvolver o meu altruísmo e a minha generosidade. Literalmente, esta pessoa está criando um elo de libertação comigo.

Mas se você reforça a qualidade negativa da pessoa, você está criando um elo negativo com essa pessoa. Tem um ditado que diz: “quem mais se evita, se convive”. Porque no momento em que você reforça aquilo, você cria um vínculo, você é um pouquinho responsável por uma pequena parcela do egoísmo daquela pessoa, que foi reforçado pela sua palavra e pela sua reação.

Se você também disser que a pessoa é ótima, diz o seguinte: a inveja afasta o objeto invejado e a admiração atrai a condição admirada. É muito mais saudável você admirar as coisas positivas porque você assimila aquilo para a sua experiência. Quando você inveja, é porque no fundo, no fundo, você admira, mas você encobre a admiração e permite que a inveja sobreponha-se. Ela afasta, porque cria uma barreira; ela reforça e fica aquele vínculo negativo. É muito mais saudável o vínculo da admiração do que o da inveja. É muito mais saudável o vínculo da generosidade do que do egoísmo. É muito mais saudável os vínculos positivos, e isto é uma opção nossa, porque o comportamento não é como a cor dos olhos, que você nasce com ela; comportamento é uma coisa que você escolhe. Você nasce com a cor do cabelo, dos olhos, da pele, isso é uma condição, mas o comportamento não, ele é uma escolha, uma opção. Você tem a liberdade, o livre arbítrio de optar pelo melhor comportamento.

O ambiente também pode causar um impacto semelhante: uma vez eu estava em São Paulo e vi, numa praça que estava muito suja, cheia de papéis, que um rapaz comprou um picolé, jogou o papel no chão e desceu as escadas do metrô chupando o picolé. Quando chegou lá embaixo, estava tudo limpinho, a estação estava bem limpinha mesmo. Quando ele terminou de chupar o picolé, saiu do local onde estava e foi até o lixo jogar o palito. Ou seja, ambiente sujo influenciou a atitude dele na praça e um ambiente limpo influenciou a atitude dele no metrô. Isso acontece, mas, quando nós estamos alertas, nós podemos ter atitudes limpas em ambientes sujos e é assim que as coisas vão mudando.

Às vezes, a pessoa fala: ah, porque o fulano fez isso também vou fazer aquilo; o fulano me tratou desse jeito, eu vou tratar também. De certa forma, nós podemos estar conscientemente “deletando” determinados comportamentos, reformulando coisas que nós pensamos de nós mesmos, uns dos outros, e facilitando a convivência e até a conquista de coisas maiores.

Tem uma historinha que ilustra bem isso: de manhã cedo, um velhinho sempre dava para o jornaleiro uma caneca de café com leite e o pão com manteiga. O menino sempre jogava o jornal no chão, na varanda da casa. Uma vez o irmão foi passar uns dias na casa dele e perguntou:


– “Mas esse menino sempre joga o jornal no chão?”
- “Sempre”, respondeu o velhinho.
- “E você sempre dá café com leite para ele?”
- “Dou.”
- “Mas você não pode fazer isso, ele está jogando o jornal no chão, você tem que falar não.”
O velhinho então falou:
- “Eu não posso agir diferente com ele porque não posso deixar que ele me diga como eu devo agir.”



Acontece muitas vezes, sem querer. Você sai de casa, uma pessoa lhe fecha no trânsito, e daí você vai atrás, fecha também, ou seja, você está deixando que o outro lhe diga como você deve agir. Agora quando nós estamos alertas, e podemos usar o conhecimento que nós temos, nós não fazemos isso, nós começamos a fazer essa alquimia, essa transformação consciente.

Em um grupo de pessoas que estão trabalhando juntas, estudando juntas, ou desenvolvendo algum projeto juntas, é muito importante que as pessoas possam se ajudar nesse sentido: “reformulo o que você acabou de dizer”, “delete”, “anulo”, “está anulado”, “eu não vou deixar que isso aconteça”. Isso vai criando um ambiente de liberdade para o crescimento. Ao contrário disso, nós criamos um ambiente que impede o crescimento, engessa as pessoas e reforça os aspectos mais vulneráveis. Os chamados “defeitos”, ou as qualidades que ainda não foram desenvolvidas, ficam mais evidentes e isso impede que o grupo como um todo também cresça. Isso é importante.

