ZEN DICAS & MUSICAIS

CIRCULO ZEN,

Sejam bem vindos ao ZEN DICAS & MUSICAIS.


Apresentamos teorias, informações, previsões, profecias e idéias que devem ser vistas apenas como caráter especulativo. Não queremos doutrinar, afirmar ou convencer ninguém..

Tento colocar um pouquinho de cada coisa que gosto de estudar. São assuntos diversos muitas vezes que nem sei de onde peguei, mas são temas aos quais me identifico. Se o autor de algum texto deparar com ele escrito aqui, não se irrite, ao contrário, lisonjeie-se em saber que alguém admira seu pensamento.

Não há religião superior à verdade, o importante é a nossa convivência de respeito mútuo e amizade, sempre pautados na humildade, no perdão e na soliedaridade.

Autoconhecimento, Filosofia, Espiritualidade, Literatura, Saúde, Culinária, Variedades..

Tudo isso acompanhado de uma Zen Trilha Sonora com muito Alto Astral.



“Citarei a verdade onde a encontrar”.
(Richard Bach)


ZEN DICAS & MUSICAIS.
VIVA O AGORA !
NAMASTÊ.

NUNCA PERCA A CURIOSIDADE SOBRE O SAGRADO!

Albert Einstein

circulo zen

3.3.10

AUTO - INICIACAO


Hoje em dia, muitas pessoas falam em iniciação. Todos querem ser iniciados. Mas entendem por iniciação uma alo-iniciação, uma iniciação por outra pessoa, por um mestre, um guru. Esta alo-iniciação é uma utopia, uma ilusão, uma fraude espiritual.


Só existe auto-iniciação.
O homem só pode ser iniciado por si mesmo.



O que o mestre, o guru, pode fazer é mostrar o caminho por onde alguém se pode auto-iniciar; pode colocar setas ao longo do caminho setas ao longo da encruzilhada, setas que indiquem a direção certa que o discípulo deve seguir para chegar ao conhecimento da verdade sobre Si mesmo. Isto pode e deve o mestre fazer - suposto que ele mesmo seja um auto-iniciado.


Jesus, o maior dos Mestres que a humanidade ocidental conhece, ao menos aqui, durante três anos consecutivos, mostrou a seus discípulos o caminho da iniciação, o que ele chama o "Reino dos Céus", mas não iniciou nenhum dos seus discípulos. Eles mesmos se auto-iniciaram na gloriosa manhã do domingo de Pentecostes, às 9 horas da manhã - como diz Lucas nos Atos dos Apóstolos. Mas esta grandiosa auto-iniciação aconteceu só depois de 9 dias de profundo silêncio e meditação; 120 pessoas se auto-iniciaram, sem nenhum mestre externo só dirigidas pelo mestre interno de cada um, pela consciência de seu próprio EU divino, da sua alma do seu Cristo Interno. E esta auto-iniciação do primeiro Pentecostes, em Jerusalém, pode e deve ser realizada por toda pessoa.


Mas acima de tudo, o que quer dizer Iniciação?


Iniciação é o início na experiência da verdade sobre si mesmo. O homem profano vive na ilusão sobre si mesmo. Não sabe o que ele é realmente. O homem profano se identifica com o seu corpo, com a sua mente com as suas emoções. E nesta Ilusão vive o homem profano a vida inteira, 30, 50, 80 anos. Não se iniciou na verdade sobre si mesmo, não possui autoconhecimento, e por isso não pode entrar na auto- realização. O que deve um homem profano fazer para se auto-iniciar? Para sair do mundo da ilusão sobre SI mesmo e entrar no mundo da verdade? Deve fazer o que fez o primeiro grupo de auto-iniciados, no ano 33, em Jerusalém, isto é, deve aprender a meditar, ou cosmo-meditar.


O iniciado dá tudo e não espera nada do mundo.
Ele já encerrou as contas com o mundo.

Pode dar tudo sem perder nada.


O auto-iniciado é um místico não um místico de isolamento solitário, mas um místico dinâmico e solidário, que vive no meio do mundo sem ser do mundo.


Onde há plenitude, aí há um transbordamento.


O homem plenificado pelo autoconhecimento e pela auto-realização transborda a sua plenitude, consciente ou inconscientemente, saiba ou não saiba, queira ou não queira. Esta lei cósmica funciona infalivelmente. Faz bem pelo fato de ser bom, de viver em harmonia com a alma do Universo. Por isto, para fazer bem aos outros e à humanidade, não é necessário nem é suficiente fazer muitas coisas, mas é necessário e suficiente ser bom, ser realizado e plenificado do seu EU central, conscientizar e vivenciar de acordo com o seu EU central, com o seu Cristo Interno. A plenitude da consciência mística da paternidade única de Deus transborda irresistivelmente na vivência ética da fraternidade universal dos homens. Para ter laranjas - laranjas verdadeiras - não é necessário fabricá-Ias. É necessário e suficiente ter uma laranjeira real e mantê-la forte e vigorosa. Nem é necessário ensinar a laranjeira como fazer laranjas pela mesma sabe, com infalível certeza, como fazer flores e frutos. Assim, toda a preocupação de querer fazer bem aos outros sem ser bom é uma ilusão tão funesta como o esforço de querer fabricar uma laranja verdadeira sem ter uma laranjeira.