Às vezes também pode acontecer o seguinte: você está no café da manhã na sua casa e aí você olha para o seu irmão ou para a sua esposa, o seu marido e tem um pensamento não muito bom a respeito daquela pessoa, ou está incomodado com o hábito daquela pessoa, ou não gosta:



- ih, já vem aquela chatice!, você pensou, ih, vai começar!...



A pessoa fala alguma coisa e a situação está sempre se repetindo. Às vezes no meio do dia, no almoço, ou no jantar à noite, acontece uma discussão. Aonde aquela discussão começou? O que acontece é o seguinte: como a realidade invisível é muito maior que a visível, o nosso campo de pensamentos, de sentimentos, não é visível, mas absolutamente concreto. Para exemplificar isso, quando você fala a palavra “guerra”: você não pode definir a guerra, você não pode pegar na guerra. Ela é abstrata, mas os resultados dela são concretos e desastrosos. Você não pode falar e pegar no amor, mas o resultado de uma atitude amorosa é concreto e palpável.

A Suíça desenvolveu uma máquina de fotografia mais avançada do que a máquina de Kirlian, que não só registra o campo áurico, como também mostra as cores e o comportamento da energia de acordo com a pessoa. Fotografaram uma pessoa no stress total. As cores em torno dela eram turvas, embaçadas e misturadas. Então, essa pessoa passou por um processo de harmonização, de relaxamento, um processo de recuperação do seu próprio equilíbrio em termos mentais, psíquicos, físicos e emocionais. Depois de uns 30 ou 40 minutos, quando fotografada novamente, as cores estavam mais claras, mais brilhantes e mais harmoniosas.

Às vezes nós chegamos para conversar com um pai, com um chefe, com um amigo: “ih, hoje o fulano não está no dia dele!” Como é que nós sabemos isso? Porque nós sentimos o campo da pessoa. Quando a pessoa está harmonizada, o campo dela é todo arredondado, e por isso então é agradável você sentar perto de uma pessoa que está harmonizada. Você sente: “aquela pessoa está ótima, altíssimo astral!” Como que nós sabemos isso? O que em nós sabe isso? É a nossa percepção da realidade invisível que, às vezes, é invisível para nós mesmos. Nós sabemos e não sabemos que sabemos.

Às vezes a pessoa está extremamente irritada, baixo astral, ela senta do lado e espanta todo mundo, ninguém consegue ficar perto, por quê? Porque o campo dela está com uma série de agulhas, literalmente. Hoje isso pode ser fotografado, cientificamente mostrado. Ela cria um campo que é uma agulha. A pessoa senta e você fala: “hoje eu não consegui nem sentar do lado do fulano!”, porque os pensamentos, embora não sejam visíveis na terceira dimensão, eles são absolutamente palpáveis na realidade invisível. Então o que acontece? Quando nós percebemos isso nos outros, nós podemos fazer duas coisas: uma atitude é ficarmos apunhalando essa pessoa, reforçando o aspecto negativo. Com isso, nós estamos aumentando esse aspecto negativo na nossa própria convivência. Outra atitude é a de nos isentarmos, criarmos o nosso campo harmonioso, que às vezes pode se expandir em todo o ambiente. Nós também podemos ajudar a pessoa até mesmo silenciosamente, emanando um desejo sincero de que ela encontre a harmonia interna dela, porque vai ser bom para todo mundo se ela a encontrar. Então, no silêncio da nossa atitude de pensamento e sentimento, nós também podemos estar, diariamente, emanando, irradiando coisas boas para que essa pessoa possa encontrar o senso de harmonia dentro dela, porque isso vai facilitar para todo mundo em volta.