Mais importante que todos o fazer é o ser.


Onde não há plenitude interna não pode haver transbordamento externo. Para fazer o bem aos outros deve o homem ser realmente bom em si mesmo. Que quer dizer ser bom? Ser bom não é ser bonachão, nem bonzinho, nem bombonzinho. Para ser realmente bom deve o homem estar em perfeita harmonia com as leis eternas da verdade, da justiça, da honestidade, do amor, da fraternidade, e viver de acordo com esta sua consciência. Todo o fazer bem sem ser bom é ilusório, assim como qualquer transbordamento é impossível sem haver plenitude. O nosso fazer bem vale tanto quanto nosso ser bom. O ser bom é autoconhecimento e auto-realização.


Somente o conhecimento da verdade sobre si mesmo é libertador; toda e qualquer ilusão sobre si mesmo é escravizante.



Os mais ruidosos sucessos sem a realização interna são deslumbrantes vacuidades; são como bolhas de sabão - belas por fora, mas cheias de vacuidade por dentro. 1 % de ser bom realiza mais do que 100 % de fazer bem. Auto-iniciação é essencialmente uma questão de ser e não de fazer. Esta plenitude do ser não se realiza pela simples solidão, mas pelo revezamento de introversão e extroversão. O homem deve, periodicamente, fazer o seu ingresso dentro de si mesmo, na solidão da meditação e depois fazer o egresso para o mundo externo, a fim de testar a força e autenticidade do seu ingresso.


Todo auto-iniciado consiste nesse ingredir e nesse egredir, nessa implosão mística e nessa explosão ética.


Os discípulos de Jesus fizeram três anos de aprendizado e nove dias de meditação depois se auto-iniciaram. Descobriram a verdade libertadora sobre si mesmos. A verdade que os libertou da velha ilusão de se identificarem com o seu corpo, com a sua mente, com as suas emoções, saíram das trevas da ilusão escravizante, e ingressaram na luz da verdade libertadora:


"Eu sou espírito, eu sou alma, eu e o Pai somos um, o Pai está em mim e eu estou no Pai... o Reino dos Céus está dentro de mim. "


E quem descobre a verdade sobre si mesmo, liberta-se de todas as inverdades e ilusões. Liberta-se do egoísmo, da ganância, da luxúria, da vontade de explorar, de defraudar os outros. Liberta-se de toda injustiça, de toda desonestidade, de todos os ódios e malevolências - de todo o mundo caótico do velho ego. O iniciado morre para o seu ego ilusório e nasce para o seu EU verdadeiro. O iniciado dá o início, o primeiro passo, para dentro do "Reino dos Céus". Começa a vida eterna em plena vida terrestre.Não espera um céu para depois da morte, vive no céu da verdade, aqui e agora - e para sempre. Isto é auto-iniciação. Isto é autoconhecimento.


Isto é auto-realização.


O início de tudo, de tudo isto, é a meditação ou cosmo-meditação, de que já falamos em outra ocasião. Repito que é impossível a verdadeira meditação sem que o homem se esvazie de todo o conteúdo do seu ego ilusório; quem se esvaziar da sua ego-consciência será plenificado pela cosmo-consciência, que é a iniciação. Mas é impossível realizar este ego-esvaziamento na hora da meditação, mesmo que seja meia hora de introversão, se o homem viver vinte e quatro horas extrovertido, escravizado pelas coisas do seu ego ilusório. A meia hora de meditação nada resolve, não abre as portas para a iniciação - se o homem não se libertar, durante o dia, da escravidão do seu ego.

Como fazer isto? Libertação da escravidão do ego é usar as coisas materiais na medida do necessário e não do supérfluo; o homem deve e pode ter um conforto necessário, sem desejar confortismos excessivos. A mística da hora da meditação é impossível sem a ética da vida diária, sem o desapego do supérfluo. Luxo e luxúria é lixo, que atravancam o caminho para a iniciação. Quem não remove esse lixo do luxo e da luxúria pode fazer quantas meditações quiser que não se poderá iniciar; porque as leis cósmicas não podem ser burladas.


A verdadeira felicidade do homem começa com a sua auto-iniciação. Fora disto, pode ele ter um mundo de gozos e prazeres, mas não terá felicidade verdadeira, paz de espírito, tranqüilidade de consciência. Todos os gozos e prazeres são do ego ilusório, somente a felicidade é do EU verdadeiro. Um auto-iniciado é também um redentor para os outros. Quando um único homem escreveu Mahatma Gandhi, chega à plenitude do amor (auto-realização), neutraliza ele o ódio d e muitos milhões. Nada pode o mu ndo esperar de um homem que espera algo do mundo - tudo pode o mundo esperar de um homem que nada espera do mundo.


retirado: http://www.blogdetaro.com

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