Essas atitudes são próprias do espírito humano, nós temos a condição de fazer isso. No mundo inteiro, em todas as civilizações, nós temos registros de casos incríveis acompanhados pela ciência, do que as pessoas chamam de milagres. Mas nada mais são do que quando nós conseguimos concentrar todo o nosso potencial, toda a nossa força, toda a nossa capacidade de atuação, de forma positiva. Positiva, não nessa questão de mal ou de bem, de ser chatinho ou bonzinho, de ser legal. É de estar em equilíbrio, em harmonia. É uma coisa muito mais profunda.

As coisas negativas são os nossos primeiros mestres. Se o sentido da evolução do ser humano é conseguir um progresso, um estado de saúde físico, mental, emocional e espiritual, tudo que nos leva a isso favorece o todo. Então, quando alguma coisa chega até nós de uma forma desarmônica, vem fortalecer a nossa capacidade de harmonizar, de lidar com aquela energia estranha que chegou. Ela chega, mas você não precisa necessariamente conviver ou estar 24 horas com aquela energia, mas, naquele período que se apresenta, ela é uma experiência que pode estar lhe fortalecendo no domínio de suas próprias energias, na sua forma de reagir, na sua forma de interagir com aquela situação, com aquela energia.

Às vezes, essas energias são como crianças que você avisa: se você subir ali, você vai cair. Aí a criança sobe, cai e se machuca. Aí ela vem chorando. O que você faz? Eu te avisei! Mas você a acolhe e cuida do machucado, você trata, você cuida daquela energia. Ela teve a experiência dela, mas você a acolheu e falou: eu te avisei, quer dizer, mostrou que você já tinha um conhecimento. Às vezes chegam pessoas, que são na verdade energias, que estão chegando para nós, voltando, para que a gente possa cuidar de uma forma diferente daquela questão. São desafios para o nosso crescimento. O primeiro mestre que a gente busca é esse. Depois vêm os outros.

Eu acho muito importante que os jovens, ou seja, as consciências em corpos jovens, no processo de aprendizagem, de busca, realmente abracem a ciência como um instrumento, que não tenham escrúpulos para buscar uma verdade maior, que é a compreensão da nossa vida, lembrando que a ciência nasceu, todas as ciências nasceram para responder quatro perguntas básicas: Quem somos? De onde viemos? Onde estamos? Para onde vamos?

Eu acho que cabe aqui buscar a resposta, que ainda não foi completamente respondida, mas também acrescentar: Como vamos? Para onde nós queremos ir e como? Então, como usar esse conhecimento? Como abraçar a ciência como um instrumento de busca dessa verdade maior? Mas para se rever a vida num processo mais harmonioso e ter o discernimento, a clareza, para onde nós queremos ir? Porque nós temos essa maravilhosa opção de escolher para onde queremos ir e, principalmente, como. E aí fica a questão de que o como começa na interação do próprio grupo: como conviver, como nos ajudarmos, como proporcionarmos mutuamente condições para o outro aflorar aquele talento que ele tem, para ele crescer, ou seja, desejar para o outro aquilo que você gostaria de melhor para você? Mas não um desejo interno, silencioso, não. Trata-se de promover mesmo o crescimento um do outro, de ver onde aquele outro está mais fraco, seja numa habilidade ou numa condição específica e, ao invés de reforçá-la, promover os meios para que ele próprio possa naturalmente sair daquele estado e, sem pressão, sem cobrança, fazer a sua caminhada, galgar novos patamares.

Eu acho que uma coisa muito importante para a convivência em grupo – porque não é fácil, nós vamos esbarrar sempre em uma série de limitações – é manter o humor, a alegria e o sentimento de que somente dentro de uma atmosfera de amor e de compreensão é que nós podemos promover alguma coisa que vá realmente resultar num benefício para todos e para o mundo que nós estamos vivendo. Devemos sempre lembrar do humor, da alegria e do amor, que são os estados que mantêm a freqüência alta, que fazem não sentirmos o tempo passar, não nos aborrecermos. Muitas vezes, para viver isso nós temos que adquirir a qualidade maravilhosa de saber perdoar, no sentido mais profundo da palavra que é compreender o momento de cada um, as limitações e as potencialidades.

Escrito por Emília Queiroga de Barros

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